quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

SIDA aumenta em Hong Kong


Os números de infecções por HIV/SIDA em Hong Kong tem disparado nos últimos anos, e aumentou em cerca de 50% em relação a 2000, com um total de 414 novos casos verificados só no ano passado. O consultor do departamento de saúde da RAEHK, Wong Ka Hing aribuíu este aumento ao ressurgimento de "práticas sexuais inseguras" por homossexuais e bissexuais. "A circulação do vírus entre a comunidade 'gay' é muito maior que nas outras", disse Wong.

Foi ontem, durante a divulgação do relatório do "Centre for Health Protection" que Wong afirmou que os novos casos de HIV foram muito provavelmente transmitidos entre residentes de Hong Kong, com 197 dos casos detectados entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2007. Segundo um estudo do mesmo centro, infecções pela via homo e bissexual foram predominantes desde 1984, tendo sido apenas ultrapassadas pela via heterossexual algures nos meados dos anos 90. O ressurgimento do HIV entre homossexuais e bissexuais tem-se verificado tanto em países desenvolvidos como subdesenvolvidos.

Wong acrescentou que "com a excepção dos preservativos, não temos quaisquer outras medidas eficazes para evitar a propagação do vírus", e acrescentou que quanto mais arriscados e audazes forem os comportamentos, maiores possibilidades existem de contracção da doença. A esmagadora maioria dos novos casos registados no ano passado deu-se em homens, com 342 indivíduos do sexo masculino a serem infectados, enquanto apenas 72 eram mulheres.

Os homens entre os 30 e 39 anos representam o maior grupo infectado, enquanto que nas mulheres a idade de maior risco é os 20-29. Setenta e seis dos casos de infecção por via heterossexual ocorreram em Hong Kong, enquanto 82 aconteceram fora do território. Dos 414 casos no ano passado, 63% dos infectados eram chineses, e 37% eram estrangeiros. O número de infecções através da partilha de seringas entre toxicodependentes tem aumentado significativamente. A tubercolose continua a ser a doença mais comum entre os seropositivos, com 41% dos infectados a receberem tratamento em 2007.

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