sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

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Isto até parece piada, mas aparentemente o historiador (?) saudita Saleh Al-Saadoon está a falar a sério. Esta espécie de Diácono Remédios árabe defendeu num programa de debate televisivo do canal Rotana Khalijiyya a proibição de conduzir imposta às mulheres na Arábia Saudita, imposta em Novembro último, e que levou a que várias mulheres que ignoraram a lei estejam a agora a enfrentar a acusação de terrorismo (!). Bem, chamar de "terroristas" às mulheres que conduzem um automóvel é de um chauvinismo que não lembra nem ao Zézé Camarinha, mas o convidado do debate explica tudo; confrontado com o facto das mulheres no Ocidente poderem conduzir à vontade, Al-Saadoon explica que isto acontece porque no Ocidente as mulheres "não se importam de ser violadas" - só faltou dizer que "até gostam". É que na Arábia Saudita, explica o senhor, "existe um dever moral, e religioso", e além disso "há cidades que ficam à distância de mais de cem quilómetros uma da outra", então "o que pode acontecer caso uma mulher esteja ao volante e o carro tenha uma avaria?". Pois é, no Ocidente ligam para um familiar ou amigo, para o seguro ou para a assistência técnica. Na Arábia Saudita suspiram, como quem aceita a sua sorte madrasta e pensam: "lá vou eu ser violada outra vez...".


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