Um homem de Taiwan foi condenado a oito meses de prisão por ter vendido uma casa sem avisar o comprador que alguém se tinha suicidade nela. O tribunal distrital de Panchiao sentenciou ontem Lee Chiong-chui por não ter dito ao comprador, o sr. Chang, que a casa era "violenta" - uma expressão local que significa que ocorreu na casa uma morte não natural.
Lee comprou a casa em 2006 por apenas 4,68 milhões de dólares de Taiwan (pouco mais de um milhão de patacas), porque um residente cometeu suicídio por inalação de monóxido de carbono, queimando carvão. Um mês mais tarde vendeu-a por 5,45 milhões de dólares, com um lucro de 770 mil. Lee indicou "não" na parte dos papéis da propriedade que perguntava se era uma casa "violenta".
Depois de se terem mudado para a casa, os novos inquilinos foram informados do suicídio pelos vizinhos, e ficaram assustados. O sr. Chang alegou que a filha não conseguia dormir à noite, e a família inteira dormia nos sofás da sala, e nunca usava a casa-de-banho, onde se deu o suicídio.
Quando o sr. Chang confrontou Lee com os factos, este mentiu, dizendo-lhe que o residente queimou carvão na casa-de-banho, mas morreu no hospital. Juntamente com a pena de prisão, o tribunal ordenou que Lee ficasse com a casa, e devolvesse o dinheiro ao sr. Chang.
Segundo a tradição em Taiwan, uma casa onde tenha ocorrida uma morte não natural, é assombrada, e a maioria das pessoas têm medo de viver nela.
Segundo a lei, os vendedores devem informar os compradores desse facto. Se não o fizerem, o contrato será considerado inválido, e o comprador pode reaver o dinheiro, e processar o vendedor por fraude. É assim em Taiwan, em pleno século XXI.
Sem comentários:
Enviar um comentário