Estava ainda de férias quando se iniciaram os tumultos em Londres, pelo tudo o que soube foi de maneira fugaz através dos dez minutos diários de internet a que tinha acesso. Penso que tudo começou em Tottenham, onde na última quinta-feira um homem de origem jamaicana foi assassinado pela polícia, aparentemente mais uma decisão infeliz da polícia britânica, que já tinha metido a pata na poça aquando da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, em 2005.
O que parecia ser mais uma vez uma questão racial e dentro da confusão do multi-culturalismo inglês, mas não passa tudo de vandalismo típico dos britânicos. Rapidamente se esqueceu o tal Mark Duggan, nome da vítima de etnia africana, e as atenções estão viradas para crianças de 10 e 12 anos que começaram a pilhar as ruas e as lojas não só de Londres, mas agora em outras cidades britânicas, como Manchester e Birmingham.
No vídeo em cima vemos bem como as coisas estão; um jovem ferido é assistido por outros, quando um deles lhe rouba um objecto da mala e sai vitorioso com o produto do roubo. Apesar de serem visíveis no vídeo jovens de várias etnias, é bem nítido que o assaltante é branco, o que descarta por completo as teorias miserabilistas da decadência do multi-culturalismo britânico. Muitas (a maioria?) das vítimas dos saques a lojas são indianos, turcos ou outros asiáticos. Alguns conseguiram defender-se sem a ajuda da polícia. Alguns dos tumultos foram convocados pelas redes sociais, como o FB ou o Twitter. Isto prova que os rufias não são nenhuns pobrezinhos parvinhos.
O primeiro-ministro britânico David Cameron - nitidamente um incompetente enfatiado e burocrata - precisou de interromper as férias em Itália (
bello!) para tentar resolver a contenda, e já colocou milhares de polícias nas ruas - tarde e a más horas, diga-se de passagem. Alguns ficaram lixados, pois precisaram de interromper as férias e regressar aos bastões nas ruas frias e desagradáveis do verão inglês. O
mayor londrino Boris Johnson pegou na vassoura e foi com um grupo de cidadãos limpar as ruas da sua cidade, mas na verdade falou mais que limpou.
Os ingleses surpreendem-nos com coisas assim de vez em quando. Não sei se estão recordados da segunda metade dos anos 80, em que o evento do hoologanismo e o recrudescimento da extrema-direita na Inglaterra aterrorizava o resto da Europa, pensando-se já na altura no "fim de uma era de paz", o que felizmente se veio provar errado. O que aconteceu neste caso que já é descrito pela imprensa estrangeira por "2011 England Riots" foi apenas um clique. Centenas de jovens insensatos e mal-educados aproveitaram uma pequena fenda no sistema para se armarem de parvos e fazer, como consequência directa disso, "parvoíces". Eu culpo os jogos de vídeo antes de outra coisa qualquer. Espera-se o regresso ao velho pau-de-marmeleiro, uns açoites bem dados, e já agora punição adequada para os criminosos e os seus instigadores. E depois o regresso à normalidade, claro.
7 comentários:
Se fosse a lei marcial já estaria o assunto resolvido. Até a comunista China sabe lidar eficazmente com os manifestantes (vide Tiananmen). Também na década de 80 um agente da polícia de Tottenham foi chacinado cruelmente a golpes de catana por um grupo de pretos que espalhava o terror na zona - de extrema-direita não era certamente.
Pura criminalidade. Como é possível a polícia ter sido tão mansa com estes bandidos?
O tal mark duggan era só um traficante de droga que disparou uns tiros na direcção da polícia. Para confraternizar, claro. Tirando esses pequenos detalhes era um santo. Paz à sua alma
Sim, o Mark Duggan é completamente irrelevante para o que passou depois. Foi o que eu disse. Your point?
Cumprimentos.
Completamente irrelevante para si, não para os membros do gangue que começaram com os ataques no fim-de-semana. Understand?
Nah. Duvido que a maioria dos delinquentes que tomaram de assalto as cidades inglesas saibam sequer quem é o Mark Duggan. Para eles é só badalhoquice e roubalheira, não é nenhum statement. Cheers.
fizeram um fundo para ele no paypal que já vai em +de 20k pounds....
ora toma, hein?
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