Gostava de começar por agradecer a paciência que tiveram os leitores do Bairro do Oriente - todos os três deles, ah, ah - que nos últimos dias andaram mal servidos aqui na tasca, e tudo por culpa de um desagradável episódio, que não tendo ficado resolvido de todo, chegou a um ponto de situação que permite que o blogue volte ao normal. E a palavra não podia ter sido melhor escolhida, pois o que se passou nas últimas três semanas, desde a noite de Domingo, dia 19 de Julho até hoje, dia 10 de Agosto, foi uma autêntica "anormalidade". Tudo começou mais precisamente no dia 6 de Julho, uma segunda-feira de manhã, quando recebi uma nota de um leitor queixando-se de uma série de situações que vinham ocorrendo num grupo do Facebook do qual eu era também membro: "Ponto de Encontro da Malta Lusófona". Não me pareceu nada convidativa a proposta de ir até ao tal grupo, onde basicamente me limitava apenas e deixar um "link" para artigos do blogue, e inteirar-me da situação "grave" que ali ocorria. Por curiosidade abri a página do grupo e deparei com isto:
Primeiro estranhei, e quando tentei entranhar, não me passava pelo goto: que tremenda idiotice era esta, que para tecer elogios ao cônsul de Bordéus conhecido por ter salvo 10 mil judeus (entre outros) tinha que se sacrificar Eusébio. Eu não sou benfiquista, mas considero que o malogrado atleta das águias e da selecção nacional (a parte que me interessa) terá sido um dos maiores símbolos de Portugal no século XX. Surpreendeu-me a ousadia do autor da entrada, e mais ainda me surpreendeu a passividade dos restantes elementos do grupo, que serão sempre, bem, pelo menos 60%? É assim em toda a parte, talvez com excepção de algum fórum dedicado exclusivamente a adeptos de um clube em particular. E porque ninguém dizia nada? Fiquei tentado em perguntar "mas que m... é esta", mas era segunda de manhã - e ainda bem que me contive, pois assim guardei-me para faina de farta safra.
O problema para que me tinham chamado a atenção não era o "post" sobre o Pantera Negra, mas sim o seu autor, um tal Nuno Miguel Oliveira, que conhecia apenas do grupo, e terei visto na rua certamente menos que três ou quatro vezes. Pouco sei sobre o que se passa nestes grupos do Facebook, que muitos dos seus membros teimam erradamente em chamar "blog" - outra vez, são coisas diferentes, com nomes diferentes, e não teimo neste detalhe por achar os blogues melhores ou piores do que os grupos: está errado, só isso. Infelizmente parece que nesse mundo de egos inflamados e aparências acima de todo o resto que é o Facebook, pouco importa que chamem de robalo a uma sardinha, desde que a consigam vender. No caso de Nuno Miguel Oliveira temos alguém que não vende nada, obriga a comprar, e pior que tudo isso, como uns modos de mete-nojo que faz favor. E aproveito agora para dizer que me vou dirigir ao fulano por "você", que era o tratamento que lhe dava antes desta salganhada, e vou abster-me de lhe chamar os nomes que chamei durante estas semanas, não deixando de salientar que lhe assentaram que nem uma luva. Inteiramente merecidos.
Quer os leitores do blog, quer as pessoas que tenho no Facebook perceberam desde cedo que existia uma animosidade entre "o Leocardo" e aquele personagem, que nunca pensei ser tão "complexo". Chegou mesmo a haver quem falasse de "o que passa entre estes dois", o que deu ar grave à coisa. A verdade é que comigo nunca se passou absolutamente nada, e toda a agitação partiu do Nuno Miguel, que foi avisado desde início que não se devia meter comigo. Não porque eu seja má pessoa, entenda-se, ou algum "mauzão" que, como já me disseram uma vez, "só pára quando vê sangue". Gostava eu que fosse mesmo assim, pois fazia o sangue aparecer logo à primeira dentada, e a seguir ia à minha vida, que já me falta paciência para estas coisas. Se há algo em que eu insisto, e penso que será mais por feitio do que por defeito, é que as pessoas me expliquem o que as leva a pensar que me podem usar para algum fim obscuro, ou abusarem de mim, crendo que me vou deixar ficar. Não vou, e não largo, mas só entro na luta se for com o escudo da razão, mesmo que seja aquela utópica, do "tens razão mas é assim, o que é que queres?". Sou tão generoso que sou capaz de dar o braço a torcer quando a querela é 50/50, ou até se estiver em ligeira vantagem, dependendo da pessoa. Aqui foi o próprio antagonista que se atirou às feras besuntado de molho de BBQ, e depois ainda vai dizer que o empurrei.
