quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Trânsito, TDM e politiqueiros


1) Fiquei movido pelo protesto de cem pessoas que pediam às autoridades esclarecimentos sobre a morte de um familiar/amigo na madrugada de Segunda-feira, num acidente de viação. O motociclista chegou sem vida ao hospital depois de um condutor alcoolizado não ter respeitado a regra da prioridade. Infelizmente vai sendo assim. Não se respeitam as regras, caga-se na lei, e ainda hoje eu próprio ia batendo num palerma que vinha conduzindo a mota com uma mão, pois a outra estava ocupada a segurar o telemóvel, onde falava. É preciso começar a trabalhar no sentido de garantir a quem trabalha ou sai de casa num veículo, de que volta com vida. Morrer pela própria estupidez, tudo bem. Pela estupidez dos outros, não obrigado.

2) O deputado Ung Choi Kun manifestou hoje na AL a sua insatisfação pelo facto das suas queixas sobre a TDM terem sido respondidas pelo administrador-geral Manuel Gonçalves, e não pelo Governo, que segundo o sr. deputado "tem responsabilidades sobre o canal de televisão". De lembrar que este deputado se insurgia contra a "pouca cobertura" que o canal da Xavier Pereira deu ao terramoto de 12 de Maio, em Sichuan. Ung queria provavelmente que a TDM - com as limitações que se lhe conhecem - mandasse para o local hordas de jornalistas que pudessem fazer uma cobertura exaustiva dos antes, depois e entretantos daquela tragédia. Sobre a ideia que o sr. deputado tem sobre o que deve ser a liberdade de informação e a função da TDM, para ele "um orgão governamental", abstenho-me de comentar.

3) Agnes Lam Iok Fong não pára. Hoje, em mais uma sessão de esclarecimento sobre a legislação do artº 23 com a presença do Chefe do Executivo, a estrela do departamento de comunicação da UMAC voltou a levantar "questões pertinentes", sobre o que será dos jornalistas se tiveram acesso a informação sensível, como quem será o próximo Chefe do Executivo, ou sobre quem virá a desempenhar este ou aquele cargo de direcção. Ora aí está a descoberta da pólvora por esta senhora. Perguntas que nunca passaram pela cabeça de ninguém, como se os jornalistas tivessem a toda a hora acesso a este tipo de informação. Os objectivos desta senhora, e isso é claro como a água, são meramente políticos. Pensa que representa a "maioria silenciosa", e que preenche "um vácuo" na politiquice local. Há quem a considere "inteligente" (discutível) e até "bonita" (por amor de Deus...), mas como diz aquele indivíduo d'Os Contemporâneos: "tu queres é aparecer".

4 comentários:

Anónimo disse...

pois eu acho que a agnes dava uma excelente sobremesa.
só aquelas beiças...cá para mim davam para uns broches do caraças.

Anónimo disse...

1) ...e a polícia só pensa em passar multas por estacionamento indevido. Era preiso resolver o mais depressa possível os problemas do tráfego, nomeadamente o das motocicletas. Estão por toda a parte, parecem mosquitos e de vez em quando lá vai havendo um que se lixa. Alguns são miúdos que nem sabem as regras de trânsito.

2) Se não fosse a ligação à RTPI a TDM praticamente nã existia. São só os noticiários, séries e documentários antigos cumó caraças e os filmes que o Leocardo não gosta. Agora voltou a montra do lilau e vem aí o programa do Jorge Vale. Era bom que apostassem mais na produção local.

3) De facto acho difícil que uma coisa da importância do nome do Chefe do Executivo vá parar às mãos de um jornalista. Podem até especular, e se calhar acertam, mas oficialmente duvido que metam as mãos no tesouro. Concordo com o último comentário, quem tem unhas toca viola, e quem tem beiças toca gaita :)))

Abraços.

Anónimo disse...

caro leocardo, o homem morreu porque o carro ia em alta velocidade a fugir da policia, depois de ter passado um sinal vermelho noutra zona e ser perseguido. indirectamente, foi a policia que provocou o acidente. pergunto, sera necessario fazer uma perserguicao a alta velocidade em macau, uma cidade com meia duzia de quilometros quadrados de estradas, onde um carro pode facilmente ser encurralado ou, ate, mais tarde encontrado? ou seja, sem por em risco a vida de ninguem, ao contrario do que aconteceu. aqui quer-me parecer que houve um manifesto mau julgamento das autoridades na opcao tomada.

Anónimo disse...

Exijo o Prémio Ignóbel da Palermice para Ung Choi Kun, já!!!