domingo, 13 de junho de 2010

The Queen Is Dead


Ontem entrou em campo a Inglaterra, no jogo de abertura do Grupo C do mundial da África do Sul. Um jogo habitualmente muito esperado aqui na região Macau-Hong Kong, pois por alguma razão que ainda não consegui entender muito bem, os locais adoram os ingleses. O resultado foi um empate a uma bola, quando as previsões da maioria da “especialidade” apontava para uma vitória tranquila da Inglaterra. Os ingleses começaram bem, com o capitão Steven Gerrard a inaugurar o marcador logo aos quatro minutos. A Inglaterra foi controlando a partida e entregando a iniciativa aos norte-americanos, mas um erro incrível do guarda-redes Robert Green deu o empate. O guardião do West Ham deixou uma bola rematada por Clint Dempsey escapar-lhe das mãos, e o treinador Fabio Capello nem queria acreditar. O italiano provavelmente substituiria Green ao intervalo, não fosse o facto de Shaun Wright-Phillips ter substituido Milner, lesionado, aos 30 minutos, e o central Ledley King ter dado o seu lugar a Jamie Carragher durante o descanso, também por motivos de lesão. A Inglaterra voltou a chamar a si a iniciativa do jogo, como seria de esperar, mas tanto Rooney como Heskey (especialmente este) estavam bastante desinspirados lá na frente. Faltava discernimento ao meio-campo, com Lampard muitos furos abaixo do habitual e Ashley Cole a não conseguir fazer a transição defesa-ataque da mesma forma a que nos habituou no Chelsea, enquanto Gerrard “desapareceu” do jogo. A melhor oportunidade para desfazer o empate ainda pertenceu aos Estados Unidos, com Green a contar com a ajuda do poste para defender um remate de Josie Altidore. Do outro lado Tim Howard estava bastante seguro, e a defesa liderada por Oguchi Onyewu, central do AC Milão (grande exibição) ia resolvendo os problemas. Capello ainda apostou em Peter Crouch para tentar “matar” o jogo de cabeça, mas a “cegonha” não conseguiu entregar os golos, apesar da chuva de cruzamentos que começou a cair na área norte-americana. É injusto culpar apenas Green pelo empate. Os ingleses mostraram muito pouco para um candidato ao título, e poderão ter problemas como uma super-defensiva Argélia ou uma Eslovénia mais tecnicista. O rei, ou neste caso a rainha, vai nua.

4 comentários:

Anónimo disse...

" locais adoram os ingleses " então deixa-me explicar,os tipos de macau e de hk adoram a selecção inglesa porque gostam de ver os jogos do campeonato ingles,o melhor campeonato do mundo.Depois tambem há as apostas de futebol etc

Anónimo disse...

Eu também acho que o campeonato inglês é o campeonato mais disputado e mais emocionante do mundo, e não é por causa disso que gosto da selecção inglesa. Aliás, nunca tinha torcido tanto pelos EUA.

Leocardo disse...

Não me precisa de explicar, anónimo das 3:53. Aliás, o anónimo das 5:26 falou bem: lá por se gostar de um campeonato, não siginifica que se goste da selecção. Na verdade o "amor" dos adeptos chineses pela Inglaterra chega mesmo a ser cego, a ponto das tais apostas desportivas de que fala darem sempre favoritismo à selecção inglesa, em quantidades que chegam a atingir os limites do ridículo. Ontem para fazer dinheiro bastava apostar nos Estados Unidos, e estes até podiam perder por um golo que o apostador ganhava na mesma. Só pode ser complexo de inferioridade inter-civilizacional, achar que os ingleses são mesmo muito bons em tudo.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Os chineses são burros percebem lá de futebol