quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O roubo e o leilão


O actor Jackie Chan apelidou de "uma autêntica vergonha" o leilão de algumas peças de bronze roubadas pela famoa leiloeira britânica Christie's. "As peças de bronze da Dinastia Qing roubadas há 150 anos são tesouros nacionais, e devem ser devolvidas", afirmou Chen. O actor acusou ainda o Ocidente de saque de outras relíquias culturais de países como a China, o Egipto e o Cambodja, assgurando que o fizeram com o intuito de preservá-las. A estrela dos filmes de kung-fu diz mesmo estar a fazer um filme sobre o roubo das relíquias, onde consegue recuperá-las e devolvê-las à sua origem. Jackie Chan disse que ele próprio compraria as peças e as devolveria à China, não fossem tão caras. As duas estátuas de bronze - uma cabeça de um rato e outra de um coelho - foram roubadas do Palácio de Verão, em Pequim, e foram compradas por 15.7 milhões de euros (160 milhões de patacas). Pequim também já condenou o leilão das peças de arte.

11 comentários:

Anónimo disse...

O Mugabe também diz o mesmo que a China acerca das terras "roubadas" pelos brancos e agora "devolvidas" aos negros.
Com os resultados que se sabem.

Quem já foi a Taiwan e ao Museu Nacional de certeza que ficou maravilhado com o que ali viu e decerto também imaginou o que seria de todas aquelas obras de arte se tivessem permanecido na China durante a Revolução Cultural.

O mesmo se pode imaginar o que seria destas peças de bronze se tivessem permanecido na China nesses tempos revolucionario-gloriosos.
Provavelmente teriam sido derretidas para fazer "aço" durante o Grande Salto em Frente.

A não ser que tivessem sido salvas pelo Zhou Enlai.
Mas ele não tinha mãos para tudo...

Os chineses que não se preocupem porque estas peças, tal como as que estão em Taiwan, estão muito bem preservadas.

Leocardo disse...

Permita-me discordar desse ponto de vista. Não me parece que outros tesouros milenares da China tenham sido destruídos pela Rev. Cultural ou pelo Grande passo em frente, ou pelo menos nenhuns de relevância. Estams a falar da China, não dos talibã. Mas já agora, importa-se que eu vá à sua casa e lhe roube tudo? Prometo que as preservo bem. Tudo bem, compreendo que não queira que faça isso. Mas eu reconheço o seu direito de fazer o que quiser com elas, seja derretê-las para fazer "aço", destruí-las ou deitá-las fora. Afinal são as suas posses.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Os franceses também nos roubaram muita coisa durante as invasões napoleónicas.
E existem milhentas de obras de arte egípcias e de outras civilizações em museus ocidentais.
E eu não vejo nenhum escarcéu destes paises em relação a isso.

E os chineses não destruiram nada de significativo durante a Revolução Cultural?
Essa só mesmo para rir.
já ouviu falar de um sitio chamado Chengde, perto de Pequim, que nos tempos da dinastia Qing era conhecido como Jehol e que servia de palácio de verão aos imperadores dessa dinastia?
Pois bem, foi totalmente pilhado e destruido durante a Revolução Cultural.
Tudo aquilo que você vê lá foi reconstruido.
O mesmo se pode dizer de quase todos os mosteiros budistas no Tibete.
Todos reconstruidos de novo depois da destruição causada pela repressão da revolta tibetana e da Revolução Cultural.
E de um mercado em Tianjin, especialista durante muitos anos em venda de artigos pilhados durante a Revolução Cultural.
Já lá foi?
Tudo isto é reconhecido pelos próprios chineses, mas não pelo Léo, o tuga supersínico.

E já agora nós tambem deviamos exigir que os espanhois nos devolvessem Olivença, que nos foi roubada no mesmo século da destruição e pilhagem do Palácio de Verão em Pequim.

"Estamos a falar da China, não dos taliban". Para o Léo a história da China, especialmente da RPC só começa a partir de 78 com as reformas do Deng Xiaoping, quando as coisas começaram a entrar mais ou menos nos eixos.
Para trás não existe nada.
Ou só existe antes de 49.

