terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olimpíada em revista


Terminou no Domingo XXX (30ª, para quem não conhece a numeração romana) olimpíada da era modena, disputada desta vez em Londres. O que tenho eu a dizer disto, que disse tão pouco? Ora, que quem ficou a ganhar com tudo isto foi a própria cidade de Londres, que voltou a parecer aos olhos do mundo como uma das mais modernas, cosmopolitas e desenvvolvidas. Foi a terceira vez que a capital britânica organizou os jogos, e apesar da sombra do terrorismo, esse flagelo do século que atravessamos, os jogos foram disputados na paz do senhor, sem quaisquer apontaementos relevantes quanto à segurança. Desconfio que nenhum senhor de barba ou turbante suspeitos ter'sido identificado ou revistado. Nem os atletas da equipa masculina de hóquei em campo do Paquistão.

Os fait-divers que envolvem os jogos são sempre mais interessantes que os jogos em si. Começámos com o caso da errónea bandeira coreana disposta numa partida de futebol feminino, passando por alguns casos de doping, das atletas holandesas lésbicas de hóquei em campo que dormiram em quartos separados "para bem da coesão da equipa" (e que deu resultado, a Holanda ganhou a medalha de ouro), e terminando no political statement do futebolista sul-coreano que reclamou as ilhas Dokdu como suas. A polémica que mais relevo merece, a meu ver, é a da equipa de badminton da China, que "atirou" de propósito um jogo para combinar uma eventual final com uma dupla sua compatriota. Um exemplo de mau olimpismo e de falseamento da verdade que merece toda a censura. Vergonhoso, e que só prova que a China ainda tem muito que aprender no capítulo do desportivismo.

Quanto ao que conseguimos ver aqui em Macau dos jogos, e com muita pena minha, reduziu-se às disciplinas em que existiam fortes possibilidades da China ganhar medalhas. Assim fomos massacrados com o pingue-pongue, o badminton, os saltos para a água, a ginástica. Tudo uma enorme chatice, e só compreendo que tudo isto tenha uma grande audiência porque no fim a China ganha (e nem sempre...). É o nacionalismo baccoco em todo o seu esplendor. Do resto só tenho a destacar Usain Bolt, duas vezes tri-campão das maiores disciplinas da velocidade nos jogos. Umm verdadeiro herói do olimpismo. O homem mais rápido do mundo, a quem só tem que ser reconhecido todo o mérito. Depois há Michael Phelps, o tal que ganhou (quase) tantas mdlahs como Portugal, sendo a maioria ouro. Com a quantidade de disciplinas que existem nas piscinas dos Jogos, certamente outros Michael Phelps existirão no futuro.

Uma nota final para a participação portuguesa. Mais uma vez, montes de cautelas e caldos de galinha. Mais uma vez? lembro-me de um senhor prometer muitas medalhas há quatro anos em Pequim, e agora vir com uita humildade dizer que "não se epseram medalhas nenhumas". A canoagem salvou a participação lusa e fez Vicente Moura parecer um santinho, quando vem agora dizer que "em Portugal não se aposta no desporto". Este senhor já se devia ter demitido há muito tempo. É daquelas pessoas que não faz falta nenhuma ao desporto em Portugal. Se somos pequenos e não podemos aspirar a medalhas, o melhor mesmo é afirmá-lo de início e não criar expectativas. O melhor mesmo é ter algum sangue novo no COP nos próximos jogos do Brasil, e deixarmos o sr. Moura descansar.

1 comentário:

Hugo disse...

Eu que tive oportunidade de acompanhar os jogos em Portugal, posso dizer que foram uma excelente competição.
O meu destaque pela positiva vai para o futebol feminino que vai ganhando cada vez mais fãs.