quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O pior cego...


O filme "Blindness", de Fernando Meirelles e baseado num romance (Ensaio sobre a cegueira) do escritor português José Saramago foi um fracasso de bilheteira. O filme obteve uma receita de pouco mais de três milhões, cerca de 13% do custo de produção, que ficou nos 25 milhões de dólares. "Blindness" conta com um elenco de luxo, com as participações de Julianne Moore, Mark Ruffalo, Gael Garcia Bernal, Danny Glover e Alice Braga (a Angélica de "Cidade de Deus"), entre outros.

17 comentários:

Anónimo disse...

Um filme como este, baseado numa excelente adaptação de um mau livro de um mau escritor, não podia ter outro resultado. Felizmente o espanhol insistiu com o realizador que nem uma imagem fosse filmada em Portugal. De Portugal só aceita os subsídios, os royalties de quem lhe compra os tijolos e as homenagens da pandilha do costume.

Mas é como se costuma dizer caro Leocardo, só lê, vê ou come quem gosta. Eu não consigo passar das primeiras vinte páginas, daí não ter mexido uma palha para ver este filme. Quem quiser que contribua para a causa, pois respeitam-se as opções de qualquer um.

Anónimo disse...

"...Eu não consigo passar das primeiras vinte páginas..." e é claro que isto não tem nada a ver com o facto do "espanhol" ser comunista...talvez se fosse escrito pelo português António Oliveira a coisa já fosse diferente, não?

Anónimo disse...

Não meu caro anónimo, não seria diferente.

O estilo do espanhol é uma maçada, a narrativa inexistente, a moral é falsa e todos os livros do senhor intragáveis. Existem, sem dúvida melhores escritores, comunas ou não, que o Lanzerado. Mas quem gosta pode continuar a ler e a mandar-lhe euros para Espanha que o dito retribui com amor a Portugal. Para esse peditório não contribuo.

Quanto à sua pergunta, não conheço nem li discursos de mais de vinte páginas (isso é exclusivo da comunada) mas, sem dúvida, o estilo do António Oliveira é bem melhor que o do nobelado.

Cumprimentos caro anónimo.

Anónimo disse...

Ao Leonidas

Não nutro especial simpatia pelo autor, mas há que reconhecer que tem bons livros. O Memorial, o Ano da Morte de Ricardo Reis, e, sacrilégio, o Evangelho segundo Jesus Cristo são excelentes livros...
Por outro lado, se está numa ilha espanhola é por força de um pateta português, na altura sub-secretário de estado de qualquer coisa, que o retirou de uma lista candidata a um prémio europeu. Convenhamos que qualquer um sairia desgostado de uma situação destas.
Quanto ao estilo do António Oliveira, do ponto de vista literário, não discuto, mas não é possível desligá-lo do déspota não esclarecido que foi...

Leocardo disse...

Foi o Sousa Lara, que censurou o Saramago. Não tenho conhecimento de livros do António Oliveira por aí além, mas acho que ainda hoje se vendem. A SIC estreou uma mini-série sobre os "amores" do ditador, com o Diogo Morgado no papel do nosso Toni. Sem querer branquear a história ou esquecer os erros de Salazar, penso que é uma personagem histórica como outra qualquer.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Ao caro anónimo das 11:58,

Acredite que sinceramente respeito a sua opinião de que são excelentes livros e, por isso, acho que deve continuar a ler o dito se isso lhe dá prazer. A mim não dá pelas razões expostas e que não têm nada que ver com as opções partidárias do mesmo. Por esse motivo não reconheço como excelentes os livros do mesmo como solicita. Isto dos unanimismos nunca me agradou.

Quanto ao abandono de Portugal, consentâneo com o todo o seu amor pátrio expresso na sua exigência que Portugal não fosse incluído neste filme, com a opinião de que Portugal deve ser integrado em Espanha como uma sua província e pelo legado do seu espólio pessoal a Espanha não passa de uma virgem ofendida que se acha superior a todos os portugueses. Fossem todos como ele e estariam as redacções dos jornais espanhóis cheias de jornalistas que o dito saneou ao excluí-los da lista de empregados. Portanto de exclusões percebe o dito e devia, isso sim, optar de vez por um passaporte espanhol.