As razões que me levaram a pedir do sr. Nuno Miguel as devidas satisfações foram inicialmente expostas neste artigo, e se lerem esta, esta, esta, esta e esta transcrição da discussão no grupo, por essa ordem vão perceber logo o que aconteceu, e ainda vão ver como não é preciso eu ter razão, pois é o meu interlocutor que perde logo a razão toda, pois sabe que nunca a teve, nem poderia ter. Há quem ainda diga que durante esta semana em que me dediquei a expor os delírios de Nuno Miguel, abstive-me de "mostrar as coisas que escrevi". Bom, estão ali todas no artigo, é só V. Exas. conferirem, e depois disso o que se sabe: dirigi-lhe epítetos que se encaixavam na perfeição, e mandei-lhe umas bocas "sugestivas", dando a entender que ele próprio é uma pessoa sem moral para emanar tanto moral - andava a dar mais do que tinha, sejamos sinceros. Avisei-o, ele decidiu confrontar-me, e depois de lhe fazer o que não queria fazer, hoje parece que o "inimigo" entregou as armas. É o que parece querer dizer com esta missiva publicada no seu grupo no final desta tarde de Domingo, dia 10:
Quem me conhece pessoalmente esta ciente da minha personalidade e que resido e trabalho em Macau ha 17 anos. Todos sabem o quanto gosto desta terra e não preciso de explicar em publico os motivos que me levaram a vir viver ou trabalhar para Macau ou as razoes que me fizeram ficar até agora.
Posso as vezes ser mal interpretado em alguns comentários que escrevo ou pelas emotivas e explosivas narrativas que coloco no Facebook mas a minha intenção nunca foi magoar ninguém, ferir sensibilidades, estar contra determinada pessoa, cultura ou Pais.
Sempre fui amigo do meu amigo e nunca invejei ou ofendi alguém porque vivo na função de ser feliz é viver em harmonia. Sempre me encaixei bem na comunidade Macaense, Chinesa ou em outras culturas.
Em 17 anos conheci e construi muitas amizades como também sei que ha quem nao goste de mim ou me olhe como inimigo. Mas felizmente tenho muitos verdadeiros e bons amigos que sempre me fizeram sentir em casa e alguns olho para eles como fossem família.
Assim quero esclarecer que em nada tenho contra Macau, China ou contra a comunidade Macaense em específico e tento conviver com todos em harmonia porque sinto me bem aqui em Macau.
Apos tomar conhecimento que tem sido posto em causa o meu bom nome em relação há minha amizade pela comunidade Macaense abro a porta para quem tenha duvidas, precise de esclarecimentos ou explicações de determinado comentário que me contactem ou por via messenger no Facebook ou por via sms porque todos os meus amigos tem o meu contacto: telefónico ou e-mail.
Assim, este sera o meu ultimo post sobre este assunto e viro uma nova página!!
Interessante, que este que diz ser o seu último "post" sobre este assunto seja também o primeiro, e eventualmente o único, e muito ao estilo de quem foge com o cu à seringa, diz que "vira uma nova página". Muito romântico, e só é pena que isto seja o melhor que pode fazer: fingir-se de vítima. É impossível por em causa algo que não se tem, no seu caso o bom nome, e sinceramente os seus amigos conhecem-no mal, ou são pouco exigentes na escolha dos amigos. Ou ainda, caso ainda esteja para saber como consegui obter tudo o que quis do grupo de onde você ou o seu padrinho da conquilhas algarvias me baniu - tanto faz, é igual ao litro de Aveleda geladinha - deixe-me dizer-lhe que talvez alguns dos que você chama de "amigos" são pessoas que realmente lhe querem bem, e gostariam de o ver ter um pouco de juízo, e enveredar pela via do bom senso, em vez do habitual abismo para onde o meu caro tem a mania de ir a correr sem olhar para mais nada. Mesmo assim os seus amigos não precisam de lhe perguntar nada, ou de "esclarecimentos", nem de "explicações". Para quem você devia abrir a porta e pedir desculpa era aos "não-amigos", ou os "ex-amigos" que maltratou, que molestou, que enxovalhou, e a quem causou um mal-estar com os seus comportamentos de valdevinos a roçar a bizarrice. E não me refiro à minha pessoa, pois não o conheço de lado nenhum, nem esperava de si nada de interessante. Fica-me a dever uma conversa séria, digamos assim. A seu tempo, pois conforme V. Exa. chegou a referir e muito bem, Macau é pequeno. Buh, uh.
