quinta-feira, 30 de junho de 2016

Foi pouco para um, e ainda menos para outro


Quando deparei com esta notícia que já tem dois meses mas "passou-me" ao lado, lembrei-me daquele indivíduo perturbado, obsessivo e tresloucado, e senti pena do pobre Simba, que é duplamente vítima deste lamentável e vergonhoso episódio. Quem é o indivíduo a que me referi agora mesmo? O dono do Simba! Pois é, o tal fulano que matou o cão é um palerma e ainda bem que foi condenado, e por duas razões: por ter uma arma ilegal em casa (é porque deve ser uma pessoa muito "querida" da sua comunidade), e por ter resolvido seja lá qual era o problema que tinha com o dono do cão, sacrificando o pobre animal. Sim, ninguém me diz que estes dois cavalheiros não tinham lá umas contas quaisquer a ajustar, pois nem me parece que o cão seja assim tão perigoso que fosse necessário abatê-lo A TIRO, nem a reacção do dono se justificava tão...tão o quê?


Para quem não se recorda, pode ler aqui o artigo que escrevi na altura sobre este caso, levado que fui pelo choque, depois de me aperceber como é possível existir alguém tão irresponsável, tão inconsciente, tão irredutivelmente IMBECIL. Reitero o mesmo que escrevi e ainda acrescento mais: um IMBECIL. Eu não devia estar a fazer isto, porque este gajo é DOENTE, e devia estar interditado, ou metido numa camisa de forças, sei lá, longe da sociedade, como potencial TERRORISTA que é. Vá, cuspam-me em cima, chamem-me nomes horríveis, ameacem-me de morte, todas as modalidades dessa nova olimpíada da humanidade, onde comportar-se como um selvagem homicida é tido como "sinal de civilidade". A sério, não há paciência para aturar este tipo de irracionalidade com tiques de progressismo, e lendo o comentário do camarada, consigo imaginá-lo a martelar o teclado com murros, a chorar baba e ranho, a arrancar os cabelos, e depois de tomar uma caixa inteira de Xanax, mandou aqui os amigos para a habitual dose de insultos e ameaças,  em suma, tudo o que consideram necessário para tornar o mundo um lugar melhor para as bestas. Não foram tantos quanto isso, antes pelo contrário. Menos que na polémica com Ricky Gervais e muito menos que no episódio do gato de Mourão, onde as brigadas do animaleiro Nuno Markl ocorreram em massa para me ensinar através de impropérios dirigidosa mim e à minha família que eu não devo queimar gatos? Penso que era essa a moral da história, não sei. Ou isso ou então que não devo apontar numa figura querida da malta fixe, um Júlio Isidro Jr.,  a hipocrisia patente na condenação de uma futilidade que numa análise fria e sóbria não causou quaisquer vítimas, enquanto que poucos meses antes país ficava chocado com a morte de 6 jovens na praia do Meco durante uma praxe académica, e a respeito dessa tragédia aí sim, nem um pio. Parece que as touradas é que são um "problema". E o gato queimado vivo que continuou vivo, o sacana do bicho - assim como é que se arranja um pretexto para linchar os populares de Mourão? Já não se fazem mártires comoantigamente.


Um desses comentários chamou-me a atenção, pois penso que ilustra bem o que é esta causa em termos de conteúdo filosófico e ideológico. Este indivíduo que vides aqui na imagem é o autor deste comentário, onde procura dar-me a provar do meu próprio veneno; "com que então gostas de escrever, ah?" (nota-se assim tanto?!). "É que eu vi ali no arquivo uns artigos que me parecem ser interessantes, mas não seres parvo agora não os vou ler. Toma!". NÃO! TUDO MENOS ISSO! LEVAI ANTES O MEU PRIMOGÉNITO MAS ISSO NUNCA! Estão a ver no que é que este radicalismo ridículo torna pessoas supostamente inteligentes, que tocam oboé  (?) na Filarmónica de Gorzowska, em argumentistas do desespero e defensores do indefensável. Chega mesmo a ser insultuoso que o soprador de gaita pense que me vai deixar de rastos com a perspectiva de não ler algo que não lhe vai custar nem um obrigado. Se calhar se eu lhe dissesse que por não ter vindo aqui ao blogue ler os artigos "que lhe interessam" (nunca escrevi sobre oboés nem nada que se pareça...) não foi possível salvar meia dúzia de cachorrinhos do canil, que assim foram usados para fazer sabão, o homem enlouquecia,  e ainda saltava do terraço junto com o oboé. Mas o mais curioso é a comparação que faz entre o comportamento do seu amigo Diogo Castiço - e assumo que devem ser amigos, qual autêntico par de jóias - e aquilo que considera uma "agressão verbal" da minha parte. Mas sabe o que mais ó gaiteiro? Acho que ainda fui muito simpático ali com o seu camarada. Não me surpreende que você não esteja a ver porquê, pois caso contrário abstinha-se de me molestar.


