Queria anunciar que recebi hoje a minha primeira ameaçazinha, e claro que teria que ser sempre pelo meu vocal repúdio da cobardia que tem sido o ataque a pessoas até prova em contrário completamente inocentes, e tudo em nome de valores que na sua essência vão contra este tipo de comportamento. Já que falamos de cobardia, o tal comentário foi anónimo e não vou publicá-lo, mas desafio a pessoa a reafirmá-lo, mas identificada. Claro que isto dificilmente acontecerá, mas nem por isso vou perseguir gente inocente só por ter sido atacado cobardemente por quem desconheço - e que sentido isso faria na defesa dos meus valores e da minha ... ia dizer "herança cultural", mas aqui se de herança alguns podem falar, certamente que de cultura nada têm a dizer.
Aproveito para reiterar a recusa em aceitar estes treinos de qualificação para o Holocausto, e que têm por aí decorrido em simultâneo com o Grande Prémio de Macau, mas que ao contrário deste último, faltam-lhe certas valências: tradição, destreza, garra e coragem. No pódio deste GP do III Reich (agora vai para o IV?) vão estar uns indivíduos e umas "indivíduas" de cara tapada, quem sabe se eles de lenço do Hamaz, e elas de burqa. É que para mim, e como sempre ouvi em tempos de paz, na expressão "fundamentalismo islâmico", a palavra que devíamos recear é "fundamentalismo". Pelos vistos existe um fundamentalismo moderado, e um outro radical, mesmo que ironicamente as pessoas que dizem não existir Islão moderado, mas apenas radical, foram elas próprias criar uma mentira para nos "iludir" de que pode existir um fundamentalismo moderado.
O fundamentalismo não vem escrito, como vêm as religiões: pratica-se. E neste particular há pessoas que se excedem, e que nunca pensávamos ser isso possível. Dou-vos aqui este belíssimo exemplo do que é o resto da "cultura e identidade europeia", defensora dos valores da "democracia e liberdade de expressão". Agora vou demonstrar exactamente o oposto, e com a mesma pessoa a trair tudo o que diz acreditar. Claro que nós sabemos que ela não tem qualquer tipo de bagagem para poder sustentar aquilo que afirma, e fala sem saber, e tem como alvo o populismo fácil, mas nada sustentável. Eu acho lamentável que pessoas que se dizem "farol das liberdades" e dos "direitos humanos", venham revelar-se num momento de crise os elementos menos recomendáveis à luz desses conceitos. É nos momentos extremos que vemos o que as pessoas realmente são, e aqui "extremo" ganha o sentido de "extremismo", e o que estas pessoas são é não o extremo, mas a mesma coisa de que acusam as outras que dizem ser contrárias aos seus valores: extremistas. Senhoras e senhores, e falo para quem me estiver a ler e quiser perceber o MEU ponto de vista, e não falo em nome de colectivos nem de atributos que não tenho mas teimo em querer impor aos outros, bem vindos. Eis Maria Vieira:
Pode ser que alguns de vocês se estejam agora a questionar: "A Maria Vieira pensa?". Pelos vistos sim, e pensa ainda pior do que representa, que era a única coisa que a víamos fazer. Se já representava mal, aqui tenta fingir, e é um desastre. Esta "homenagem" que ela faz a uma pessoa que obviamente desprezava não é mais nem menos do que tenho visto outras pessoas fazer desde os atentados do dia 13: um discurso inflamado de ódio, e que no limite fica registado em nome de quem o faz. Sim, porque ninguém vai "pegar em armas" por esta criatura, só que infelizmente já houve quem o fizesse em nome destes valores torpes que defende, misturando-os com outros que não sendo de longe um exclusivo da civilização europeia (e já lá vamos), seriam uma boa alternativa a esta revelação que Maria Vieira nos faz, e quem já tenha assistido a outros episódios recentes com a mesma personagem, não fica de todo surpreendido. A Europa não está refém de uma ideologia, mas sim de si mesma, do seu medo. Não foi o Islão (que agora passou a ser só um) que entrou naquele teatro na sexta-feira a disparar a matar. Foram terroristas com armas de assalto, e o que os terroristas pretendem isso mesmo, instalar o terror - e aqui conseguiram. Em uma semana apenas ameaçaram com atentados todos os dias, e com isto suspenderam a vida normal em alguns pontos do continente. Em Portugal, por exemplo, bastaram uma ou duas menções à Península Ibérica para que ficasse tudo maluco, e para invertebrados como esta Maria Vieira embarcassem no populismo imediato e fácil: vamos fechar as fronteiras, expulsar estes indivíduos que não são de cá e nunca cá estiveram, mesmo antes da "tradição cristã" se impor, e apontar um indicador aos "politicamente correctos", e com o outro voltar a ligar as câmaras de gás. Exagero?
