terça-feira, 31 de maio de 2016

Provedor do Leitor (Supersized)



Hoje temos diversos e divertidos casos para analisar. Comecemos pelas entradas, antes de partir para um agape de "enfarta-brutos". No post Malabarismos (Patético)  foi deixado o seguinte comentário:


Em primeiro lugar obrigado pelo comentário, que sendo anónimo e num artigo dedicado a esta temática, é como encontrar um refrescante gole de água fresca na travessia do tórrido deserto. Fico feliz por ser, aparentemente, uma pessoa sensata e bem informada, mas em relação a esse "fenómeno" a que chamam de "substituição demográfica", tenho o seguinte a dizer: so what? Só acho graça ao nome "substituição demográfica", que dá à coisa um ar assim formal a atirar para a conspiração. Não é nenhuma novidade que as taxas de natalidade na Europa são cada vez mais baixas, e isto desde os anos 70/80, e a imigração não é algo que tenha aparecido ao mesmo tempo que esta recente crise dos refugiados. Assim sendo, há algo em que com toda a certeza o meu amigo concorda: cada um casa e constitui família com quem muito bem lhe apetecer, e acho que neste aspecto a Europa continua a usufruir das suas liberdades na sua plenitude. É apenas a insistência em que os governos têm uma agenda com vista ao "genocídio" da sua população tipo (juro, pode consultar no blogue através de uma busca da palavra "genocídio" no canto superior esquerdo) que me deixa "abananado". É só isso, pois no plano do concreto, nunca neguei tal evidência. Mais uma vez obrigado e cumprimentos.

No artigo Uma minoria de 60% - mais do mesmo, e dos imbecis do costume, recebi de um dos imbecis um comentário...


...ao qual retorqui, e de seguida um outro que suponho ter sido da mesma pessoa...


...que em vez de "anónimo" preferiu comentar como "direita". Same sh*t, potato potatoe, touro toiro.  E para quê? Para lançar mais "pérolas" desta ideologia chamada "cunfusionismo", e de que é certamente um ávido seguidor, e tudo para nos dizer sem conhecimento de causa que "os não-brancos auto-intitulam-se de brancos". Ou algo do género, ignoro os contornos da psicopatia do indivíduo. Se forem ao artigo, podem ver que os Census distinguem claramente britânicos brancos de não brancos, brancos britânicos de não-britânicos, pretos africanos de pretos caribenhos, bem como todo o tipo de mestiçagem que pela velha Albion pulula. Nada de mais, e se há alguém que se interroga sobre o porquê de existirem tantos naturais ou descendentes do subcontinente indiano (India, Paquistão e Bangladesh) na Inglaterra, e com maior incidência em Londres, anda a precisar de rever a sua História. Se acrescentar "mas aquilo fica tão longe da Inglaterra, qual é a relação?!?!", é mais um caso perdido. Como este, por exemplo...


...que deixou este comentário no mesmo artigo. Olha lá ó sua anta, gritar essas enormidades não as vai validar, antes pelo contrário. E vê lá se da próxima vez não escreves durante um dos teus ataques de fúria derivados de não conseguir recrutar mais pobres patetas para o teu exército de xenófobos de escrivaninha, que isso de andar aos murros no teclado é o que se vê. Vejam lá que até precisei de recorrer ao meu dicionário de Retardado-Português para perceber que "ateem" é "atrevem", e "debios" é "débeis" - ou deve ser, o dicionário não promete uma precisão por aí além, tal é a variabilidade da gravidade de cada caso. Mas pronto, este é mais um louco delirante que chama aos únicos dados minimamente fiáveis de "dados do sistema". Qual sistema??? As únicas pessoas que fazem aquela recolha e processam os dados, no âmbito da sua profissão? E serão elas daltónicas ou ambliopes ao ponto de não saberem distinguir um branco do preto. E olha, eu estive em Londres não há muito tempo, e deixa-me dar-te um conselho: da próxima vez que lá fores distrai-te com outra coisa que não seja andar a contar não-brancos, o que só se pode explicar por essa fomeca de pila mandinga que te apoquenta, rapaz. Distorcido és tu, ó artista. Olha, as melhoras, tá bem?

Ainda na senda dos daltónicos/aficionados de membros exóticos, no post Um alegre Bailinho e um triste fado (e ainda os "réus"), deparei com o seguinte comentário:


"O Cristiano Ronaldo não é português, claramente mestiço". Ignoremos a estrutura da frase, tão débil quanto o seu autor, e vamos antes centrar-mo-nos na "ideia" (quase) expressa. Portanto o C. Ronaldo "não é Português", porque é "claramente mestiço" - fui isto que eu entendi, confesso, mas posso estar equivocado. Portanto a nacionalidade do CR7 é "mestiço", natural da "Mestiçânia", local que este camarada desconhece de todo por ficar demasiado longe da Parvónia, de onde é originário, e onde a população se entretém a realizar testes de ADN imaginários a futebolistas famosos. Quer dizer, isto nem merecia resposta. Fosse o Papa João Paulo II vivo, e fazia-me santo ou beato (como fazia com qualquer um, aliás), devido ao caridoso trabalho que realizo junto dos leprosos mentais. 

A propósito do post Lava mais branco, recebi este hilariante comentário - dentro do género do "vaudeville" com fortes influências do "punk pathetique", entenda-se:


Ssssim, portanto, o que eu defendo naquele post, e que não é nenhuma novidade (pelo menos para quem conhece um pouco da China) é que os chineses estão mais à vontade quando lidam com outros chineses, e mais inibidos se tomam contacto com um estrangeiro. Para este camarada, isto é o mesmo que não gostar de estrangeiros, ou não os querer no seu país. Fico-me por aqui, e outro qualquer que lhe explique que "China e Europa são dois lugares distintos", que eu não sou pai do gajo. Haja dó.

Finalmente, no artigo Estúpridos, vislumbrei esta "pérola":


Penso que não é necessário mencionar a enorme carga irónica patente nesta algaravia, e é evidente que a bosta fumegante cheia de moscas azuis à volta que a debitou "não está" - "Alô, o encéfalo está?" - "Não, não está". E nem preciso sequer de elaborar a partir deste ponto, uma vez que para este nosso amigo "especial" (no sentido de "olimpíadas especiais") basta deixar aquela baba e ranho ali, sem especificar exactamente que bicho lhe mordeu. Não tenho muito jeito para exercícios de vaidade, ou de auto-promoção, mas já agora gostava de referir que este post teve uma aceitação (surpreendentemente) positiva, chegando mesmo a ser partilhado no Facebook. E se não fosse para deixar este aparte, este comentário nem passava. Se eu tivesse que responder a todas as garatujas que me mandam, perdia tempo que me faria suspirar pela penúltima vez, antes de dar o último traque.

É só, obrigado pela atenção, e portem-se bem (se optarem por se portar mal, pelo menos portem-se "bem mal").

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