E aí está a resposta do lunático ao Provedor do Leitor que lhe dediquei no dia a seguir à sua primeira missiva. Há ali tanta burrice implícita que se torna quase impossível descortinar qual era a intenção do indivíduo depois de o ter feito ver mais uma vez de maneira directa e no único tom que se pode usar em cavalgaduras desta estirpe, que aquilo que ele fez FOI UMA VERGONHA! Quem não sabia ou não se recorda e não esteve para se chatear e reler o artigo cujo link deixei no segundo parágrafo - e compreendo, pois de agradável esta novela não tem nada - permita que resuma numa só frase a razão que me levou a criticar este indivíduo: à revelia do principio da presunção da inocência, este alucinado andou pelo país inteiro a fazer uma campanha negra contra o gajo que ele alega lhe ter morto o cão, sem que para isso apresentasse uma única prova! E mesmo que tivesse um registo em vídeo e uma confissão assinada pelo suspeito NUNCA teria legitimidade para fazer o que fez. E reparem que digo "suspeito", que até à conclusão da investigação não passaria disso mesmo, e na eventualidade de ser constituído arguido seria SEMPRE inocente até ser provada a sua culpa é esgotadas todas as vias de recurso ao seu dispor. É assim que as coisas se processam num estado de Direito, mas parece que esse conceito é alienígena, e portanto toca a fazer de juiz, júri e carrasco e percorrer o país em tournée acusando alguém SEM PROVAS, nunca é demais repetir, recorrendo inclusivamente à estação pública de televisão, por ?, Deus dos agnósticos! Foi aí que tomei conhecimento da CHALUPICE deste cavalheiro, que por muito que se aceite estar consternado com a sua perda, NADA justifica aquilo que fez. Ai apreenderam a arma? Por acaso aí podia ter somado um pontinho na pauta da minha consideração, que teria que ser desenterrada da cova onde jaz debaixo dos lixo dos últimos dez anos, e mencionar que arma era ilegal, e que o sujeito não tinha licença de porte. E mesmo assim sentava o cuzinho sossegadinho em casa, quando não dava lá as aulas de equitação ou seja lá o que for com que ocupa o seu tempo quando não está a fazer ASNEIRA, e deixava a justiça resolver o caso. E olhe que não tinha começado nada mal, e só é pena que tenha deixado a sua psicose tomar conta das operações. Mas também o que seria de esperar...