Em relação à ligação que faz entre o estilo e figura de governante é a sua opinião. A recente sondagem (não a encomendada e martelada pela RTP) diz-nos outra coisa sobre o que acham os Portugueses. Mas pergunto-lhe, será déspota forçar alguém a reconhecer como excelentes os livros do espanholito? Além disso, não esclarecido? Pelo menos recuperou em 3 anos Portugal da borrada financeira em que se encontrava.

Cumprimentos caro anónimo.

Anónimo disse...

comprei o filme por 7 rmb em zhuhai e ainda nao tive pachorra de o de o ver...

Francis disse...

que maçada...não se previa nada.

Anónimo disse...

O Leonidas é o maior "expert" em literatura que o mundo já viu. Os gajos da Academia Sueca que deram ao Saramago o único Nobel da Literatura para a língua portuguesa são todos uma cambada de pelintras. No dia em que o Leonidas conseguir ler uma grande obra do princípio ao fim, ele sozinho substituirá aqueles energúmenos todos da Academia. Ah grande Leonidas!

Anónimo disse...

Caro Estupidez sem Limites,

Não assumo ser expert em nada. Reservo isso para si que define o que são grandes obras e que todos nós devemos ler e bater palminhas. Cada um tem os seus gostos e lê o que quer. Se você gosta de Saramago vá ler mais obras do dito. Eu não gosto e muito menos considero os livros de Saramago como grandes obras.

Anónimo disse...

Assume-se como "expert" quando diz que se trata de "um mau livro de um mau escritor". Se se limitasse a dizer que não gostava é que se tratava de uma simples opinião. Legítima, se não fosse o problema de também afirmar que não passou das primeiras vinte páginas. Pelo menos eu só falo de um livro quando o leio até ao fim. Mas isso dá uma grande trabalheira, não é?

Anónimo disse...

Mau livro de um mau escritor = minha opinião. Eu não escrevi que todos têm que achar se trata de um mau livro de um mau escritor. Também não disse que por ter um nobel passou a ser bom (isso deixo para você impor aos outros). Percebeu agora?

Trabalhadeira dá é aceitar que nem todos têm a mesma opinião que meia dúzia de iluminados querem impor aos restantes. Mas você não está para aí virado nem aceita opiniões diversas. Não admira que aprecie Saramago.

Não passei das 20 páginas porque, página após página , a trampa de escrita do dia (atenção que isto é uma opinião minha e que não o obrigo a ter uma igual) era a mesma se não maior. Por isso, se você gosta do género e se o aprecia. Vá em frente. Eu prefiro escritores melhores.

Nota (caso não tenha percebido ainda) isto é uma opinião minha. Você pode continuar a ler e a encarneirar com os suecos e aceitar como bom o que lhe dizem ser bom. Oxalá que não lhe digam os sueco que atirar-se de um poço a baixo é que é.

Anónimo disse...

Não passei das 20 páginas porque, página após página , a trampa de escrita do dito (atenção que isto é uma opinião minha e que não o obrigo a ter uma igual) era a mesma se não maior. Por isso, se você gosta do género e se o aprecia. Vá em frente. Eu prefiro escritores melhores.

Anónimo disse...

Eu não encarneiro com os suecos, Saramago era já dos meu escritores preferidos antes do Nobel. Você de escrita não percebe nada, é o seu problema, e como não é capaz de apreciar aquilo que deve ser apreciado num livro, diz que não gosta porque o homem é comunista e fascizóides como você não lhe perdoam isso. Se fosse uma opinião literária, estava tudo bem, mas a raiva com que fala de Saramago mostra perfeitamente que há outras motivações. Se calhar você também tinha uma daquelas cruzes enormes no seu quintal, como o idiota do Sousa Lara. Se fica enraivecido com o facto de Saramago ter escolhido outro país para viver, leia por que é que o fez (o Leocardo, por acaso, já lho explicou). Eu também escolhi outro país para viver e sou tão português como os outros, não estou é disposto a ser comandado por medíocres, que são a única coisa que Portugal tem hoje no poder. E já agora, faça mais qualquer coisa para combater a sua ignorância e pergunte a alguém que o saiba porque é que ele não quis que as filmagens fossem feitas em Portugal.

