quarta-feira, 9 de junho de 2010

E a segurança?


António Simões, repórter fotográfico da Global Imagens, revelou hoje à Lusa o "terror" sentido quando foi assaltado por homens armados no quarto em Magaliesburg, África do Sul, onde acompanha a selecção do Mundial2010 de futebol.

"Foi assustador. Foram dois ou três minutos, no máximo, mas pareceram horas. No fim, quando me taparam todo e encostaram ao meu peito a arma uma segunda vez, pensei... já fui", contou, começando o episódio de "terror" pelo fim.

O profissional português explicou como tudo começou: "Estava a dormir. Acordei com um barulho e deparo-me com dois africanos negros dentro do quarto. Um deles aponta-me logo a arma à cabeça. Manda-me estar calado. Pressiona a arma e manda-me encostar para trás. Foi terrível".

"Quando saíram, mandou-me estar calado e continuar a dormir com a arma ainda apontada. Fiquei hora e meia dentro do quarto à espera de luz do dia para conseguir vir cá para fora", relatou, ainda intranquilo.

O repórter fotográfico contou que "enquanto um dos assaltantes mantinha a arma apontada, o cúmplice carregava o que podia para fora do quarto".

"Levaram-me 3500 euros, cerca de 500 euros em rands (moeda sul-africana). Fiquei sem telemóveis, documentação, levaram-me o computador, máquinas, lentes, roupa. Apenas fiquei com alguma roupa no quarto", acrescentou.

Quando viu a luz do dia e conseguiu sair do quarto, o repórter português começou a bater à porta de outros profissionais e foi aí que constatou que também os colegas do Expresso e do jornal espanhol Marca tinham sido assaltados.

"O mais importante é que estou vivo. O material é o menos. Não há noção do que é ter a arma apontada", afirmou.

António Simões disse estar "chocado" com as condições em que o grupo de jornalistas viajou: "é surreal terem-nos metido aqui numa quinta sem telefones do quarto e segurança alguma. Por onde temos passado, vemos muros altos electrificados e segurança. Impensável terem-nos colocado aqui".

"É das tais coisas que pensamos que só aos outros acontece. Toda a gente quer mudar de sítio. Ninguém quer ficar aqui hoje. Tenho uma filha em quem pensei. Penso também nos emigrantes que têm sido mortos na África do Sul. Pensei que ia ser apenas mais um", concluiu.

A polícia, que acorreu ao local em grande número e foi auxiliada por um helicóptero e cães, já recuperou algum material de António Simões a uns 300 metros da propriedade e prendeu um dos assaltantes, detectado pelo sinal de um telemóvel roubado.

In Jornal de Negócios

9 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez a comunicação social portuguesa foi vítima de "acção directa". Depois do deputado do PS que lhes palmou 2 gravadores, foi a vez destes.

Anónimo disse...

Prender? Na África do Sul ou os começam a abater a tiro ou então qualquer dia ninguém lá pode viver.

Anónimo disse...

abater a tiro é o que deviam fazer os policias aqui em Portugal aos ladrões

Anónimo disse...

Esse deputado do PS tambem é ladrao, porque cometeu um crime de furto.

Anónimo disse...

Foi uma infeliz coincidência!

AA

Anónimo disse...

Quando se trata de assaltos violentos, na África do Sul não há coincidências.

Anónimo disse...

Se a vitima estivesse em Portugal e nao fosse jornalista, provavelmente seria apelidada de xenofoba e racista.
Assim e que devia ser sempre, os pretos assaltarem apenas politicos e jornalistas.

Anónimo disse...

O que é engraçado é que quando a malta que é assaltada é jornalista, desaparece da notícia o "alegado"...

Anónimo disse...

Anónimo das 08:13, simplesmente porque o jornalista presenciou o flagrante delito, por isso está em perfeitas condicoes de assegurar o que se passou na realidade. Lógico, não?