segunda-feira, 2 de junho de 2008

Molhados, quentes & húmidos


Ao contrário do rigoroso Inverno que por aqui tivemos este ano, em que nos apetecia ficar aconchegadinhos no calor do lar e dos lençois, já este calor que finalmente assentou arraiais no território e promete ficar até Outubro, faz um mal imenso à imaginação. Este calor que faz com que sair de casa de fato (fato de vestir, ou “terno”, bolas, era só o que faltava) se torne num acto de coragem. Esta humidade que pesa sobre as cabeças e os ombros faz com que procuremos o artificial conforto dos ar-condicionados. Nem na piscina se está bem. Este fim-de-semana pensei presentear os leitores com algumas fotos das competições dos Barcos Dragão, mas, ufa, fica para a próxima. Ou não.

Perguntei a um amigo como era possível viver em Macau há vinte ou trinta anos, quando o ar-condicionado era privilégio de poucos, e prevaleciam os rudimentares leques e aquelas pitorescas ventoinhas de metal. Disse-me que como não haviam tantos prédios altos, ainda se aproveitavam algumas correntes de ar. Devia ser mesmo muito mais fácil, pois este sufocante calor – e isto ainda é só o começo – só dá vontade de fugir, ou de ficar em casa e pedir ao mundo que se esqueça que existimos, só por uns instantes. Até ao próximo Inverno.

Pior ainda é a chuva, que cai aos potes, e sempre sem avisar. Muitas vezes saimos de casa sob um céu limpo e um sol radioso, e em menos de meia hora já está a chover torrencialmente. Como que por magia surgem aquelas senhoras a vender guarda-chuvas, que até parece que já sabiam, ou como se diz na minha terra “andavam a pedir chuva”. A chuva súbita é o pior inimigo do cidadão amante do ar livre. Cancela acampamentos, piqueniques, desmarca encontros, encharca os motocicilistas, molha a estrada e provoca acidentes. Será que já se aceitam apostas sobre se vai chover este ano na habitual romagem à Gruta Camões no dia 10 de Junho? Eu aposto que vai.

Hoje, por exemplo, estão 26 graus, o que seria óptimo, se não fossem os 90% de humidade. Noventa por cento, vejam só. O calor e a humidade juntos causam preguiça, sono, deixam os corpos pegajosos, as almofadas a cheirar mal, as bocas a bufar, as mãos a sacudir as camisolas, uma vontade enorme de cair no chuveiro quando se chega a casa. O mais chato é que ao preço que está o Euro, este ano vou ficar por cá, talvez com uma saída ali à Malásia, ou em último recurso à Tailândia. Se há qualquer coisa que gostava de trazer de Portugal para aqui? Sim, o tempo!

62 comentários:

Anónimo disse...

será bom que você trouxesse de Portugal o nosso vitnho...

Anónimo disse...

Nao!!! Deixe ao Vitinho em Portugal!!! Cá nao ha pachorra para atura-lo!!

Anónimo disse...

Eu diria que este tempo chato só pode ter sido trazido por ele.

Anónimo disse...

No aspecto do tempo, permita-me discordar de si. Ainda hoje apanhei uma grande molha, mas até estas (quentinhas) são bem mais agradáveis do que em Portugal (essas até gelam os ossos). Para além de que em Portugal me irritam profundamente as grandes amplitudes térmicas. Nunca sei como é que é hei-de sair vestido de casa, de manhã está um frio de rachar, ao meio-dia um calor que não se aguenta, para ao fim da tarde voltar o frio. Pelo menos aqui ou está calor ou está frio, sabemos (em relação à temperatura) aquilo com que podemos contar. Não, de Portugal não quero nem o tempo.

Anónimo disse...

Concordo consigo, caro anónimo das 5:39.
Não há nada como tempo quentinho tropical. melhor que o clima de Macau só mesmo o da Tailândia que é sempre quente, sempre húmido e não há inverno nem secura.
O que é bom de Portugal já existe aqui, ou seja, o bacalhau, o vinho tinto e um fluxo constante de noticias da bola.
Só é pena os jogos não serem a horas decentes.

Anónimo disse...

"De Portugal não quero nem o tempo?". Mais um ressabiado. Vocês nasceram no país errado. E se fizessem alguma coisa pelo vosso país, em vez de só dizerem mal dele? E já experimentaram nascer na Índia, no Paquistão, até nas Filipinas ou na China? Mal-agradecidos!

Anónimo disse...

Provavelmente a única coisa que você faz pelo seu país é dizer mal daqueles que dizem mal dele.
Se gosta tanto daquilo porque é que não volta para lá?

Pois é, as pataquinhas dão jeito, não é?
Seja mas é mais bem agradecido por uma terra que lhe dá muito mais do que aquilo que você alguma vez sonhou receber do seu (nosso) país.

