O corpo de um indivíduo de Hong Kong, 60 anos, de apelido Lai, foi encontrado cortado em sete partes no Edifício Phoenix, na Rua de Kunming, perto do Instituto Politécnico de Macau. Lai, um polícia aposentado, era agiota e membro da seita 14K. O residente de Hong Kong deslocava-se várias vezes a Macau e trazia pequenos apostadores do território vizinho, recebendo comissões.
Mas Lai conheceu também o lado negro do jogo, tornou-se viciado e contraíu uma dívida de 5 milhões de patacas. A tentação foi maior que o medo, e Lai regressou ao território em Setembro, onde foi identificado pelos agiotas a quem pediu emprestado o dinheiro. Os indivíduos levaram-no a um famoso restaurante de
ta-pin-lou na Taipa, onde Lai foi espancado e esfaqueado até à morte.
Os agiotas ligaram então a uma filha de Lai, e disseram-lhe para que parasse de procurar o pai, pois já estava morto. No mês passado foram realizadas as cerimónias fúnebres em Hong Kong. O corpo foi preservado numa arca frigorífica, até que os criminosos o dispuseram em vários sacos de plásticos dentro de uma mala de viagem e o deixaram no Edifício Phoenix, dentro de um apartamento vago no 4º andar.
Um agente imobiliário entrou no apartamento, achou estranho o facto do ar-condicionado estar ligado, notou o cheiro intenso a cadáver, e deu com o macabro achado, e chamou a polícia. Seis indivíduos foram detidos como suspeitos, entre os quais dois tailandeses. Mais uma história triste do submundo do jogo em Macau.
3 comentários:
Triste, Leocardo? História Triste?
Então finalmente temos uma história digna de uma cidade de jogo, tráfico e crime organizado, uma história que nos traz à memória os momentos ímpares do romantismo de Macau, que nos alimenta a esperança de que o crime organizado não morreu e, pelo contrário, ainda sabe matar ao estilo das tríades, e o Leocardo chama a isto uma história triste?
Eu respirei de alívio.
Macau ainda é o que era.
Qual tríades.
Isto é mais um caso de suicídio.
É verdade, anterior Anónimo. Macau assim é que é Macau. Tal como sempre foi. Só tenho pena é que não cortem aos bocados outros "agiotas" doutores que andam por aqui armados em grandes senhores, representantes de classes profissionais e que não páram de fazer mal a muita gente.
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