domingo, 27 de junho de 2010

Os blogues dos outros


Um miúdo de 5 anos, filho de um português e de uma francesa, foi impedido de entrar no jardim-escola que frequenta, em França, por vestir uma camisola da selecção nacional, que custara 5 euros e na qual estava inscrito o nome ‘Portugal’.
A directora da escola terá dito que a sua absurda decisão visava "evitar conflitos entre alunos e entre pais de alunos que não teriam meios para comprar camisolas idênticas aos filhos". O argumento é tão pífio e cínico que dispensa qualquer comentário. E assim vamos, nesta Europa onde algumas cúpulas sonham com o federalismo, ao ponto de há pouco admitirem uma Constituição comum, mas onde uma criança não pode sequer ir para a escola ostentando na camisola o nome de um dos países europeus…


Rui Crull Tabosa, Corta-Fitas

"Não se vai celebrar qualquer matrimónio no recinto, mas haverá um concurso chamado Noivas do Arraial. Quem fizer o pedido de casamento mais original recebe duas viagens de oito dias em lua-de-mel à Grécia (Mikonos para eles, Lesbos para elas), copo-de-água para vinte pessoas e despesas com a conservatória." Estas são declarações de Paulo Côrte Real, presidente da ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero), que organizou ontem mais um Arraial Pride em parceria com a Câmara de Lisboa, desta vez no Terreiro do Paço. Este ano com uma especial comemoração: a legalização do casamento homossexual. No evento não faltou sequer um "arraialito" - um espaço dedicado às crianças - numa clara alusão ao direito à adopção para os novos casais. "O arraialito existe porque queremos celebrar as famílias que já somos, as crianças que já existem em que só uma figura parental é reconhecida pelo Estado". Fico sempre arrepiada com estas manifestações espalhafatosas, sobretudo porque dizem ter a intenção de dignificar a causa dos homossexuais. Continuo a não entender, sequer, a razão de ser de um sentimento de "orgulho gay" (da mesma forma que não veria qualquer razão para a defesa de um "orgulho straight", para usar uma expressão equivalente). A afirmação de pertença orgulhosa a um determinado grupo identificado pela sua orientação sexual tem exactamente o efeito contrário ao que se pretende: acentua a clivagem e define barricadas, em vez de fazer com que as diferenças se diluam. E fazê-lo com recurso a um folclore de gosto mais do que duvidoso só piora as coisas. Acho particularmente criminoso meter crianças ao barulho, obrigando-as a uma exposição mediática brutal que não pediram, não lhes dá segurança nem lhes faz qualquer bem. Tenho a certeza de que a maioria dos homossexuais não aprova este circo exibicionista, como se torna evidente pelo reduzido número de participantes nestes eventos. Como querem ser respeitados e levados a sério, com atitudes deste calibre?

Ana Vidal, Delito de Opinião

Depois de ter surpreendido Portugal e o mundo com a sua capacidade de adivinhação Cavaco Silva, o pré-candidato que ainda não sabe se vai ser ou ter saúde para ser candidato a Presidente da República, está a preparar-se para mais um golpe de magia. Desta vez não vai prever nenhuma crise financeira, que o país irá chegar a uma situação insustentável ou mesmo a taxa de juro do BCE, está a preparar um golpe de magia em grande. Mas Cavaco sabe que nestas coisas da magia é ainda um amador, é isso que explica que tenha perdido dinheiro nas suas aplicações financeiras, ou que tenha metido as poupanças, dele e da filha, nas mãos de Oliveira e Costa ou ainda que tenha descconfiado de escutas e acabado por comprar um anti-vírus para o seu Magalhães. Dizem os seus assessores eleitorais que Cavaco se prepara para parar o país no momento da apresentação da sua candidatura a mais um mandato de uma presidência monótona, incompetentes e conspirativa, nesse dia ele vai adivinhar os números dos Euromilhões que serão sorteados na sexta-feira seguinte. É por isso que a apresentação da candidatura será agendada para uma sexta-feira dia 13.

