Macau foi na noite e madrugada de ontem assolada pelo tufão "Vicente" - um nome bem simpático para uma tempestade tropical - o pior dos últimos 13 anos, o mais violento desde a criação da RAEM. As imagens documentam bem o rasto de destruição (e prejuízo) que o Vicente deixou, com a queda de árvores, tapumes e placars publicitários, bem como inundações nas zonas baixas da cidade. O sinal nº 8 foi içado às 19 horas de ontem, passando para um raro nº 9 às duas da manhã, tendo baixado novamente para nº 3 às 9:30 da manhã, o que vale por dizer que os funcionários da administração ficaram mais umas horinhas na cama, e apresentaram-se ao serviço às 14:30.
O balanço é de 16 feridos e prejuízos incalculáveis. Foram cancelados dois vôos do aeroporto internacional de Macau, os passageiros dos terminais de jetfoil ficaram a dormir nos bancos, e os taxistas voltaram a aproveitar para fazer "negócio", extorquindo os passageiros que precisavm urgentemente de se deslocar da Taipa para Macau, ou vice-versa. Isto já é tão normal em Macau como respirar, e o Governo está-se a cagar (olha, rimou).
Pela manhã as "vítimas" recolhiam os cacos, o lixo estava todo espalhado pelas ruas (não houve a habitual recolha nocturna), e os habitante do Flower ity, na Taipa, não ganharam para o susto; uma grua (!) existente perto do local inclinou-se 45º, o que levou as Forças de Segurança a evacuar 60 residentes daquele complexo habitacional. Todos os sinais de tempestade tropical foram baixados, mas espera-se que a chuva continue até ao fim-de-semana. Em Hong Kong - onde chegou a estar içado o sinal nº 10 - a situação foi ainda mais grave: 100 feridos, 200 vôos cancelados e a Bolsa de Valores esteve encerrada toda a manhã. O Vicente passou pela região e deixou as suas marcas.
1 comentário:
Bateu forte.
Felizmente, na zona onde vivo (Estrada de Lou Lim Ieok) quase nem se sentiu.
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