E já agora você alguma vez experimentou nascer não só em Macau, mas em sítios tipo Austrália, Nova Zelândia, Singapura ou Japão?

Anónimo disse...

apoiado, caro anónimo das 7:07

Anónimo disse...

ESTE CONTRADITÓRIO SÓ CONCORDA COM OS OUTROS...

Anónimo disse...

meu caro Vitório ( se é que você é mesmo o Vitório),
pode crer que em quase tudo eu discordo consigo.

cumprimentos

Anónimo disse...

Não, Contraditório, esse não é o Vitório. O Vitório, por muito que a maioria não concorde com ele, dá opiniões. Este vitório falso não dá uma única opinião, limita-se a dizer qualquer banalidade sobre o que os outros disseram. Mas, por falar em ressabiados, o maior de todos é aquele que gosta de chamar ressabiados aos outros (o anónimo das 6.10). A esse só digo que se calhar tem razão, nasci no país errado, e por isso é que não fiquei lá. Mas pior do que nascer no país errado - que isso tem bom remédio - é viver no país errado em vez de voltar ao seu, o que é manifestamente o seu caso.

Anónimo disse...

Aos ressabiados das 7:07 e 12:34,

O facto de não viver no meu país não quer dizer que não goste dele. São opções profissionais temporárias e relacionadas com o meu país.
Acham que os americanos, australianos e ingleses todos que vivem aqui não gostam dos seus países ou que esses países são maus? Acham que todas as pessoas que vão trabalhar ou estudar fora por uns tempos é porque não gostam do seu país ou este é mau? Então pensem melhor.
Com tantos americanos, australianos, ingleses, franceses, japoneses, italianos, alemães, etc, etc, espalhados pelo mundo, esses países devem ser todos uma porcaria ou eles devem detestar todos a sua terra natal.
A minha empresa manda-me para uma sucursal no estrangeiro e eu aceito? É porque odeio Portugal. Decido ganhar experiência lá fora ou conhecer o mundo? É porque Portugal é uma porcaria.
Porcaria é o que vocês têm nessas cabecinhas! Fiquem por cá. Portugal não precisa de gente assim. Quanto menos, melhor.

C disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
C disse...

Meus caros Anónimos,

Obrigado por conseguirem distinguir-me do "clone-que-não-vive-sem-mim".

De facto os que dizem que gostam do clima tropical só vêm a confirmar a veracidade da teoria do Luso-Tropicalismo tão atacada pela comunagem e arianos racistas.
Esta é a verdadeira essência dos portugueses, que constituem a nação com os pés no continente europeu e o coração nos oceanos, nos mares. Não vão ser bem sucedidos aqueles que nos querem vender a banha da cobra da "identidade europeia" esquemas artificiais fazem mal à saúde, ao natural!

Para além desta predisposição dos verdadeiros portugueses ao luso-tropicalismo, com as últimas alterações climáticas, Portugal está-se a tornar também num país tropical.

Por último, quem melhor do que J.B. de Macedo, soube bem dizer "a lusofonia ajuda mais os portugueses a ser bons europeus do que a pertença europeia nos aproxima da lusofonia. Com medo da diversidade não há proximidade, apenas tartarugas orgulhosamente sós.”.

Sds,

Anónimo disse...

Assim, sim. É à Vitório.

Anónimo disse...

Fascizóidemente eloquente, como se espera!

Anónimo disse...

este verdadeiro vitinho sofre mesmo de complexo de superioridade...coitado

C disse...

Apenas orgulho no que (portugueses) somos, sendo firmes na prossecução dos nossos interesses nacionais, com respeito pelos outros, sem qualquer tipo de complexos e tergiversações, procurando sempre uma cooperação positiva, com ganhos para todos.

Qual é o mal? Será que tenho de concordar com algum politicamente-correctês-permanentemente-de-joelhos-a-fazer-mea-culpa? Não há lugar em Portugal para qualquer tentativa de ditadura do pensamento único, muito menos a de uma minoria anti-nacional. A culpa não se herda, nem se desculpa, evita-se.

Anónimo disse...

Ao ultra-ressabiado das 15.03: decidi seguir o seu conselho mesmo antes de mo ter dado. Não tenciono voltar a Portugal. Eu sei que Portugal não precisa de mim nem eu dele. Estamos bem assim, longe um do outro. Mas Macau também não precisa de oportunistas como você. Se tudo na sua vida se resume a servir Portugal (embora eu ache que se resume é a servir a sua própria carteira), é lá que o deve servir. Vá-se embora. Eu não sou ingrato e nunca me esqueço de quem me dá uma oportunidade. Macau (já como RAEM) deu-ma e eu respondo com o meu trabalho, fazendo o melhor que posso. Portugal nunca me deu nenhuma oportunidade, anda demasiado ocupado a engordar os parasitas do costume. Só porque nasci em Portugal sou obrigado a servi-lo? Era o que faltava! Ganhe juízo e vá lá para o seu amado país.

