A polícia chinesa apreendeu mais de 3200 toneladas de óleo falsificado feito a partir de carne decomposta de animais e orgãos internos, anunciou o Ministério de Segurança Interna. Mas de 100 pessoas suspeitas de fabricar o óleo foram detidas numa operação levada a cabo pela segurança alimentar durante o mês de Março em duas municipalidades e quatro províncias. Foram descobertas 13 fábricas em que basicamente se produzia óleo a partir de carne podre. Em Outubro último os residentes de Jinhua, província de Zhejiang, queixavam-se de um odor a podre vindo de uma fábrica nos arredores da cidade, e suspeitaram que se produzia ali óleo para consumo humano. Depois de um investigação de cinco meses, a polícia descobriu que um grupo liderado por um tal de Li Weijian produzia óleo a partir de carcaças de animais e orgãos internos numa oficina improvisada.
O óleo era vendido a comerciantes da província de Anhui e Jiangsu, e do município de Chongqing, e utilizado em restaurantes para o tradicional
ta pin lou, uma iguaria consumida especialmente em dias mais frios. O grupo de Liu ganhou mais de 10 milhões de yuan com o negócio entre Janeiro e Novembro de 2011. Apesar da China ter lançado uma campanha nacional contra este tipo de escândalos alimentares em Agosto do ano passado, têm sido vários os incidentes registados, desde óleo feito com resíduos de esgotos, até aditivos e corantes ilegais encontrados em carnes vermelhas, especialmente as suínas. Não existe na China um mecanismo funcional que permita o controlo de qualidade desde a produção à distribuição e transporte, e muitos empresários sem escrúpulos aproveitam estas falhas para obter lucro fácil. Contudo o governo promete intensificar a fiscalização, apesar de muitas vezes os consumidores ignorarem os riscos que correm ao consumir qualquer coisa tão simples como um
ta pin lou. Nem os restaurantes mais conceituados escapam à fraude.
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