quarta-feira, 18 de julho de 2012

Casos de polícia


1) Uma notícia na edição de ontem do JTM chamou-me a atenção. O TJB julgou um caso de agressão levada a cabo no exterior de um estabelecimento de karaoke, tudo porque os intervenientes "não se conseguiam entender sobre a escolha de músicas", e então começaram a "disputar o microfone". É claro que nestes estabelecimentos de diversão nocturna há muito álcool e droga à mistura, e quem os frequenta com regularidade não é propriamente um anjinho - quem viu um estabelecimento de karaoke viu praticamente todos. Mas pronto, é esta a diversão que existe na RAEM, resume-se praticamnente a isto. Gostava de ter visto a cara do juíz quando as testemunhas relataram a causa da rixa, e se o magistrado terá noção dos mais recentes êxitos da pop chinesa. Quem sabe se assim era mais fácil decidir quem tem razão. Ai os estabelecimentos de karaoke, esses antros de vício...pior que as redes sociais! À atenção da Associação das Senhoras Democráticas.

2) Outra notícia que diverte mas não surpreende á a atitude de mais um taxista FDP que se recusou a apanhar três senhoras que se queriam deslocar ao Terminal marítimo da Taipa, mas que acabou por o fazer devido à insistência destas. Achando a viagem pouco rentável, o camelo do carro preto resolveu armar-se em parvo, reduzir a marcha, e finalmente abandonar as senhoras trancadas no interior do veículo com o capô aberto. Quando lá chegaram as autoridades o taxista alegou que "precisava de arejar o capô", e que - atente-se a isto - "não se apercebeu que tinha deixado pessoas dentro do táxi". Ohohoh. O espertalhão vai ser agora acusado da prática de sequestro.

3) A Reolian já faz parte do anedotário local. A terceira concesionária dos autocarros está praticamente todos os dias envolvida em algum tipo de happening, seja um acidente ou algum outro episódio mais caricato. Os motoristas da concessionária, ou "Reolianos", como alguém muito comicamente os chamou, já inspiram medo na população, e não há quem se atreva a desafiá-los nas apertadas estradas no território. Ouvi de certo opinador no outro dia que antes de começar a operar, a Reolian "avisou" para a falta de formação dos motoristas. Ora bem, se não tem condições, e ainda por cima sabe disso, porque começou a operar? Faz algum sentido? Num episódio recente completamente surrealista, que correu nas redes sociais, um motorista parou o autocarro com passageiros lá dentro para comprar o pequeno-almoço num restaurante da McDonald's. É preciso algum tipo de formação especial para saber que isto não se faz? Como alguém disse e muito bem, Macau é um território demasiado exíguo para que existam duas concessionárias de transportes públicos, quanto mais três. Isto da Reolian cheira a mais um daqueles negócios em que meia-dúzia mete o patacame ao bolso, e quem se lixa é o Zé-Povinho.

1 comentário:

Anónimo disse...

O serviço prestado pelos autocarros de Macau pode ser fraco, mas o dos taxis é absolutamente deplorável.

Taxis sujos e mal cuidados, taxistas sem saber uma palavra sequer de inglês, sem se dignar a saír uma unica vez para ajudar a colocar as malas na bagageira, sempre a fazer os mesmos circuitos casinos-terminal-portas do cerco-aeroporto e vice versa para apanhar apenas turistas, muitas vezes ignorando as paragens de taxis e preferindo apanhar clientes uns metros mais à frente que depois dão mais gorgeta, as críticas são infindáveis...

Até na China somos mais bem servidos do que por esta corja de energúmenos que circula pela cidade