Olhe, fale mas é de política, que as suas opiniões são exclusivamente políticas até quando tenta comentar sobre literatura. No entanto, compreendo que não tenha conseguido passar das vinte páginas. Saramago é um escritor difícil para iniciados na literatura. Comece por Margarida Rebelo Pinto.

Anónimo disse...

Caro estupidez sem limites,

Demonstrou de forma clara o respeito pela opinião diversa atento todo o seu comentário supra. Você dava um óptimo director de biblioteca num qualquer gulag ou campo de concentração. Controlava o que se lia e castigava quem não gostava das belas obras.

Deve ser um desgosto para você aquele artigo sobre a liberdade de expressão na declaração universal dos direitos humanos.

Sempre gostei destes gajos que se acham cultos, defendem o apoio às obras das minorias e depois apelidam de ignorantes quem tem a aleivosia de dizer que não gosta. Mais do mesmo e na linha de Saramago.

Se você gosta da trampa de escrita do saramago então continue a ler meu caro. Eu não digo para não o ler, nem o apelido de comunóide, inculto, antidemocrata ou outros dos mimos que você vem para aqui deitar a propósito de quem não alinha com você na peregrinação de homenagem ao dito.

Como V. Exa. é um asno e nem se deu ao trabalho de ir pesquisar, vou-lhe então explicar a dita questão da exclusão do Saramago (que aliás o mesmo explicou de forma cabal numa entrevista ao público em 1992).

A comissão que decidiu sobre a atribuição do dito prémio europeu, elaborava listas de escritores representantes de cada um dos países da UE e enviava a mesma aos Governos para: a) confirmar; b) substituir os nomes aí indicados; c) eliminar nomes; ou d) adicionar nomes. O Governo decidiu então livremente exercer o direito de escolher quem representava o país e decidiu que uma obra que subvertia as convicções religiosas da maioria da população, não devia ser representativa do país. E assim foi. Ninguém mandou queimar a obra, eliminar passagens ou proibir a sua venda.

Se o dito resolveu amuar e ir-se embora então que vá que não faz falta nenhuma ao país. Ele que se anexe à Espanha.

O único intolerante aqui é você cuja falta de cultura democrática e falta de respeito pela opinião diversa é por demais evidente.

Quanto ao quintal do Sosa Lara não sei. No meu não existiam cruzes. E você? Gostava de ir à Festa do Avante com as belas t-shirts do Ché e outros assassinos?

Continue a ler as obras dos seus queridos autores de esquerda. Alguém tem de contribuir para os miseráveis números de quem os lê. Tudo uma grande conspiração de incultos contra os poucos mas valorosos intelectuais deste Mundo.

Anónimo disse...

Não adianta debater literatura com ignorantes. Obras das minorias? Não é que seja relevante para a determinação da qualidade, mas Saramago é um dos escritores mais lidos em Portugal e muito provavelmente o escritor português contemporâneo mais traduzido e lido em todo o mundo. Quanto a miseráveis números, estamos conversados. A questão do prémio foi um veto que não deixa de ser censura e não adianta tentar tapar o sol como uma peneira. Informa-se tanto (embora mal, na maioria dos casos) sobre alguém que detesta, como é o caso do Saramago, mas finge não saber nada sobre o idiota fundmentalista do Sousa Lara. Seja como for, prémio que depende da aprovação de um governo é um prémio de merda, e é mais político do que literário.

Nem sei bem para quê, que nunca deve ter ouvido falar no homem, mas informo ainda que outro dos meus escritores preferidos é um espanhol de nome Camilo José Cela, conhecido também pelas suas tendências fascizóides. Quanto à minha preferência por escritores de esquerda, estamos também esclarecidos. Na literatura, é a escrita que importa, nada mais. Não confunda com escritos do Salazar ou dos padres da sua querida Igreja, que isso é política, não é literatura. E por aqui me fico, que já perdi demasiado tempo com alguém que faz juízos de valor sobre livros que não leu.

Anónimo disse...

PS: Se fosse igual ao Leonidas, já tinha visto 10 minutinhos do filme "Blindness" e deixava aqui a minha apreciação final, uma vez que já o comprei. Como não gosto de falar daquilo que não sei, vou vê-lo primeiro do princípio ao fim, e depois então já me sinto com direito a opinar também sobre o filme. "Over and out".