...quando nem uma pessoa próxima existe para chamá-lo à razão? Aquela sujeita ali em cima é irmã do vingador do pobre cão, que vê o nome e a memória arrastados na lama por gente mentalmente insalubre, e está a fazer queixinhas ao Markl! Isso mesmo, durante a tal polémica em que eu deixo vincado o meu repúdio à ideia de impalar a população inteira de uma aldeia com o pretexto de que andaram a judiar um bichano, eis que chega a tia do Simba (já agora o fulano auto-intitula-se "papá do Simba", pelo que só posso assumir que aqui tratei com a senhora cadela da sua tia) cheia de ganas de me servir um Pedigree Pal de justiça, só que acaba por FAZER AINDA PIOR que o rafeiro do irmão! Primeiro acha de bom tom livrar-se dessa maçada que é o  "alegado": é assassino e não fala mais nisso, e nem que o juiz dissesse o contrário, ela é que sabe e eu sou um "mau sujeito" porque me recuso a achar justo ir até Mourão e "enfiar barrotes a arder pelo cu acima" da população - e entre todos, optei não pelo pior dos mimos, mas antes pelo mais recorrente. Como se calhar pensou que ainda não tinha garantido um lugar no Céu, resolve poupar tempo e dinheiro aos tribunais e antecipa ela mesma o veredicto: preso. Mánada, pimba! Afinfa-lhe! Eu não concordo, aliás, acho um absurdo que alguém cumpra uma pena de prisão efectiva por matar um animal, mais tarde desenvolvo esta noção mas antes disso salvaguardo que reconheço as excepções caso se trate de uma espécie protegida, e  volto a repetir caso alguém já tinha a visão turva com esta "barbaridade selvática e desumana que acabei de pronunciar: UM animal. Para aqueles que já se preparavam para me chamar "terrorista ecológico", melhor sorte da próxima vez. Melhor ainda: e que tal irem ocupar o vosso tempo livre com algo mais útil, como dormir, por exemplo.


Pronto, e nem o Markl lhe prestou uma ovação de pé, nem eu fui a fugir com o rabiosque entre as pernas, apanágio dos caninos com que a sra. cadela tia do Simba se identifica. Não foi preciso puxar pela cabeça para chover na parada de Carnaval da FRAUDE que esta gente que gosta de tomar o resto do mundo por imbecis: bastou-me o relato fiel dos acontecimentos. Sem poder dizer nada que não a comprometesse ainda mais, optou por mais um truquezinho rasca, pegando naquele "gente de caca" que era dirigido aos "apoiantes" do seu lindo discurso de MENTIRA, alegando que eu "a ofendi", e que era "muito educada" - se for como o maninho, como já vamos ver mais à frente, então trata-se apenas de mais uma das suas MENTIRAS. Ai, "caca", que escândalo, que palavrão, só consigo escrever a primeira letra, vou desmaiar, ui ui. Depois "deusa-me" a sangue frio, sem mais nem menos, como se na possibilidade de Deus estar a assistir a isto fosse brando com a sua FARSA - e além disso sou agnóstico. Ai não usa blogues para destilar ódios? Também para que é que ia precisar, se tem o seu irmão para o fazer à escala nacional? Mas por falar nisso, vamos ver como se faz jornalismo de caca.


Ena! O dono do cão pagou mais que o gajo que o matou, "bestial". Sem dúvida que é uma daquelas coisas que estimula aquela metade "bonzinho" dos portugueses, sempre cheios de sede de justiça, e que a juntar à outra metade que lê os cabeçalhos e imagina o resto da história, voilà! temos "ai Jesus onde é que isto tudo vai parar" durante toda a semana, mais os habituais impropérios ao juiz e a toda a gente que apanharem pela frente, e ai de quem se atrever a duvidar - assim tem mais "piada". Dá-me a entender que SE fosse feito em Portugal bom jornalismo, talvez as pessoas não estivessem tão desconfiadas das instituições, neste caso da justiça. E apesar de Diogo Castiço ter sido condenado E BEM pelos seis crimes de que era acusado, cinco de injúria, a imprensa em geral fez parecer que se tratou de alguma "brincadeira", chegando mesmo a descrever a repreensão dada pelo juiz ao arguido como uma mera advertência: "juiz ralhou com o dono do Simba". Ralhou??? E mais: o juiz tratou o animal por "coisa". Tudo bem, está mal, mas e ninguém se interessa pelo princípio da presunção da inocência que este tipo espezinhou e cuspiu em cima? É um direito de todos, pá! É a única que garante que não chega um bardamerdas qualquer ao pé de vocês com a bófia, diz que disse que fizeram, fritaram e assaram, e trau, vão dentro ainda antes de entenderem o que se está a passar. Acham bem??? Outra coisa que me deixou boquiaberto foi a declaração do advogado de Diogo Castiço após a leitura da sentença; diz que vai recorrer, o que é perfeitamente legítimo, mas diz-se indignado com a redacção dada ao acórdão, e agora vejam isto: nega que o seu cliente tenha feito porta-estandarte da morte do cão nas redes sociais, e nega que o "papá do Simba" tenha humanizado o cão. Nestes termos:  "Sabemos perfeitamente que um cão é um cão, o que não quer dizer que não possa ser tratado como um membro não humano de uma família”. Ai é? E isto?



