Estava esta manhã na Central Platz em Munique e aconteceu-me uma daquelas coisas que parecem saídas de uma daquelas lengalengas com uma moral do caraças, que tornam a história praticamente depleta de qualquer credibilidade a quem a escuta, "só que ao contrário". Eu explico: não há moral nenhuma e incidentes desta tez irritam-me a um ponto que mesmo deixado-me coberto de razão, preferia estar errado, pronto. Passo a relatar.
Estava eu então na referida praça com mulher e filho - que podem assim confirmar a validade deste relato - quando a certo ponto vou ficando ligeiramente para trás enquanto lia uma notícia na edição online do jornal A Marca, respeitante a um equívoco que teve como protagonista o futebolista turco Arda Turan, do Barcelona, que alegadamente terá posto um "like" num post relacionado com a conquista da última Champions League pelo Real Madrid, e estando o referido atleta ao serviço do emblema catalão, isso é "inadmissível". Estes gajos do Barcelona têm muito que se lhe diga, mas nada como o personagem que se cruzou no meu caminho, e que passarei a descrever.
Ia eu portanto uns quantos metros atrás do meu "ensemble", quando passam por mim três pretos , ou melhor dois, pois o terceiro resolveu deter-se, aparentemente para "atar os sapatos" - ou treinar para homem-estátua, sei lá, tudo o que sei é que o cosmos ou seja lá o que for determinou que o fizesse precisamente no momento em que eu ia a passar, e bem no meio da rua. Ainda a ler a previamente referida notícia e prestando apenas meia-atenção por onde pisava, passo de lado por ele e debito um "excuse me" entre dentes, completamente impreparado para o que vinha a seguir.
Foi assim que já meio a caminho da minha vidinha de justo, o referido indivíduo levanta-se e brada alto e bom som: "Excuse me, sir, what you called me?". Olhei para trás, se calhar não devia, mas ainda bem que o fiz, pois assim ganhei o dia, e foi aí que se confirmou que a referida criatura se dirigia a "moi", e de mal passou a pior: "Did you call me a nigger"? - bradou ainda mais alto do que da primeira vez. Voltei para trás e confrontei o tipo, dizendo que não lhe chamei de nada, e nada era também o que ele tinha a ganhar com aquela sórdida encenação uma vez que eu nem sequer sou alemão (nem pareço, pois não?) - e mesmo que fosse? Nada justificaria o triste espectáculo levado à cena por aquele camarada mesmo no centro de uma das mais cosmopolitas cidades da Europa, ao meio dia de uma quinta feira.
Prosseguiu dizendo "let me tell you I'm just a human being like you!". Como eu não é com toda a certeza que por vezes posso ser um bocado idiota e dizer um ou outro disparate, mas não chego a este ponto. Perante esta insistência, respondo-lhe candidamente: "Parece que tens toda a razão, e tens um monte de testemunhas abonatórias. E que tal se chamarmos a polícia, então?". E foi aí que o tipo me vira as costas e vai à vida mais os seus amiguinhos, provavelmente tentar ir capitalizar com essa palhaçada do alegado "racismo" para outra freguesia. E eu fui à minha, e no processo a minha melhor metade ainda me repreendeu! "Porque é que voltaste para dar corda ao tipo? Cheguei a temer o pior!". Ora, porque ia "fugir" se não fiz nada, e o que me garante que o tipo não vinha atrás de mim? E qual "pior", quando se topava a milhas que este é um daqueles artolas que "vive disto" - todo janota, bem vestido, tresandava a colónia, e recordo que estávamos em Munique! Ia lá ele "borrar a pintura", o betinho?
Falei mais em cima do Arda Turan, e do Barcelona, e cheguei a pensar que ali o Edson Chipenda em versão bávara daria um excelente reforço para os "blaugrana", como avançado: para se fazer aos penaltis. O problema ia ser depois o controlo anti-doping, e é por isso que a sugestão da polícia o fez guardar a viola e ir tocar o seu "blues" da "opressão racial" para outra freguesia - eu não me ia importar mesmo nada de esvaziar os bolsos em frente às autoridades, e era evidente pelos olhinhos de borrego prestes a desfalecer que o mesmo não se pode dizer do sujeito. Tudo isto só veio comprovar duas coisas; primeiro que o "racismo" não existe, como venho defendendo há anos, e segundo que por muito que haja brancos e pretos estúpidos e imbecis, uma coisa têm todos em comum: os cornos, que não mudam de cor quando estão cheios de droga.
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