Anónimo disse...

Ao frustrado da 1:24,
Ninguém é obrigado a servir Portugal, mas nenhum país precisa de pessoas que só pensem em servir-se dele e não em servi-lo também.
Outra coisa: não me venha dar lições sobre como servir Macau. Conhece-me de algum lado para falar assim de mim, seu palhaço? Se calhar, eu já servi esta terra mais do que você alguma vez a há-de servir. Amar o meu país e trabalhar para ele não me impede de respeitar Macau e procurar ser um bom cidadão e um bom trabalhador aqui. Só gente limitada como você é que não consegue perceber isso.

Anónimo disse...

Aos anónimos,

Vá lá, não vale a pena estarem a ofender-se uns aos outros.

A minha posição relativamente a este assunto é a seguinte: Eu gosto muito de ser português, da história de portugal, da comida portuguesa e da nossa gloriosa Selecção Nacional.

Do que eu não gosto é de viver em Portugal, com um salário português e ter que aturar diariamente toda aquela crónica lusa depressão.
Não acredito que Portugal alguma vez irá mudar e melhorar, pelo que não tenciono voltar para lá.
Voltar lá, só se for de férias e apenas para ver a familia, que é a única coisa de que eu tenho saudades.

Macau deu-me muito mais do que aquilo que Portugal alguma vez me deu ou dará.
Se ao caro anónimo que chama a todos de ressabiados, Portugal lhe deu muito, dou-lhe os meus parabéns, porque é um entre poucos.

Mas não faça comparações entre Portugal e a India ou as Filipinas.
Isso é o mesmo que dizer a um chinês que ele deve dar graças a Deus pelo seu nível de vida pois no Sudão ou na Etiópia até se morre de fome.

Eu já viajei por muitos sitios para saber que há locais onde se está muito pior que em Portugal.
mas tambem há outros onde se está melhor.
E Macau é um deles.

Cumprimentos e mande sempre

Anónimo disse...

Caro "contraditório",

É claro que faço comparações. Tudo é relativo. Vocês está melhor aqui do que em Portugal, da mesma maneira que há centenas de milhar de imigrantes que estão melhor em Portugal do que no Brasil, na Ucrânia, nos PALOPs, na China e em tantos outros países.
Assim como há centenas de milhar de portugueses a viver Europa fora, em África ou nas Américas, que saíram do nosso país sem nada e que, mesmo assim, adoram Portugal e querem regressar um dia ou, pelo menos, dividir a sua reforma entre o país de origem e o de acolhimento.
E se você vive bem em Macau, saiba que há muita gente idosa aqui que vive com pensões de pouco mais de mil patacas. Em Portugal, há problemas sérios, mas já não há pensões dessas há muitos anos. Há pensões curtas para as necessidades de muitas pessoas, mas, mesmo assim, muito acima desses valores.
Portugal está mal, mas faço o que posso para que seja melhor. Se todos se esforçarem seriamente, um dia estará melhor.
Enquanto estou fora de Portugal, empenho-me na terra onde estou, mas não esqueço o meu país. Não é preciso estar em Portugal para ser um bom português, assim como não é preciso detestar Portugal para ser um bom cidadão de Macau.

Anónimo disse...

Meu caro Anónimo,

Eu falo por mim, eu estou melhor aqui do que em Portugal.
Também sei que há pessoas que vivem mal aqui e em muitos sitios.
Mas eu estou melhor aqui do que em Portugal.
Eu e quase todos os portugueses que aqui vivem, incluindo, suponho eu, você.

A diferença entre nós os dois é que você acredita que Portugal irá melhorar, mas eu não.

E como eu sou uma pessoa realista e pouco dada a romantismos o melhor que eu faço é continuar por cá.

E isso não faz de mim nem melhor nem pior cidadão de Macau.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Os portugueses são uns privilegiados em Macau, fruto da presença histórica de Portugal aqui e dos acordos entre Portugal e a China sobre a transferência de soberania, que consagraram a manutenção do status quo durante 50anos.
Se você, eu e os outros portugueses vivemos bem em Macau, é graças a Portugal ter estado aqui. se não fosse isso, tínhamos tanto lugar em Macau como temos em Cantão ou em qualquer outra terra da mainland. Isto é, nenhum.
Era bom que não nos esquecêssemos disso. Ou você acha que a administração de Macau lhe dava emprego, ou contratava a empresa onde você trabalha ou dava um subsídio ao seu jornal, etc, se este território não tivesse sido português? Dava o tanas. Arranjava mão-de-obra mais qualificada e muito mais barata na mainland. E todas estas más línguas teriam que procurar emprego noutras paragens. É irónico, não é?

