quinta-feira, 5 de julho de 2012

Euro 2012: um balanço

Terminou no último Domingo o Euro 2012, a competição maior de futebol de seleções europeias, com mais uma vitória da aborrecida Espanha. Os "nuestros hermanos" (designação que me causa repulsa) venceram todas as equipas contra quem jogaram...menos Portugal. A selecção portuguesa, a que os velhos do Restelo prognosticavam uma saída prematura, chegou às meias-finais, batendo três seleções campeãs europeias, perdendo com a Alemanha no jogo inicial, e com a Espanha nas meias-finais, apenas na lotaria das grandes penalidades. Na falta de um Ricardo na baliza para realizar actos de heroísmo, Portugal ficou-se pelo top-4, um sabor amargo que fica na boca, pois Portugal nunca realizou uma exibição em que merecesse perder. Mais uma vez ficou comprovado que o grande busilis da nossa selecção é o ataque. Falta um ponta de lança, um concretizador, e Cristiano Ronaldo - o melhor jogador do Euro - não chega para as encomendas. Está de parabéns Paulo Bento, o treinador ideal para levar Portugal ao mundial de 2014 no Brasil. Quanto à final propriamente dita, foi um circo; a Espanha goleou a Itália no jogo provavelmente menos competitivo do torneio. A Espanha tinha goleado a Irlanda pelo mesmo resultado, mas pelo menos os adeptos irlandeses tiveram uma enorme demonstração de "fair-play". Os italianos choraram.

O melhor: Portugal, considerado por muitos o "dark-horse" do tal "grupo da morte", conseguiu fazer melhor que muitas seleções à partida mais cotadas, como a França, a Inglaterra ou a Holanda.

O pior: A Polónia e a Rússia. Polacos e russos degladiaram-se em campo e fora dele, demonstrando um ódio histórico que não fica nada bem na tribo do futebol. Felizmente froam os dois mais cedo para casa.

A desilusão: A Holanda. Os holandeses contaram com alguns dos melhores jogadores do ano, como Robben, Sneijder ou Van Persie, mas terminaram os Grupo B apenas com derrotas, a pior prestação de sempre dos holandeses em campeonatos europeus.

A surpresa: Além de Portugal, a Grécia. A selecção grega, sem o mesmo elan de 2004, cnseguiu a segunda melhor prestação de sempre, os quartos-de-final, perdendo com a Alemanha por 4-2. O treiandor português Fernando Santos confirma a preferência dos gregos, e deverá manter-se à frente da seleção helénica para a campanha do próximo mundial.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Leocardo,
Escrevo estas linhas ainda desde a Ucránia, onde me trouce mais uma vez o futebol e onde tive a grande sorte de ver ganhar a Espanha, meu pais.
Concordo consigo nas suas consideraçoes enquanto a equipa de Portugal, que mostrou uma grande imagem e só nao chegou a final por falta de sorte.
Nesta equipa faz falta o carisma dum Rui Costa, se me posso permitir a opiniao. O C. Ronaldo é uma maquina tecnica e fisicamente, mas nao é jogador de equipa infelizmente.
Sem entrar a considerar se somos ou nao "irmaos", eu sinto-me muito mais perto dos meus amigos portugueses do que de outras nacionalidades. Sim, a Espanha é o inimigo economico, o invasor envejoso, etc, etc, mas felizmente nao e isso o que eu sinto quando converso a beber umas 'jolas' com um amigo tuga.
Tenho saudades de Macau e do Santos e da Petisqueira, do Helder Fernando, do Carlos M. Jose, da bola em Coloane aos Domingos, da Livraria Portuguesa, da minha ex-familia, do minchi na Apomac, do Largo do Senado... E posso-lhe garantir que ficarei contente o dia em que Portugal, esse pais ao lado do nosso, sempre de mao dada para o bom e o mau (normalmente o mau...), consiga alçar a Taça, que tambêm merece por muitas raçoes.
Entre tanto, ficam ca meus melhores votos para si e os meus amigos todos la na terrinha.
Saudades espanholas.

Curro