Escolhi este exemplo, de um indivíduo que contribui para a cultura como cantor de bairro europeu, em Moita, Europa, mas podia ter pegado noutro qualquer, mas gostei da forma como se denuncia: "se o Hitler cá estive-se (sic) os países islâmicos ficavam em cinza". Isto só faz sentido interpretado de uma forma: medo que os países islâmicos fizessem o mesmo, o que nunca chegaram a fazer em 1500 anos. Hitler fez isto em menos de meia dúzia de anos, e estes querem bater o recorde. Claro que a Alemanha está caladinha, aliás a Alemanha tem andado a estragar a festa a estes senhores, mas também que remédio: a Alemanha já pensou, agiu e pagou pela mesma ideia que agora estes defendem para si como solução. A Alemanha, que podia contribuir com a sua experiência neste ramo, já evoluiu. O Islão, dizem eles, está "parado há mil anos". Posto isto e assim sendo, resolveram recuar mil anos para ir ter com o Islão, e levam o vinho, que trazem de um períodos mais negros do continente cuja "identidade" dizem estar a defender. Vejam lá que a "cultura" é tanta, que até se lembraram dos cruzados! Bestial, assim quando "aniquilarem" o Islão (e nem os cruzados, que eram máquinas de matar conseguiram...) vamos ter a Peste Negra. Mas voltemos à outra peste:
Eu já tenho previsto algo assim, mas atenção que estou falar da Maria Vieira. Eu não vou insultar as vítimas, de quem toda a gente se esqueceu depressa para muitos passarem ao seu estado selvagem, dizendo que "sabia que iam acontecer os atentados", como certos espertos-parvos que por aí andam, que deixam comentários patéticos do estilo "eu logo vi", e "eu vinha dizendo", "eu avisei" (!), e afins - e que tal "vou comer merda para ver se me tapa a boca"? Quando certos ignorantes, como é o caso da Maria Vieira, se apercebem que as pessoas no seu estado mais vulnerável tomam-se de sentimentos que no seu estado normal consideram "reprováveis", exploram esses sentimentos acrescentando-lhes um bode expiatório, e claro que tem que ser alguém mais fraco! Os terroristas? Ai que medo! E que tal os refugiados, que vêm "daquelas bandas", e "podemos meter no mesmo saco e pisar, que assim não mordem?". O cúmulo da hipocrisia é que vão precisar de convencer toda a gente que não, cuidado, mordem, mordem, são "terroristas". E isto aplica-se até para os refugiados que vieram ao abrigo do plano de acolhimento de refugiados do CPR, completamente costeado pelo Fundo Europeu para os Refugiados, que não é uma coisa de ontem, mas quando dá jeito, pessoas como a Maria Vieira referem como "valores europeus". Sim, porque aquilo que torna a Europa procurada por estas pessoas que agora as Marias Vieiras todas histéricas querem expulsar, é o tal "modus vivendi" e a garantia de que ninguém é morto, preso ou deportado por defender uma ideologia, religião ou convicções diferentes. Reparem naquela retórica cozinhada à pressa e que tem sido papageada por toda a gente desde dia 13: terroristas infiltrados, porque o Estado Islâmico disse que sim então só pode ser verdade, a civilização que refere depois de ter acusado "dirigentes muçulmanos" de quererem a "islamização da europa"... dirigentes do Estado Islâmico, claro, e ainda o clássico "os nossos, pá, os nossos", que seria de esperar de alguém tão boçal e repugnante. Sem aqueles valores que ali o ouriço nanico arrasa num único texto em que 80% é retórica faxa da mais rasteira, a Europa fica reduzida a... Maria Vieira. Livra!