Anónimo disse...

Meu caro,

Tudo o que diz é verdade mas não é isso que estamos a discutir.

Eu vivo melhor em Macau do que em Portugal.
Ponto final parágrafo.

E se estou melhor aqui, não vou sentir saudades de lá.

Já lhe disse que o meu problema não é ser português, mas sim viver em Portugal.
Gosto muito de ser português... fora de Portugal.
E se em Macau somos uns privilegiados, pois tanto melhor e mais uma razão para não querer sair daqui e voltar para Portugal.

Anónimo disse...

Caro contraditório,

Estamos entendidos, mas também não foi esse seu ponto de vista que provocou a minha reacção aos ressabiados das 7:07, 12:34 e 1:24. Foram coisas diferentes, como certamente reparou.

Leocardo disse...

Bem, concordo com a maioria dos pontos de vista aqui expressos,alguns dos quais por serem tão diferentes quase se tocam. A verdade é esta: Portugal está mal e não apresenta sintomas de melhoras, pelo menos num futuro próximo, e por muito que o amemos não dá vontade nenhuma voltar para lá e juntar-se ao resto da carneirada. Mas se melhorar creio que muita gente se vai embora. Observem o exemplo dos juízes: ganham tanto lá como cá, só que o euro está mais forte, portanto toca a dar corda aos sapatinhos. E quanto aos que aqui criaram raízes e ficaram, e gostam de ir lá e ver os parentes (para mim são parentes, a família propriamente dita está aqui) no precisam de argumentar contra os primeiros. A portugalidade é o sentimento que nos une, quer estejamos mais satisfeitos com a vida aqui do que lá. E já agora não simpatizo muito com afirmações do tipo "não está bem aqui mude-se". Fazem lembrar alguns senhores que de tanto tempo que passaram em Macau já se julgam capazes de decidir o que está certo e o que está errado, e de achar quem deve ficar ou ir embora. Sejamos democráticos, espírito aberto e sentido crítico.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro Leocardo,

Saúdo-o por dizer que não simpatiza muito com afirmações do tipo "não está bem aqui mude-se". Só me faltava gente que ainda agora chegou aqui vir dizer-me que tenho que ir embora e não presto aqui só porque apoio e acredito no meu país. Palermas.

Anónimo disse...

Ó palhaço das 10.17: Vai para Portugal, desaparece. Repito as vezes que me apetecer: "Quem preferir Portugal, já devia ter ido!". Então não te conheço de lado nenhum e tu conheces-me a mim para dizeres que ainda agora aqui cheguei? E conheces-me de algum lado para me chamares ressabiado e palhaço? Só não te mando para onde bem sabes porque os outros não têm culpa de seres um grande troglodita. Vai ofender a tua mãezinha ou quem bem te apetecer, mas deixa-me a braguilha em paz.

Lamento, Leocardo, mas agora é este o discurso. Já que disse não gostar de coisas como "não está bem aqui mude-se", mas nem uma palavra teve sobre o facto de este atrasado andar a chamar ressabiados a todos e palhaço a mim, parto do princípio que é este o tipo de discurso que prefere. Se quiser, apague, mas vai ter de apagar muitos mais a seguir, que eu tenho todo o direito de dizer o que me apetecer a esse energúmeno que também me chamou os nomes que bem lhe apeteceu.

Anónimo disse...

"Camaradas, amigos, palhaços desta vida..."

Anónimo disse...

O Bairro anda a ficar um bocado mal frequentado. Antes as discussões pareciam mais construtivas, agora as peixeiradas são mais frequentes.
Proponho que tentemos todos elevar um bocado o nível para um patamar onde já estivemos.
Um grande obrigado antecipado a todos pelos esforços nesse sentido.
E obrigado ao Leocardo por ainda não ter comçado a "moderar".

Anónimo disse...

Ao anormal das 15:54,

Foi você que escreveu: "Eu não sou ingrato e nunca me esqueço de quem me dá uma oportunidade. Macau (já como RAEM) deu-ma e eu respondo com o meu trabalho, fazendo o melhor que posso."

Está a ver? Foi você que escreveu que veio para cá já no tempo da RAEM. Eu estou cá há mais de 20 anos e não é você que me vai dizer se devo ou não ficar cá, goste ou não goste do meu país. Percebeu?

Se você não fosse português, nem a RAEM lhe dava emprego. Por isso pode agradecer aos santinhos todos por ter nascido nesse país tão mau.

E vá aprender boas maneiras, que bem precisa.

Anónimo disse...

