A partir de Dezembro deste ano termina um ciclo na RAE de Macau. Um ciclo que se iniciou em 1999 com a transferência de soberania do território, a implementação do célebre princípio de “um país, dois sistemas” e “Macau governado pelas suas gentes”. Se foi bom ou mau, o tempo o dirá. Se em 1999 e 2004 poucas ou nenhumas dúvidas existiam sobre quem seria o inquilino do Palácio de Santa Sancha – residência oficial do Chefe do Executivo – existe agora uma sombra de dúvida sobre a sua sucessão. Teremos que esperar pelo menos mais um mês para saber quem serão os candidatos, e adiantam-se já pelo menos três nomes à sucessão de Edmund Ho.
Um dos nomes que tem sido apontado e é mesmo considerado por muitos como favorito, é o de Ho Chio Meng, actual procurador da RAEM. Ho Chio Meng, considerado um reformista, parece reunir alguns apoios em Pequim, foi elogiado pelo seu trabalho como procurador, nomeadamente na forma como lidou com o sensível caso Ao Man Long, e é visto como alguém competente e que fará prevalecer o primado da lei. Por outro lado pode ser uma mudança muito repentina e brusca, que não agradaria a sectores mais conservadores. Uma viragem de 180 graus que parece agradar mais ao sector público do que ao privado. O deputado José Pereira Coutinho, presidente da ATFPM, já deixou saber a algum tempo que Ho Chio Meng é o “seu” candidato.
Do actual executivo o nome de que mais se fala é o de Fernando Chui Sai On, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. À semelhança de Edmund Ho, é alguém de Macau, com um “background” conhecido, de uma das famílias “políticas” do território. É também o candidato preferido do magnata do jogo Stanley Ho, figura de proa do progresso económico e do desenvolvimento de Macau nas últimas cinco décadas. Uma eventual candidatura de Chui Sai On é uma aposta na continuidade, o que poderá ser entendido como algo de bom, ou nem por isso. Depende sobretudo do apoio que o secretário conseguir em Pequim. Em Macau é uma candidatura que parece reunir consenso.
Outro dos nomes do actual executivo de que se tem falado é o de Francis Tam. O secretário para a Economia foi o que provavelmente teve os melhores resultados nos últimos 10 anos, impulsionado pelos espectaculares resultados do jogo, e há quem ache que é a pessoa indicada para fazer face à crise económica mundial, que requer uma resposta adequada nos tempos mais próximos, tendo em conta que a recuperação deverá ser encetada por alguém que conheça bem a área das finanças. Caso se confirme a candidatura de Chui Sai On, Francis Tam não deverá avançar, o que faz do secretário para a Economia o “dark horse” desta corrida.
Mas tratam-se apenas de possibilidades, uma vez que nenhuma destas personalidades anunciou publicamente a sua candidatura. A única certeza é a da não-candidatura do empresário do ramo da indústria têxtil Ho Iat Seng, até há alguns anos considerado o sucessor natural de Edmund Ho. Não se afiguram quaisquer candidatos-surpresa, pelo que o nome do próximo CE deverá sair de um dos três de que se tem falado nos últimos meses. Seja ele quem for, seria ideal que reunisse o apoio de todas as partes, para que consigamos (sim, nós também somos “parte”) levar este grande projecto que é Macau a bom porto. Curiosamente quando pergunto aos meus colegas e amigos chineses quem eles gostariam que fosse o próximo CE, eles dizem-me que "não faz diferença". Será bom sinal?
6 comentários:
para mim o melhor candidato so pode ser o vitinho!
viva o vitinho!
Já cá faltava o atrasado mental obcecado por esse tal Vitinho.
Deve ser trauma de criança, quando tinha de ir para a cama depois do jantar.
Ao anónimo das 22:33 e 1:43, que tal explicar de uma vez por todas quem é afinal esse tal Vitinho de que tanto gosta de mencionar?
E o Leocardo, sabe quem é?
Não faço a mínima ideia.
creio que alguem esta a gozar com o Vitorio que desapareceu da ribalta faz um ano...depois da sosia
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