Um pouco por todo o lado vemos os zombies com os seus respectivos aparelhos de bolso. Falo dos indígenas de Macau e os seus telemóveis, a que passam a vida agarrados, quer seja na rua, no autocarro, nos cafés ou nas repartições públicas. Não há quase ninguém - com a excepção de eu próprio e poucos mais - que não tenha aderido aos iPhones e afins e se mantenha concomitantemente ligado à rede, normalmente perdendo tempo em coisas inúteis. Não admira que as pessoas estejam cada vez mais desumanizadas e respondam apenas a impulsos ditados por beeps de mensagens de chatrooms, sejam eles o Facebook ou tal de Watzup, tão popular entre os locais. Não percebo a necessidade de partilhar fotografias de porras inúteis, mensagens parvas e outras palermices que retiram horas de vida diárias que podiam ser usufru'ídas de outra forma...sei lá...a fazer amor ou através de outras formas de contacto humano. Às vezes até desejo que seja verdade aquilo que dizem sobre a relação entre as radiações do telemóvel e os tumores cerebrais. Não me levem a mal, mas só para que as pessoas despertem e levantem a cabeça de vez em quando.
2 comentários:
É um ponto interessante, esse de as pessoas previlegiarem o contacto intermediado pela electrónica ao "contacto humano".
Suponho que a uma das razões ande à volta do facto de, muitas vezes, o "contacto humano" não ser agradável...
Aproveito para saudar o regresso, que só hoje e por mero acaso constatei, do Leocardo.
É de facto uma péssima realidade do dia a dia. O pior é quando vão a conduzir e a falar ao telemovel, arriscando a vida deles e a dos outros. Em Macau a policia não vigia e não pune estes irresponsáveis, que, para além de atrapalhar o trânsito e fazerem manobras perigosas, ainda fazem gestos obscenos quando buzinamos e chamamos a atenção para desligarem aquela porcaria enquanto conduzem. Haja Deus!!!
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