Há aqui muita gente pelos vistos (portugueses de Portugal)que caíram aqui de pára-quedas como de costume, com défice de cultura e boas maneiras. Para comentar e ter uma opinião não é preciso insultos, ofensas ou coisas do género. Mas isto é do tipico português que quando não têm argumentos vão por esta via que é a mais fácil.ainda se viu isso no próprio parlamento em Portugal entre o Governo e a oposição......
Aqui só falta o bacalhau o garrafão de 5 litros a música pimba do quim barreiros
Agora percebe-se porque é que o Vitório vos dá cabeça.
Ignorantes.

Anónimo disse...

À besta das 00.25: "E vá aprender boas maneiras, que bem precisa" (sic). Devia ver-se primeiro ao espelho. É rara a vez que não chama "ressabiado" a alguém, e quando lhe respondem aprimora os insultos. Queria ficar sem resposta? Porquê, é você o rei da macacada? Há quem tenha uma paciência infinita, como o Vitório, mas há quem não a tenha e responda à letra. Lembro que tudo começou por eu ter dito que "de Portugal não quero nem o tempo". Isso ofendeu-o muito. Acha que não tenho o direito de dizer que não quero nada de Portugal, só porque você não gosta? Vê-se quem é o ressabiado aqui: é de certeza quem cá está há 20 anos a ganhar dinheiro embora preferisse estar em Portugal. Depois fica agressivo e acha que pode insultar quem lhe apetece. Aliás, anda mais preocupado em comentar os comentários dos outros do que em comentar os artigos do Leocardo.

Por mim até podia cá estar há cinquenta anos. Na minha opinião, não faz falta na mesma. E, perante a lei, não é mais do que eu por estar aqui há mais tempo. Que eu saiba, acima do BIR permanente não há mais nada. Para terminar, uma lição grátis de português, que já anda a precisar: Macau já é RAEM há quase 9 anos. Quem veio no tempo da RAEM não acabou necessariamente de chegar.

Uma última ressalva, a quem lhe aprouver: tenho orgulho da história do país onde nasci, isso para mim não está em questão. Mas tenho porque lhe reconheço mérito, não porque seja obrigado a isso. O que também tenho é uma grande vergonha pelo pardieiro em que essa coisa chamada Portugal se transformou hoje, onde só singram parasitas corruptos e incompetentes, que ainda por cima são mantidos por um povo ignorante ou masoquista. Se fosse pelos portugueses de hoje, de certeza que eu não estava em Macau. E se Macau ainda fosse português, também não estava de certeza. É que não gosto de ter patrões caloteiros.

Anónimo disse...

Ao anormal das 3:52,

Você tem o direito de não gostar de nada em Portugal. Por mim, até podia ter nascido noutro país qualquer, que gente que pensa como você não acrescenta nada de positivo a Portugal.
Não tem é o direito de dizer que eu só estou cá pelas patacas e que devo ir embora daqui por gostar do meu país e defendê-lo.
Já lhe disse e torno a dizer que há muita gente que vive fora dos seus países, incluindo os muitos imigrantes que escolheram Portugal como sua nova casa, sem que isso signifique que detestam a terra natal ou até que ela seja má. Depende de cada caso individual.
Leia o que escreveu e o que eu escrevi e veja quem insinuou o quê.
E arranje um psiquiatra, que você tem problemas de maus fígados. Trate-se! Com esse mau feitio, ainda lhe acontece alguma coisa feia.

Anónimo disse...

se Portugal está tão mal...porque o nosso vitinho continua lá? exílio?

Anónimo disse...

4.09: Vai comê jagra.

Anónimo disse...

12:57, vai comê tu, seu freak.

C disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
C disse...

Meus caros,

Não se apoquentem!

Portugal está mal? Para alguns concerteza. Em termos de qualidade de vida isto por cá está do melhor. Está-se mesmo bem.

O problema de Macau é um enclave muito pequenino e depois e muitas vezes geram-se atritos próprios das pequeninas aldeias. Por ser um enclave pequenino, é normal que alguns se passem da cabeça e entrem em depressão.

Exílio? Só se fosse em Macau, só se fosse longe da minha Pátria tão ditosa e tão amada. Exílio não! No "ninho de amor" que é Portugal!

C disse...

Sei que para alguns, viver em Portugal é difícil, mas quem se singra em Portugal, singra-se em qualquer parte do mundo.

O problema são aqueles que não se singram cá, e se singram lá para fora (em lugares mais fáceis) e se armam que são os maiores quando cá nem no lugar de quadro de honra têm, e depois falam mal de Portugal...Portugal não tem culpa de também ter gente inválida, há de tudo!

Anónimo disse...

Vitó (o verdadeiro), no essencial, estou de acordo contigo, mas não escrevas "se singra". "Singrar" não é um verbo reflexo.

