Rafael Pinto Borges, este rapaz aqui na imagem, com um ar de quem vai fazer de rabejador numa pega de touros. Ora bem, neste projecto da Nova Portugalidade estão pessoas de "diversos partidos à direita e à esquerda" - mas aposto que são mais do CDS - e algumas delas que conheço, e de que tenho a maior reverência. Gente de bem, e tal como muitos dos seus camaradas, com dois apelidos que orgulhosamente ostentam. Este tal Rafael, que respeito como pessoa, tem uma retórica que tresanda a hóstia, e diz-se "admirador de Salazar, mas não salazarista". Eu também acho que Hitler era um tipo cinco estrelas, mas ai de mim ser nazi, que horror. Problema meu se eu não gostar, e pelos vistos há quem goste, mas há muito mais quem não goste. Não estou a dizer que há mais pessoas que pensam como eu, mas sim que pensam contra o meu caro Rafael. Como paladino da democracia que se apresenta, certamente que reconhece que não estar interessado na sua ideia, e considerá-la em alguns pontos pavorosa, não faz de mim um "estalinista", pois não? É que cheguei a pensar que sim. Por falar em rótulos...
O Rafael Pinto demarcou-se do PNR, considerado-os um partido "racista e xenófobo", mas o PNR não se demarca de ninguém, especialmente se for chinfrim daquele que dá para aparecer. Note-se como é inato para a extrema-direita acusar de "insulto" quem os chama de "fascistas", e acaba a chamar ao próprio Rafael "um direitinha alinhado com o sistema". Repito: é inato. E o problema é exactamente este, caro Rafa. A noção deles de "Portugalidade" é para si uma coisa execrável, e o que impede de achar que vocês os dois estão bem um para o outro? E isso faz de mim um "estalinista", é? Por não querer comprar nenhuma dessa banha da cobra? E por falar em populismos e outras aldrabices:
O que é que vocês fizeram à Maria Vieira, ah? Onde é que a têm cativa? Querem lá ver eu...
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