A vítima e a assassina.Aos 92 anos Clara Tang é acusada de matar o marido Tang Ching Yung, tornando-se a mulher mais velha da história da Austrália e ser julgada por homicídio. Depois de 70 anos de casamento, Clara, que sofre de demência, matou o marido no seu apartamento no sexto andar de um condomínio de luxo em Sydney, em 12 de Março de 2010. Documentos na posse da polícia contam como o casal sobreviveu à invasão japonesa da China e à Revolução Cultural de Mao Zedong, tendo-se mudado de Xangai para a Austrália há 30 anos. Tang entrou com uma petição alegando doença mental. Uma mulher pequena e frágil, compareceu a semana passada num tribunal onde a juíza lhe mandou para julgamento numa data ainda a definir. Os investigadores dizem que Clara terá morto o marido numa luta. O seu marido não conseguia andar sem a ajuda de uma bengala. A polícia foi inicialmente contra a liberdade da idosa mediante o pagamento de uma fiança, alegando "o nível de violência envolvido e o bem-estar da comunidade", mas Clara Tang está em liberdade enquanto aguarda julgamento, num lar de idosos mediante constante supervisão.
Na semana anterior ao homicídio, Clara terá telefonado a uma neta dizendo: "estão a conspirar contra mim; estão a envenenar-me; estão a tentar matar-me". Quando foi detida, a idosa estava completamente coberta de sangue. O seu marido tinha sido esfaqueado do estômago e atingido na cabeça com um objecto agudo. Clara confessou o homicídio, dizendo que matou o marido porque este "se recusava a falar com ela". A polícia alega que os dois teriam começado a discutir, empurraram-se, e Clara terá pegado numa jarra e atingido o marido na cabeça várias vezes, durante mais de uma hora. Depois disso colocou os dedos debaixo do seu nariz e verificou que ele ainda respirava, pelo que voltou a agredi-lo, desta vez com um pau. Depois numa tentativa patética de se ilibar, começou a atirar objectos para a varanda da vizinha, gritando que "estava um homem mais novo dentro de casa", e que "estava a tentar matá-la".
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