Jumento, O Jumento

Já é tempo de acabar com a hipocrisia política institucional. José Sócrates desanca fortemente em Cavaco Silva. Um primeiro-ministro que arrasa um Presidente da República é, no mínimo, surrealista. Cavaco afirma que a situação é insustentável e que os seus princípios são a honestidade e o cumprimento das promessas, num claro arrufo a José Sócrates e dando a entender que o primeiro-ministro não é honesto e que não cumpre as promessas. Já é tempo de abrir o jogo e dizer que o confronto é inevitável e que há que contar espingardas. A situação entre os dois é que é insustentável e, no entanto, Cavaco ainda fala em "cooperação estratégica". Não faço ideia o que ganha o país com estes dois farsantes a degladiarem-se e a provocar uma celeuma constante que em nada contribui para o bem do povo que dirigem, salvo seja. Sabem que mais? Desconfio que o país está a precisar de um novo presidente e de um novo primeiro-ministro.

João Severino, Pau Para Toda a Obra

Não há coisa mais insuportável que aquelas pessoas que querem fazer de conta que são cultas. Sendo que por cultura entendem falar dos livros e autores que acham que devia ter lido. A grande maioria é estrondosamente inculta nas áreas das ciências e das matemáticas mas depois morre-se de vergonha por se confessar que não se leu o último romance do Lobo Antunes. Esta patetice é levada ao extremo na classe política. É um verdadeiro horror!!! E o horror atinge o insuportável naqueles momentos como a morte de Saramago ou quando lhes dá entrarem em campeonatos sobre os muitos livros que leram. É óbvio que a grande maioria não leu ou leu apenas o indispensával para fazer conversa social. Aliás se tivessem lido mesmo tudo aquilo que dizem que leram saberiam que boa parte não vale grande coisa, que outra parte são obras razoáveis mas que como tantas outras dentro de alguns anos não interessarão ninguém. Muito poucos escapam à lei da morte. E não são os jornalistas nem os políticos que determinam quem vai ser um clássico. Felizmente! Não acho que se os políticos lessem boa literatura tomassem decisões mais acertadas. Provavelmente seriam menos ridículos e soariam menos a falso. Mas só isso. Logo não me choca que um presidente ou um primeiro-ministro não tenham lido de Vergílio Ferreira ou Agustina mais do que aquilo que era obrigatório quando passaram pelo liceu. O que me choca é que não leiam tudo aquilo que devem ler da documentação referente aos cargos que ocupam e que não se empenhem para que nas escolas esses autores sejam estudados. Já agora que andam para aí todos a falar do Camões como se fossem antigos metodólogos do liceu Pedro Nunes sabem que Camões se dá na escola? E padre António Vieira?

Helena F. Matos, Blasfémias

Só vamos descobrir o que é esta Selecção no próximo jogo. Até lá, vou ficar à espera que me respondam: existe alguma forma de convencer os jogadores de que não vale a pena questionar as decisões do árbitro, antes se arriscam a prejudicar toda a equipa se o fizerem? É um dos maiores enigmas do futebol esta insistência numa atitude que só em jogos da Distrital, com vândalos de calhaus na mão junto ao pelado, resulta.

Val, Aspirina B

Era tão pedófilo que deitava fora o frango e comia os miúdos.

João Moreira de Sá, Arcebispo de Cantuária

7 comentários:

Anónimo disse...

Oh João Severino, mas quando? Quando é que te calas?

João Çeverino disse...

Obrigado, Leocardo, pela referência.

Anónimo disse...

nunca fui intimo de j. severino mas sempre lhe reconheci virtudes. E agora mais valor dou ao trabalho que realizou aqui depois de ver que os abutres ainda se picam só com uma simples referencia que o autor do blog faz ao jornalista.

Leocardo disse...

Não ligue. Que patetice...

Anónimo disse...

Talvez se estivesse a referir ao primeiro anónimo quando falou em abutres. Se também se referia ao segundo, que assinou João Çeverino e que sou eu, cabe aqui uma explicação: nada me move contra o sr. João Severino. A única coisa que acho ridículo é ele só vir aqui deixar sempre o mesmo comentário de agradecimento ao facto de o Leocardo o citar. Não tem mal nenhum, mas acho ridículo, pronto!

Leocardo disse...

Tudo bem,anónimo, tem todo o direito em ser sarcástico. De facto referia-me ao primeiro anónimo. Porque é que o Severino havia de se calar?

Cumprimentos.

Anónimo disse...

O Leocardo agora denunciou-se. Então um anónimo é que falou de abutres, e agora o Leocardo é que vem dizer que (o próprio Leocardo) se referia ao primeiro anónimo?