Hong Kong passou na Quinta-Feira a sua primeira lei anti-racismo, que imediatamente gerou uma enorme polémica devido a uma cláusula que exige que minorias étnicas que não dominem a língua chinesa ou inglesa – as duas línguas oficiais da região – tenham direito a um serviço de tradução. Todas as empresas, públicas e privadas vão ter a obrigação legal de providenciar um intérprete a quem se faça apenas entender noutra língua, seja tailandês, vietnamita, hindi ou Swahili. Isto implica, naturalmente, despesas enormes e uma possibilidade de processos judiciais caso não se cumpra escrupulosamente a lei.
Estes gajos de Hong Kong com esta coisa da liberdades e direitos iguais são sempre a mesma coisa. Nunca mais aprendem. Imaginem que passava pela cabeça de alguém uma lei desta natureza em Macau. Com que então vêm de lá da Parvalheira ganhar algum e ainda querem intérprete? Pensam que são o emir do Kuwait? Pouco interessa que na maioria dos casos trabalhem mais e ganhem menos e ainda sejam acusados do aumento da criminalidade e de roubar o emprego aos residentes. Toca a aprender a linguinha, mesmo que não seja necessário para as funções que desempenham. Já agora, os americanos não falam nenhuma das línguas oficiais da RAEM. Como se safam?
Outra mania dos gajos de Hong Kong é a forma como fazem os julgamentos, que não lembra nem ao diabo. Adiamentos sucessivos, suspeitos que esperam julgamento em liberdade, testemunhos de peritos, preconceito com a privação da liberdade do indivíduo...não há pachorra. Se os meliantes vão parar a tribunal é porque alguma coisa fizeram de certeza. Peritagem qual carapuça, andam a ver muito “Law & Order”, se calhar. Se a prisão não chega, a solução é muito simples: constrói-se outra. Não admira que os processos estejam atrasadíssimos. Ah mas esperem, mas isso é aqui. Bem, não interessa.
Finalmente a notícia da não-candidatura de Anson Chan às eleições de Setembro para o LegCo. Andam os democratas a levar a senhora em ombros, para no fim dizer que não se recandidata. Depois andam aí protestar por tudo e por nada. O pior mesmo foi a razão apontada: “quer dar lugar aos novos”, uma vez que no final da próxima legislatura já tem 72 anos. Que falta de visão. Com 72 anos em Macau mal se começa uma carreira como deputado ou administrador de uma empresa pública ou presidente de uma fundação. Para quê dar o lugar a um desses catraios a cheirar a leite? Realmente aqui ao lado têm muito que aprender, com o exemplo de Macau.
4 comentários:
Muito bem comparado!
Não bem, nem mal.
Cada qual tem o seu marca-passo, e de necessidades que julgam ter.
Infelizmente na política pratica-se normalmente o desnecessário.
Tudo bem mas... perguntar como é que os americanos se safam? Ora, os americanos só se safam porque são sempre os outros a falar a língua deles. Deve saber disto perfeitamente. Aliás, em Macau, apesar da língua oficial portuguesa, o que seria dos portugueses recém-chegados se não soubessem falar inglês?
Bem sei caro anónimo. Era uma pergunta retórica. Cumprimentos.
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