Há muita gente que arranja empregos simpáticos por cá e depois desata a dizer mal de Portugal, esquecendo-se que também não arranjaria esses empregos em mais lado nenhum do mundo.

Portugal não é mau, é normal. Macau é que é uma terra fácil. Percebam isso.

Anónimo disse...

Fácil é Portugal, embora só para alguns. A cunha é a maior instituição desse país. Basta ver quem são os que ganham mais do que em qualquer outro país: políticos que depois de mostrarem a sua incompetência ainda têm lugar como administradores das empresas públicas. Para esses é que Macau também foi fácil, no tempo da administração portuguesa. Vinham para cá "estagiar", treinar a sua incompetência, para depois darem o salto para a metrópole e porem em prática todos os "conhecimentos" adquiridos. País de parasitas, é o que aquilo é hoje, onde quem realmente tem mérito tem de emigrar para que os estrangeiros lhe dêem o valor que nunca lhe foi reconhecido em Portugal. Podia falar de Eduardo Lourenço, José Saramago ou António Damásio, mas estes são só os mais conhecidos. Há milhares de Saramagos por esse mundo fora. Os portugueses de valor que ainda existem não cabem hoje naquele miserável rectângulo onde impera a mediocridade.

Anónimo disse...

Há muita mediocridade lá e cá, julgo que mais cá do que lá. A diferença é que aqui temos os jogodólares e lá não.

Anónimo disse...

"Os portugueses de valor que ainda existem não cabem hoje naquele miserável rectângulo onde impera a mediocridade"; é a sua opinião. Eu não me considero medíocre e estou cá e por cá quero continuar. Talvez fosse boa ideia medir as palavras antes de pôr cá fora discursos inflamados que acabam por se tornar generalizações abusivas.
Tudo depende da experiência de cada um... "eu sou eu e a minha circunstância!"

Anónimo disse...

Concordo com o Vitório. Ali é que se está bem. Na cauda da Europa, com greves quase todas as semanas, pessoas a passar literalmente fome, e onde os media interrompem primeiros ministros para mostrar... um treinador de futebol.

Pois continue aí, caro Vitório, e vingue, nessa terra fantástica cheia de gente competente. Como podemos ver, a olhos vistos!

Já agora, acredito que veja isto do IPOR e da Escola Portuguesa como casos menores e dignos de esquecimento e segundo plano, como fazem os geniais lideres desse País. E faz muito bem. Aí está bem, aí está o seu amor, como diz, e aí deve ficar- mais nada!

Agora deixe-se de hipocrisias e não fale é mais em nome dos Macaenses, por favor. Estes seus últimos comentários são bem elucidativos do seu sentimento por Macau.

Se tinha respeito pela sua posição, agora perdi-a completamente.

Digo-lhe: para mim, você, como Macaense, é uma vergonha.

C disse...

Caro Anónimo último,

Não venha com lições de moral ou de moralista, é o que não falta pelo mundo fora.

Não sei se não quer perceber, se não entende, mas Macau deixou de fazer parte da Pátria dos macaenses, agora é RP da China e assim é esta nova realidade que tem de ser respeitada.

Como lhe disse, nunca acreditei naquelas lindas palavras dos "Philosophs", nos idealismos e utopias científicas. Não existe tal coisa do "cidadão do mundo", logo, como Organicista, acredito nas relações naturais inerentes à realidade humana, na Família, na Comunidade, na Nação, no sentimento de pertença a uma Pátria, porque um homem não pode servir dois Senhores.

Como macaense, naturalmente nacional português, a minha Pátria é a Portuguesa (Terra) e a Nação, os portugueses.

Se a mim não me compete como estrangeiro interferir na soberania de um Estado estrangeiro (China) onde Macau se insere, compete-me preocupar-me com os meus, os Portugueses DE Macau onde se incluem os Macaenses.

A Pátria é a Terra, o Solo, a Nação o "sangue", as pessoas.

Nunca me afirmei macaense no aspecto de nacionalidade, mas sim sempre como Macaense (português de Macau) pois senão seria necessário que Macau se tornasse numa Nação livre e independente, organizado politicamente num Estado soberano, ou seja país Macau. É o que o Anónimo defende? Ou na sua óptica seria também um "traidor à causa" ao defender a integração na China?

Se eu estivesse a apoiar a independência de Macau, eu estaria a ser incoerente comigo, uma vez que me identifico como integralista, se houvesse liberdade de escolha sobre o futuro de Macau, de Macau a ser China, a ser Portugal ou Independente, eu escolheria a ser Portugal e nunca escondi isso. Mas como nunca pude escolher, ou nunca me deram a escolher, logo só posso respeitar tal realidade, são os ventos da história, e foi obra da divina providência que eu aceito.