Vamos à vaca fria: você não sabe escrever. Não, não é insulto, é apenas uma constatação, e nem eu próprio considero que escrevo bem, mas pelo menos faço-me entender, ao contrário do Nuno Miguel. Pode ser que saiba fazer outras coisas, e fiquei a saber que é cozinheiro (julgo eu), e se for um cozinheiro razoável já é melhor do que eu, e se não fosse pela sua megalomania era capaz de chegar longe. Agora, quando pensa que os seus 15 minutos de fama vão chegar pela ponta da pena, aí lamento, só se for pelos piores motivos. As suas frases são descoordenadas, não usa a pontuação porque suponho que não sabe usar, tal como acontece com os artigos, os tempos verbais e as concordâncias. Este seu texto que publicou hoje está mais ou menos estruturado e vai directo ao que quer dizer (apesar de serem inverdades, basicamente), e a primeira coisa que toda a gente pensou que não foi escrito por si. O corpo dos seus textos é demasiado explicativo, a lembrar uma composição de um aluno da 2ª classe, é evidente a sua falta de vocabulário, e as adjectivações múltiplas (argumentar, opinar, criticar) dão a entender que não sabe que palavra deve usar e nos está a pedir para escolher uma. Isto para não falar dos erros ortográficos, das redundâncias, dos pleonasmos acidentais, das cacofonias, que tudo somado me leva a perguntar: qual era a ideia, afinal?
Não sabendo como passar a mensagem de outra forma, empurrou-a pelos olhos dentro dos elementos do grupo que aparentemente fundou, e que convidou para virem assistir à sua exibição de Cabotino desengraçado. No processo cometeu diversos atropelos, insultou pessoas, e só não digo que foi "racista" porque não acredito nessa fantochada: você queria era chamar a atenção, e não importa como nem à custa de quem. Como se atreve a dizer que não atacou nenhuma cultura ou país se passou quase três anos a dizer horrores da China? E que ideia foi essa de menorizar os macaenses, repetindo vezes sem conta essa ladainha parva de que se não fosse pelos portugueses eles "não eram nada"? Senti-me profundamente envergonhado ao ver você a falar de "portugueses", como se eu lhe tivesse autorizado representar-me enquanto comparava o nosso povo a "estripadores, esfoladores e comedores de cães". O subterfúgio que encontrou para tapar as suas tontices foi simplesmente ridículo; que infantilidade é essa que pensa pode passar uma mentira como "opinião", e ainda condenar que "desrespeite a sua opinião" - denuncie a fraude, no fundo? Para ter opinião tem que saber pelo menos alguma coisa do que está a falar, e coisas como "muçulmanos todos fora da Europa", ou "macaenses descontentes com Portugal entreguem o passaporte" não são opiniões, mas antes ultrajes. A forma como encerrava as discussões, com birras, acusando os outros de o "insultarem" e trinta por uma linha davam a entender que se estava aqui na presença de um criança de 8 anos, mimada e obesa.
É interessante que tivesse repetido tantas vezes a palavra "difamação", que diz da boca para fora pensando que assusta alguém, ou que tem a noção daquilo que diz. Nestes dias detectei pelo menos seis situações em que você difama com a mania de que está a ser "polémico", e confunde o politicamente incorrecto com anti-social. Saiba que talvez a única razão porque não teve ainda uma surpresa desagradável foi pelo facto de muita gente não o levar o sério. Se isso lhe vai valendo, não pense que lhe dá o direito de usar figuras jurídicas, uma coisa muita séria, para resolver as suas birras - nem ninguém o patrocinaria, em todo o caso. Em vez de se retratar e admitir os seus erros escondeu-se, apagou "posts" e comentários, mudou o grupo para "secreto" para não aparecer nos "search" do Facebook, baniu pessoas apenas por suspeitarem que "espiavam" para mim. No fim obrigou-me a fazer aquela exposição a todos os títulos humilhante, que o obrigou finalmente a ceder, naquele texto que, não deixando ninguém satisfeito, vai valendo pelo menos um cessar fogo. Sinto que poderá ter ficado prejudicado com isso, mas lembre-se que a opção foi sua: se tem algum problema comigo, resolva-o, e não fuja. Eu vou atrás de si.
De maneiras que a nossa "troca de galhardetes" fica por aqui, se bem que vou ficar a pensar onde vai possivelmente colocar tantos, indo eu de mãos a abanar. É que repare, nunca me ia meter consigo se não tivesse a certeza que o meu caro ia corresponder às minhas expectativas - até se pode dizer que as excedeu. O desafio a que você se propôs fazer comigo foi um autêntico suicídio, e não porque eu seja um "iluminado", ou um "professor", ou essas coisas que você considera insulto, pois para si o mundo é dos espertos, e não das pessoas inteligentes: basta comportar-se como um adulto normal para que você se esborrate todo. Pense nisso, e se realmente pensa em "mudar de página", saiba que eu vou estar atento, para ver se não está outra vez a ser velhaco, e não me chame de "polícia" - é só uma questão de por os pontos nos is. Ainda bem que tem amigos, sabe, mas recorde-se que aqueles que agora chama de "inimigos" já foram em tempos seus amigos também. Quanto a mim, não sou nada, pois volto a repetir, não o conheço de lado nenhum. Passe bem.
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