segunda-feira, 11 de abril de 2011

O caso do clenbuterol


A polícia da província de Henan, na China central, prendeu 95 pessoas implicadas num escândalo que carne de porco contaminada no mês passado, e terá resolvido o caso. Tudo começou com a descoberta de que o Shuanghui Group, o maior produtor de carne da China, comprou porcos alimentados com clenbuterol, um aditivo conhecido utilizado para que os suínos queimem mais gordura e tenham uma carne mais magra, e mais cara. Nos seres humanos este aditivo causa arritmia cardíaca e tonturas. Na China a substância está banida desde 2002.

A fábrica que produzia o clenbuterol foi encerrada, segundo um oficial do departamento de segurança pública de Henan, que pediu o anonimato. A polícia deteve 14 suspeitos no dia 15 de Março, quando uma subsidiária da Shuanghui foi a primeira a ser descoberta. Em 29 de Março a polícia deteve outros indivíduos envolvidos no caso, produtores, vendedores e compradores da substância. Os suspeitos são das províncias de Hubei, Henan, Shaanxi e Jiangsu.

O clenbuterol encontrado em Henan foi produzido numa fábrica na aldeia de Baquan, na província de Hubei. Um dos suspeitos principais, de apelido Liu, trabalhava na fábrica e estava encarregado de uma oficina. Liu produzia clenbuterol além do seu trabalho diário. Ninguém na fábrica suspeitava da sua actividade até a polícia lá ter chegado no dia 22. Liu, de 42 anos, era lincenciado em química e trabalhou na indústria farmacêutica.

Em 2007 um homem de Jiangsu de apelido Xi, outro dos suspeitos, contactou Liu para o ajudar a produzir um "aditivo lucrativo". Liu usou a oficina da fábrica para produzir o clenbuterol depois de quatro meses de pesquisa. Este químico amador disse à polícia que "fez uma fortuna" vendendo a substância ao preço de 2000 yuan o quilo a Xi e outro comprador de Henan, de apelido Chen. Os compradores adicionavam amido de milho ao químico e vendiam-no a intermediários, que distribuíam ao destino final: os suinicultores. A polícia prendeu Chen e Xi. Outros suspeitos estão sob custódia das autoridades, incluíndo três funcionários da Shuanghui.

7 comentários:

Anónimo disse...

Pena de morte, é o que mais desejo para estes gajos. Se para estes criminosos a vida não vale nada, espero que a justiça aja em conformidade para com a vida deles.

Anónimo disse...

Pena de morte é pouco,os criminosos deviam ser obrigados a comerem a carne de porco contaminada todos dias na prisão até morrerem.Sou contra a pena de morte,mas a favor de tortura até a morte.

Leocardo disse...

Que gente tão radical...e que tal não comer porcos? Era uma alternativa saudável e os gajos iam à falência.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Comer porco ou não, é opção de cada um e ninguém tem nada a ver com isso. Quanto ao radical... sim, realmente pedir a pena de morte para gajos que matam gente só para ganhar mais algum, é radicalíssimo. Talvez se um teu filho morresse com comida contaminada propositadamente por alguém, já não achasses estas opiniões tão radicais. Mas, como dizem os brasileiros, "pimenta no cu dos outros para mim é refresco", não é?

Leocardo disse...

Primeiro não defendo a pena de morte em nenhuma circunstância.

É normal que cada um tome as opções que quiser no que comer, mas também é normal que depois haja alguém que se aproveite para fins lucrativos.

Se as pessoas quiserem a continuar a ingerir coisas porcas de origem duvidosa, arriscam-se a ficar doentes e a morrer, obviamente.

Não depreenda deste meu discurso que estou a dizer que a culpa é das pessoas que comeram a carne contaminada; os responsáveis devem ser castigados, mas com pena de morte?

Quanto aos meus filhos, não se preocupe. Tudo o que é comido aqui em casa é devidamente escrutinado, e os miúdos também estão educados nesse sentido.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

"Tudo o que é comido aqui em casa é devidamente escrutinado" (sic). Pois claro, montou um laboratório aí em casa para analisar toda a comida antes de a ingerir... Fez bem, assim é mais seguro.

"é normal que depois haja alguém que se aproveite para fins lucrativos" (sic). Obviamente... Eu diria até que é normalíssimo! Matar gente com fins lucrativos é um negócio em alta e a lei nem se devia preocupar com isso. Por uma questão de coerência, gostaria também que o sushi de que o Leocardo tanto gosta viesse directamente do mar ali próximo da central de Fukushima. Afinal, também seria normal poder-se pescar ali com fins lucrativos.

"Se as pessoas quiserem a continuar a ingerir coisas porcas de origem duvidosa, arriscam-se a ficar doentes e a morrer" (sic). Como omnívoros que somos, comeu-se porco desde que existem porcos e existem homens. Nunca ouvi nenhum cientista ou médico dizer que comer carne de porco seja "ingerir coisas porcas de origem duvidosa". Com conta, peso e medida, é um alimento que faz parte da cadeia alimentar como os legumes ou o peixe. Onde é que aprendeu a classificar assim a carne de porco? Nalguma mesquita?

Tem ainda mais asneiras para dizer, ou será que estas são suficientes?

Anónimo disse...

"pimenta no cu dos outros para mim é refresco" Os chineses também tem um provérbio parecido " Se agulha não espeta na pele não sabe o que é dor "