Sou fiel e leal aos meus princípios, à minha Pátria e Nação portuguesa. Do amor à Nação, segundo Edmund Burke, é o Nacionalismo e do amor ao Mundo, Universalismo (bem diferente do internacionalismo).

Anónimo disse...

"Como lhe disse, nunca acreditei naquelas lindas palavras dos "Philosophs", nos idealismos e utopias científicas. Não existe tal coisa do "cidadão do mundo", logo, como Organicista, acredito nas relações naturais inerentes à realidade humana, na Família, na Comunidade, na Nação, no sentimento de pertença a uma Pátria, porque um homem não pode servir dois Senhores."

E cidadão de Macau, não existe?

Olhe, caro Vitório, concedo-lhe isto: tem todas as condições para singrar na política aí em Portugal. Refugia-se nas palavras bonitas, no discurso nacional populista redundante e no cultivo da "forma" desse mesmo discurso. Está no caminho certo. Essa a essência de como fazer política nesse país.

"Philosophs"? Epá, granda pinta pá! Como é culto!

"Exílio? Só se fosse em Macau, só se fosse longe da minha Pátria tão ditosa e tão amada. Exílio não! No "ninho de amor" que é Portugal!"

Fala bem. E espero que as pessoas que ocasionalmente lhe concedem esse "exílio" leiam este blog. Vá lá, telefone-lhes ou escreva aqui algo que desminta essas palavras, para não perder o seu bilhete de Férias de Verão...

Sabe que mais?

Deixe é de se aproveitar da sua ligação a Macau para se destacar nesse seu "ninho de amor".

Apoiar-se no "facilitismo" da diferença herdada por ter nascido nesse local pequenino, de exílio e facil, que tanto o repugna, não lhe fica bem.

Está, a meu ver, no "Bairro" errado. Aqui, fala-se "de Macau, sobre Macau". Tema demasiado pequeno para si, turista do "ninho do amor".

Anónimo disse...

Cada um é livre de ter a sua opinião, por muito miserabilista que seja. Há pessoas revoltadas com o mundo e que acham que são melhores do que os outros e não singram aqui ou ali só porque os que as rodeiam são miseráveis e caloteiros. Terão razão em alguns casos, não terão noutros, mas preferem sempre fazer generalizações em tom de verdade absoluta, insultando quem deles discorda e atirando-lhes as patacas à cara. Até parece que sair do país em busca de novas oportunidades e experiências é crime, e o criminoso perde o direito de gostar e dizer bem do seu país. Tem é que trabalhar e ficar caladinho. Senão, que volte para casa. Triste forma de debater as coisas...

Anónimo disse...

Caro Vitório,
No seu artigo "Macau, a potente plataforma lusófona na Ásia: “Das lusas vantagens no Extremo-Oriente” refere o seguinte: "No caso particular de Macau, hoje com uma população que ronda os 500 mil habitantes, na sua maioria etnicamente chinesa, cerca de 200 mil dos quais têm direito à nacionalidade portuguesa, enquanto que apenas 20 mil são os considerados por “jus sólis” e “sanguinis” portugueses, ou seja, os portugueses de Macau, descendentes de portugueses." como é que chega aos 20 mil? Qual é a fonte?
Obrigada

Anónimo disse...

É a fonte do Lilau.

C disse...

Cara Maria,

Por estimativa, pois não dei valores absolutos.

Ao Anónimo,

HAHAHAHHAH!!!

CIDADÃO DE MACAU? Não misture alhos com bugalhos, FALO DE NACIONALIDADE!!!! NACIONALIDADE, PERTENÇA A UMA NAÇÃO. QUAL É A SUA?
A MINHA É PORTUGUESA E A SUA???

Não falei em CIDADÃO RESIDENTE PERMANENTE, NEM DE CIDADÃO RESIDENTE NÃO PERMANENTE.

Estamos a falar de NACIONALIDADES.

EU PREOCUPO-ME COM TODOS OS NACIONAIS PORTUGUESES QUE AMAM A SUA PÁTRIA PORTUGUESA, E NELES SE INCLUEM NATURALMENTE OS MACAENSES.

Mas que imbecilidade do Anónimo! Desculpe-me o desabafo.

De uma vez por todas, qual é a nacionalidade da maioria dos Macaenses?

Chinesa? ou Portuguesa? Responda.

Óh anónimo, cidadão de Macau não quer dizer absolutamente nada em termos de nacionalidade e eu estou a falar em termos de pertença a uma Nação, a uma Pátria. Qual a sua Pátria? Diga.

Macau até 19 de Dezembro de 1999, pertencia à Ditosa Pátria Minha Amada, cujas recordações guardo com muito carinho.