Não há duvida que em Macau existe não só gente mais papista que o papa mas tambem tugas mais maoistas do que o militante mais "linha dura" do pc chinês.

E os estrangeiros não tinham nada que falar quando os talibans destruiram os budas gigantes.
Utilizando um argumento que deve ser muito do agrado do Léo isso era um assunto interno do Afeganistão taliban.

Património da Humanidade? World Heritage?
o que é isso?
Os governos dos países podem partir e escavacar isso tudo, estão no seu direito, e o mundo deve assitir impávido e sereno.

E mai' nada.

Anónimo disse...

E falando sobre este caso em particular, estas peças foram roubadas ha mais de 150 anos e já passaram por varios donos.
Não penso que os donos actuais devam ser penalizados pela forma como estas peças ficaram na posse dos donos anteriores.

Existem outras formas para a China adquirir estas peças.
Este tipo de discurso de desenterrar fantasmas do passado pode servir para consumo interno, mas mais nada.

Leocardo disse...

Se este anónimo é o mesmo do primeiro comentário, deixe-me dar-lhe os parabéns pela forma como defende a tese de que se os estrangeiros não tivessem roubado as cabeças de bronze, os chineses tinham-nas derretido para fazer aço. Parabéns.

Claro que se cometeram excessos durante a revolução cultural, todos sabemos. Congratulo-me que esses exemplos que deu dde património destruídos sejam os únicos. Se em 5000 anos de civilização (não desde 1978, com as reformas do Deng, que de acordo com o anónimo é a data em que o Leocardo acha que a China começou) tudo o que os chineses fizeram como contributo à arte e à escultura foram um palácio, uns mosteiros e um mercado. Impressionante. E ainda bem que os reconstruíram, ao contrário dos talibãs que só estavam contentes com qualquer coisa a rebentar.

E depois nem a China nem o Jackie Chan ameaçaram ninguém. Simplesmente censurararam. Se os egípcios, portugueses ou outros que foram expoliados do seu património tiveram uma atitude passiva, problema deles.

Posso ser o tal supersínico, mas quem rosna cada vez que a China diz qualquer coisa (mais uma vez censurou, não ameaçou) é supercínico. É a natureza tuga de só querer falar mal.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Bom, se quer que eu dê mais exemplos de destruição causada pela Revolução Cultural, então este espaço não chega.
Ou precisa que eu diga tudo aquilo que foi destruido, tintim por tintim, para se convencer?
Eu apenas dei alguns exemplos.
Consulte documentos oficiais e tudo aquilo que o proprio governo chinês diz acerca de toda a destruição causada pela revolução cultural e terá uma ideia geral.
E repare que eu só estou a falar daquilo que o proprio governo diz.

E a China não ameaçou, de facto.
E o que é que podia ameaçar?
Invadir a França e tirar as peças?

Não ameaçou mas utilizou a mesma linguagem de sempre.
O que vale e que os francese não ligam, e fazem eles muito bem.
E eu até nem gosto muito dos franceses e de muitas das suas atitudes.

E para finalizar, é preferível dizer mal, de vez em quando, do que estar sempre a lamber.

Tenha cuidado que qualquer dia fica sem lingua e só vai conseguir comunicar teclando.

Leocardo disse...

:)

Anónimo disse...

É tudo muito estranho: há no mínimo uma situação análoga à da usucapião. Ainda assim, o melhor teria sido a RPC ter pura e simplesmente licitado, e assim acabar por reaver as peças...

Anónimo disse...

Boa publicidade para o proximo filme do Jackie Chan. Se esse sentido patriotico continuar e conseguir levar a audiência patriótica às salas, o Jackie terá masi que dinheiro para reaver essas e muitas outras reliquias...

Anónimo disse...

O Jackie Chan é um grande patriota. Por isso é que exigia às jovens actrizes que escolhia para os seus filmes que fossem ao "castigo". Era para ver se eram "boas" chinesas.

Anónimo disse...

O Jackie Chan é um palhaço no fim da sua carreira a procura duma reforma dourada como membro de honra do PCC.