terça-feira, 17 de junho de 2008

Vieira de Castro na lista negra


Pequim, 16 Jun (Lusa) - As bolachas portuguesas da empresa Vieira de Castro estão na " lista negra" da Autoridade Chinesa de Supervisão da Qualidade, Inspecção e Quarentena (ACSQIQ), onde constam 427 produtos estrangeiros, para garantir a segurança alimentar durante os Jogos Olímpicos (JO).

As bolachas Príncipe, produzidas pela Vieira de Castro - Produtos Alimentares SA., aparecem na listagem da ACSQIQ entre os produtos que não cumprem os critérios de qualidade necessários para serem exportados para a China. A agência governamental chinesa detectou na sua última inspecção a presença de coliformes nas bolachas Príncipe.

"A presença na lista não significa que os produtos estão proibidos de entrar na China. Trata-se apenas de um aviso que mostra que, na última inspecção realizada, o produto não cumpria todas as normas de qualidade necessárias", explicou à agência Lusa em Pequim um funcionário da ACSQIQ que não se identificou.

O documento com o nome e país de proveniência dos produtos que, segundo a ACSQIQ, não cumprem os parâmetros chineses de qualidade, é publicado de três em três meses na página de internet do órgão supervisor com o título: "Informação de alimentos e cosméticos não qualificados".

A China comprometeu-se a implementar medidas mais rigorosas no que diz respeito ao mercado dos bens alimentares para garantir a segurança dos produtos sobretudo durante os JO que decorrem entre 08 e 24 de Agosto em Pequim.

Contactada pela agência Lusa, a Vieira de Castro não comentou a inclusão na lista das autoridades chinesas, que inclui também o óleo de soja brasileiro e o camarão gelado de Moçambique.

A empresa portuguesa iniciou em 2001 as primeiras exportações para o mercado chinês, apostando, disse , na "forte aceitação dos produtos Vieira de Castro em mercados asiáticos com elevados padrões de qualidade e segurança alimentar".

Segundo a ACSQIQ, o fabricante e o importador para a China têm agora de chegar a acordo para definir como melhorar o produto, para que este possa cumprir os critérios de qualidade na próxima inspecção e ser eliminado da lista.

O funcionário da ACSQIQ afirmou à Lusa que o facto de estar na lista "não vai influenciar a actividade da empresa na China nem o seu potencial de negócio".

A secção comercial da embaixada de Portugal em Pequim não recebeu qualquer notificação da ACSQIQ, disse fonte da embaixada à Lusa.

O órgão supervisor chinês referiu que os produtos não serão retirados do mercado, mas 1,8 toneladas de salmão congelado transportado da Noruega pela Metro Jinjiang Cash e Carry foram destruídas esta semana, informou a agência noticiosa chinesa Nova China.

Segundo a mesma fonte, o salmão continha a bactéria vibrio parahemolyticus, que pode provocar vómitos, dores de estômago, desidratação e diminuição da pressão sanguínea.

O porta-voz da empresa norueguesa na China afirmou que vão investigar a causa da contaminação, referiu a Nova China.

3 comentários:

Anónimo disse...

Será que em Portugal a zelosa ASAE ainda não deu pelos coliformes?

Anónimo disse...

Será que a zelosa ASAE encontrou coliformes em algu produto chinês?
Para os poucos ue não entenderam:
Os coliformes fazem parte da fauna intestinal, ou seja, vivem na merda...

Anónimo disse...

tem piada estes chineses,427 produtos estrangeiros proibidos de entrar na china?e quantos produtos chineses de pessima qualidade estão no mercado?Mais de 1000 certamente