sábado, 11 de julho de 2015

Príncipe Phillip: membro honorário do BDO


A propósito do "post" anterior, deparei com um artigo do Mirror que faz um apanhado das "gaffes" do monarca durante o seu consulado - e foram muitas, bastantes, imensas e...hilariantes! Aqui está alguém que entre ficar calado e dizer um tremendo disparate, opta sempre pela segunda, e que diabo, no lugar dele eu fazia o mesmo! Não ficava nada por dizer, e assim evitava que me aparecessem borbulhas, ou até tumores, mesmo que benignos. Quem sabe se foi graças à sua "frontalidade até ao choque frontal" que o homem chegou aos 94 anos?

Filho do príncipe André da Dinamarca e da princesa Alice de Bettenberg, Phillip nasceu na Grécia em 1921 (no dia de Portugal, a 10 de Junho!), e pertence, do lado do pai, à casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg (santinho), o que faz dele primo afastado da rainha Elizabete II, por parte da rainha Vitória, mãe de Eduardo VII e bisavó da actual monarca. Foi em 1939, já a servir na Marinha, que Phillip começou a corresponder-se com a "priminha" quando esta tinha 13 anos. Vejo esta referência em todas as notas biográficas, tanto dele, como dela, sugerindo talvez alguma brejeirice pedófila, mas epá, só se escreviam, e deviam coisas "inglesas", daquelas muito chatarronas e compridas. É preciso não esquecer que eram "família", e ainda "realeza", e acrescentar que o cavalheiro tinha 18 anos - se isso é "pedofilia", vou ali e já venho. Além disso toda a gente sabe que as pitas daquela idade são caídinhas por magalas e outros tropas. São umas tolas.

Jorge VI, pai de Isabel II, deu-lhe autorização para se casarem, o que viria a acontecer em 1947, mas antes disso tornou-o Duque de Edimburgo (em inglês diz-se "edinbrá"), e depois foi o que se sabe, com as conhecidas produções conjuntas: Carlos, Ana, André e Eduardo, por esta ordem. As famosas "gaffes" de Phillip não cabem dentro de qualquer convenção em que poderia encaixar uma pessoa da sua idade - são do mesmo calibre hoje, com 94 anos, do que eram há 20, 30 ou 50 anos. Nada mudou, e ainda bem! Algumas são delirantes, a maioria delas inoportunas, e quase todas hilariantes! Diz o que quer, vê-se que não faz por mal, não pede desculpa e ninguém o chateia! É o príncipe perfeito, e desconfio que Isabel II tem aquele ar carrancudo e expressão cerrada não porque não ria, mas porque gasta a "pilha" toda com este "prato" de marido. Vou cometer a ousadia de transcrever aqui algumas das (mais de 90!) "gaffes" publicadas pelo "Mirror", com a devida vénia:


- Em 2002, após um espectáculo organizado por aborígenes em Queensland, Austrália (em cima), pergunta ao líder tribal William Brin: "Vocês ainda atiram lanças uns aos outros?"

- Em 1987, dirigindo-se a uma solicitadora (legista, entenda-se) inglesa: "Pensava que neste país era contra a lei uma mulher "solicitar".

- Em 1967: "Adoraria visitar a Rússia, mesmo sabendo que esses canalhas assassinaram metade da minha família"

- Em 1965, durante uma mostra de pintura de artistas da Etiópia: "Isto parece aquilo que a minha filha traz para casa, das aulas de Desenho".

- Em 1998, durante a recepção a estudantes oriundos do Brunei: "Interessante, mas não sei se estes serão capazes de se integrar em sítios como Sheffield, ou Glasgow".

- Em 2000, num Museu de Ciência, após ver dois robôs a chocarem um no outro: "Eles não estão a acasalar, pois não?".


- Durante uma visita à Nigéria, o presidente recebe-o vestido com um traje típico local (em cima), e Phillip exclama: "Você assim vestido parece que vai para a cama!"

- A uma estudante inglesa na China, em 1986: "Se ficares por aqui muito tempo, ficas com os olhos em bico!"

- Após esta mesma visita, quando lhe perguntaram o que pensou de Pequim: "Pavoroso!"

- Em 1998, falando sobre alarmes anti-fogo, com uma mulher que perdeu dois filhos num incêndio: "Eu acho-os horríveis; tenho um lá na casa-de-banho do palácio, e às vezes quando estou a tomar duche o vapor da água faz aquilo disparar".

- Já este ano, em Fevereiro, durante uma visita à ala de cardiologia do hospital de Luton, dirigindo-se à enfermeira filipina que lhe mostrava as instalações: "O vosso país deve andar meio vazio; os filipinos vieram todos para cá tomar conta do sistema nacional de saúde".

E quem foi que disse que "quem não tem nada de bom para dizer, não diga nada"? O príncipe Phillip é à antítese dessa ideia, e por tudo isso decidi nomeá-lo simbolicamente membro honorário do Bairro do Oriente. Eu sei que é sonhar alto, mas adorava que ele aceitasse e fizesse um dos seus arrebatadores comentários a esse respeito. Ah! Aí é que eu nunca mais me calava!

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