Um dia destes Maria Vieira partilha este vídeo do Last Week Tonight, apresentado pelo inglês John Oliver, mas gravado e transmitido de Nova Iorque. No comentário que deixa ao lado, Maria Vieira fala do "salutar esplendor" da liberdade de expressão ... na América, suponho. É que na Europa podia ser que a produção tivesse receio passar o vídeo, e provavelmente o programa seria adiado por causa de mais uma ameaça de bomba - aquela razão que estão a usar agora para adoptar medidas nazis, sabem? Os atentados que NÃO aconteceram? "Ah, mas podiam acontecer, e tal"... bem como em qualquer outro sítio. Ainda fazemos pouco dos americanos, mas acho que até eles sabem que um grupo terrorista não vai dizer quando e onde vai atacar, mas pronto, este não é terrorista. É islâmico. O melhor é ficar escondido debaixo da cama, trancar portas e janelas e mijar-se todo, como fazem em Portugal, onde desde as FP25 do islâmico Al-Otelo bin Saravá Carvalh que aconteceram 0 (zero) ataques terroristas, com 0 (zero) mortos. Ah já agora desculpem estar a usar ALgarismos, que nada têm a ver com a cultura europeia, pois são coisas dos "terroristas". Recomendo o vídeo, que podem ver aqui, e no fim digam-me se daqueles itens que John Oliver enumera como argumentos para a França se defender dos ataques, está isto:
É só ligar os pontos e já está: o que têm Marine Le Pen e Maria Vieira em comum, além das suas presenças induzirem ao vómito? Fácil: fechem as fronteiras, a Europa está sob ameaça, expulsem "aqueles animais", e agora só faltam duas coisas para se completarem: a Maria Vieira dizer que "corta cabeças" e quer a pena de morte, e a Le Pen dizer que tem medo. Porque ao contrário das Maria Vieiras mariquinhas pé-de-salsa, esta tem andado numa roda viva por onde quer, a dizer as maiores besteiras, que mata, que esfola, que fura os olhos ao "inimigo", e o "Islão terrorista" deixa? Que medo, realmente esses gajos são um perigo.
Agora vou terminar com chave de ouro. Esta foi a única entrada, pelo menos recente (e estou a falar deste ano) onde Maria Vieira menciona o que quer que seja sobre o Islão, etc., e note-se que apesar do tom crítico até mais ou menos ligeiro, não vem a todo o vapor defender aquelas ideias asquerosas da entrada de ontem. Em 25 de Setembro, e apesar do "toque" que dá à situação dos refugiados (e não se assume como opositora da vinda destes para Portugal) Maria Vieira era, meh, Maria Vieira. A partir dos atentados do dia 13, transformou-se. Eu reparei nessa evidente metamorfose, e questionei-a, perguntando se era mesmo isto que ela pensava e porquê - ou se tinham feito "hacking" da sua conta. Afinal era o mesmo discurso sem tirar nem por da nazi da Le Pen! Ah sim, e como essa usou um truque muito "esperto" para não ser chamada de "nazi", chamando de "nazis" aos muçulmanos que rezavam na rua um dia por causa da mesquita estar cheia (não, não foi para islamizar ninguém). Assim foi responder em tribunal, e eventualmente será condenada numa pena irrisória, multa ou algo assim, e ninguém a poderá chamar de "nazi", e porquê? "Então a mulher foi condenada por chamar nazi aos outros, e tu chamas-lhe isso!? Não faz sentido!" Pois não, e no fim se for preciso até me obrigam a pedir-lhe desculpa - então e já se esqueceram como é a extrema-direita? Maria Vieira fez o mesmo com "xenófoba" e "racista", devolvendo a quem lhe quisesse chamar esses nomes a carga, mas como deixou "nazi" livre, foi o que eu lhe chamei AO DISCURSO, não a ela, se bem que é também, obviamente. Isto no caso dela vir alegar seja o que for, mas não acredito que venha. Porquê? Simples: a Maria Vieira, fiel depositária dos valores europeus da democracia e da liberdade de expressão APAGOU O COMENTÁRIO E BLOQUEOU-ME! Ah! Como se eu não estivesse à espera, afinal o lápis azul é peça do museu europeu da senhora, e como eu não estava frente a frente com ela a dizer-lhe o mesmo (e diria, lógico), ela não podia começar a vociferar mais alto que a minha voz, e a seguir levantar-se, virar as costas a quem quer que estivesse no putativo debate, e ir embora. Como faz o seu ídolo, Marine Le Pen. Mas alto lá, quer dizer, "nazi" é forte, uh? Há limites para a liberdade de expressão, vamos lá ver.
Para mim há, mas quando a senhora no texto que a levou a achar que eu não tenho voz porque como não protelo deportações e holocaustos vem no final a apelar ao que seria o nosso sentimento sobre o que ela odeia, os seus fantasmas, se matassem alguém "dos nossos, pá, os nossos", vi logo que aquilo era sopa - descartável e demasiado triste para dar pena. Parece que para a Maria Vieira, que me vai ter sempre à perna claro, "politicamente correcto" é só uma forma de lhe impedir de regurgitar propaganda nazi! Inquisição não, que ela não gosta. Ciao Maria, e obrigado por seres tããão previsível.
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