Este merece um desconto, pois como se sabe, ficou traumatizado com o falecimento do cão, tragédia macaca que nunca conseguiu ultrapassar. Mas não deixa de ser curioso observar esse fogo de artifício que é a caixa dos fusíveis do homenzinho a estoirar. Ele é "França islâmica", "guerra civil", "afiar facas", fazer listas de nomes de pessoas que quer eliminar, à boa maneira estalinista, e claro, desejar que aconteçam mais atentados terroristas. Só assim é que o homem tem razão, e depois diz "toma, toma", então? É típico, tal como isto:
Ena, o que para aqui vai, "abuso de poder". Pois é pá, em rigor o prof. Marcelo Rebelo de Sousa não tinha uma procuração deste indivíduo para transmitir os parabéns ao recém-eleito presidente francês, pelo que proponho duas alternativas: 1) O amigo pode fazer uma declaração de que não dá os parabéns ao presidente-eleito Macron, para que depois o prof. Marcelo a leia (espere por ele sentado, já agora), e 2) Queixar-se aos tribunais do tal crime de abuso de poder. Não se esqueça é do nariz redondo vermelho, senão ainda o levam a sério. E agora, "same same but different":
Este comentário é completamente delirante, mas vindo de quem veio, não me surpreende nada, nadinha mesmo. Portanto, quem é francês de origem (ver a etiqueta) e votou no Macron "ou noutro partido do sistema é "tecnicamente responsável por toda e qualquer vítima francesa do terrorismo islâmico". Como isso ainda era pouco, mais à frente o pitoresco pê-ene-érrico aumenta a parada para "parte da culpa pelas vítimas do terrorismo islâmico em solo europeu que vitime europeus". A este ponto gostaria de garantir que este tipo está a falar a sério. Ali pelo meio entra uma analogia esquisita, com uma comparação entre votar em Le Pen e a prevenção rodoviária, onde votar em Macron é equiparado a "beber umas mines" e depois conduzir. "A eleição de Le Pen não acabaria com o terrorismo de repente"??? Ah não, isso é que não pode ser. Pela lógica do menino, caso fosse eleita e depois acontecesse um incidente, por mais insignificante que fosse (ex: um islâmico chama "pêga" a uma francesa loira com cueca de gola alta quando esta estiver a passa pela Torre Eiffel), a sra. Le Pen teria que ser julgada por crimes contra a humanidade. Afinal a sua plataforma assenta exactamente nesse pressuposto, que depois leva tipos deste calibre a tentar convencer toda a gente que o Islão está-lhe a tocar à campainha, e com uma bomba atrás das costas. E como cereja no topo deste intragável bolo...
...Fernando Duarte Rocha, aliás Nandinho, aliás O Bofe, aquele indivíduo desempregado que passa a vida a mandar postas de pescada sobre quem é mau e quem é péssimo em nome da mulher, a actriz Maria Vieira. Ou não, o que me levaria a questionar porque é que alguém como a Maria Vieira vem defender ideias recorrentes da eugenia nazi, quando seria com toda a certeza usada como acendalha nos formos crematórios. Com a islamófobia sempre como cabeça de cartaz, reparem ali em baixo no fino recorte da conclusão àquela oração satânica: "Que Deus proteja todos os cidadãos europeus, descendentes de nativos europeus". Hail Nando! E se dúvidas restassem...
Ó Nando, então? "Cada um tem aquilo que merece...parrachitas!". Assim não enganas um ceguinho e surdinho, ó mosca-vide. Eu também sou partidário dessa máxima de que cada um tem aquilo que merece - o que é que tu achas que mereces, ó Nandinho?
Os meus amigos apoiantes de Le Pen por motivos "diversos" que me desculpem, mas isto é o que é, e mais nada. Pode ser que as motivações fossem outras, recuperação da soberania e identidade, votar anti-sistema, aquilo que vos apetecer, mas o pacote completo inclui ISTO, quer queiram, quer não. Eu diria que contém basicamente isto e pouco mais, se alguma coisa de todo. Só que ao contrário do nosso amigo Carvalhana (salvo seja), não vos vou acusar de nada, nem de os pré-responsabilizar pelo desastre que representa esta ideologia macabra. Tirem vocês as vossas próprias conclusões.
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