Depois desta data, tornou-se numa terra que já não faz parte da minha Pátria, mas sim dos interesses nacionais da Política Externa da Ditosa Pátria Minha Amada!

Interesses nacionais, sabe o significado disso? Interesses nacionais fazem também parte o bem estar e segurança dos nacionais portugueses no estrangeiro.

Ser do interesse nacional, Macau é um bom exemplo para quem segue a linha de pensamento estratégica marítima ou trans-oceânica.

Puxe um pouco pela sua cabeça e não seja preguiçoso, pois nem interpretar um texto para discussão está a conseguir. E como provavelmente nem está a perceber o que está a ler, desvia o discurso, e responde consoante às suas próprias suposições e não sobre o que eu disse, e isso irrita. Leia de novo.

Anónimo disse...

Afinal não é a fonte do Lilau, é a adega mesmo.

Anónimo disse...

Caro Vitório,
Mas refere-se aos que são actualmente residentes em Macau? Ou está a considerar também os que sairam e constituem a chamada "diáspora"? É que há quem diga que, em Macau, são cerca de 10 mil. É uma diferença muito grande. Como é que chega a essa estimativa? Apesar de não ter dado números absolutos - o que me parece algo complicado de obter - é importante precisar como estima os 20 mil.
Obrigada.

Anónimo disse...

Eu acho que são uns 100 mil com passaporte português. E se têm passaporte português, são portugueses, acho eu.

Anónimo disse...

Há cerca de 117.000 pessoas inscritas no consulado, mas somente umas duas mil são naturais de Portugal. Macaenses serão oito a dez mil. Os restantes são titulares de passaporte português, mas não têm qualquer afinidade cultural com Portugal (não falam a língua, provavelmente nunca conheceram Portugal e não querem saber do nosso país para nada. Só querem o documento de viagem).

Anónimo disse...

Está certo, mas têm-no. Têm direito a ser reconhecidos como portugueses, tal como nós. Se tivessem jeito para jogar futebol, também podiam jogar na selecção.

Anónimo disse...

Eu nunca disse que não os reconhecia como portugueses. Eles é que, na maior parte dos casos, não se reconhecem a si próprios como portugueses. Já ouvi e li muitos dizerem que de Portugal só queriam o passaporte, mais nada.

C disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
C disse...

Cara Maria,

Conto também com a diáspora e as estimativas do Consulado.

Em relação aos xinos, são muitos (contudo há SEMPRE excepções) eu próprio ouvi afirmarem que do passaporte só para viajar pois não querem saber desse país para nada.
Para certas cabecinhas "ocidentais" sei que como estão tão estigmatizadas com as questões de racismo na Europa, transpoõem o mesmo ambiente e pressupostos para Macau e lá está com pena dos xinos. Os xinos é que têm pena de nós (portugueses). Têm pena pelos portugueses serem um grande Povo, que deu novos mundos ao mundo, criou o primeiro Império Global e hoje, matam-se uns aos outros e denigrem-se a eles próprios e enxovalham a sua Pátria e Nação.

Os xinos devem pensar para eles, onde é que andarão os valentes e nobres portugueses de outrora?

Os chineses têm é mais de se orgulharem na sua Pátria, na sua Nação, no seu Império regional. E nós portugueses de e em Macau (macaenses inclusivé naturalmente) temos é de nos orgulharmos de ser portugueses e ponto final.

Sds,

Anónimo disse...

Caro Vitório,

mais uma vez, parece-me que não está a falar para mim...
Eu apenas quero saber como chegou aos 20 mil...
Da forma como escreveu subentendia-se que, actualmente, na RAEM além dos cerca de 200 mil indivíduos com nacionalidade portuguesa (sem ascendência portuguesa) residem 20 mil descendentes de portugueses. Ora se, como diz, considera nesse número os que se encontram nos mais variados pontos do globo - a diáspora macaense - então não residem actualmente 20 mil portugueses descendentes de portugueses na RAEM. Era esta a minha dúvida.
Cumprimentos.

C disse...

Cara Maria,

Em Macau acredito que cheguem, uma vez que há macaenses com sangue português já tão diluído e que já não convivem nos mesmos espaços comuns aos da Comunidade Portuguesa.
Há também outros macaenses com sangue português que pela (des)educação deixaram desde muito cedo a cultura portuguesa.

Se quer os nomes desses tais, confesso que não conseguirei facultar pois foi uma estimativa que fiz.

Mas se insiste em números precisos? Vá aos serviços de estatísticas ou então faça a contabilidade no Consulado Geral, nas Paróquias de Macau e investigação profunda da genealogia dos macaenses, e verá que macaenses com sangue português poderão até ultrapassar os tais 20 mil.

Pois a mim, não me pagam por isso.
Saudações,