Já sei, pois pois, não quer dizer nada, é normal, etc. etc. e é possível que um juiz que olhe para isto tenha uma largura de horizontes que lhe permita ficar apenas "ligeiramente desconfiado" da alegação de que "um cão é um cão" perante uma canção que diz o oposto. E se por acaso lhe for parar às mãos uma coisa destas?



Isto foi ONTEM! E este tipo tem feito o mesmo e parecido à ordem das duas ou três vezes por semana desde que o pobre cão morreu vai para um ano e meio! Por favor, tentem ler e interpretar aquilo, e digam-me o que disserem, NÃO É NORMAL! Há pais que sofrem com a angústia de lhes morrer um filho nos braços, ultrapassam a sua perda relativamente bem - claro que é uma coisa que deixa alguém marcado para toda a vida, não nego - e não fazem este drama à Romeu e Julieta que este tipo faz com o cão! E aqui:


Ele já me tinha deixado algo parecido naqueles comentários que me deixou, que basicamente querem dizer que eu sou um sacana, sádico e cínico porque me recuso a alinhar no linchamento na praça pública de uma pessoa que não conheço devido a factos de que nada sei. A este ponto fico sem saber quão figurativo é aquele "amo o meu cão". E não olhem assim para mim, porque agora vem o "grand finale" de toda esta história com contornos tão surrealistas:



Este é um artigo de Miguel Sousa Tavares (MST) que no seu estilo habitual, muito frontal e com uma pitada de provocação, critica a proposta de lei apresentada pelo PAN, quiçá revolucionária atendendo aos nossos brandos costumes, e ao mesmo tempo o muito que há pela frente em matéria de educação no sentido de sensibilizar a opinião pública para o facto de que os animais com o sistema nervoso central suficientemente desenvolvido ao ponto de sentirem não devem ser maltratados, ponto. Ao contrário de MST, que adopta um tom de escárnio para se referir ao que considera um violação do seus estatuto de carnívoro no topo da cadeia alimentar, concordo que se legisle no sentido de punir criminalmente que maltrate animais por maldade, diversão e até negligentemente, mas variando de castigo conforme a gravidade da infracção e NUNCA com penas de prisão efectiva. Isso não, porque vai contra o que durou séculos a ser conseguido, e ainda não completamente, que é o respeito pela vida humana. Eu sei que é complicado explicar, especialmente a quem pensar dessa forma redutora que é "os homens sentem, os animais sentem, agressão é dor, portanto prisão. Mas e quanto à forma como se racionaliza a agressão, e até a própria morte? No caso de um animal irracional não há uma família para exigir justiça, e no caso dos maus tratos pode-se dar o caso de ficar mais arisco, mas nem ele sabe porquê: não se pode aplicar a mesma medida às pessoas e aos animais. Um outro bom exemplo é o incesto, que para nós é imoral e ilegal - como vamos explicar isto a um cão ou a um macaco? E a questão levantada por MST é legítima, pois temos de um lado a espécie humana, e do outro todas as outras, que vão de uma simples petinga a um panda adulto. Portanto é preciso cuidado quando se legisla a pensar em seres a que seria impossível incutir este conceito. É senso comum, mas que nos últimos tem sido colocado em xeque por pessoas como o Diogo Castiço, que inspirados pelos ideais igualitários da emancipação dos escravos e dos movimentos feministas ambicionam a "libertação" das espécies de animais irracionais, indiferentes a quem, sei lá, olha, tem mais que fazer? É mesmo assim: pegar nesta causa e radicalizá-la só levará a que adira a ela pessoas problemáticas. E agora o pior:


Quando insulta, ou se exalta e comporta-se como um maluquinho, ainda vá lá, só se recomenda que esteja alguém em casa, não vá engolir a língua ou algo do género, mas aqui é que o Diogo Castiço deixa a sua psicose qual cavalo à solta na casa de espelhos do parque de diversões. Está bem, estou a exagerar na "preocupação", se bem que não arriscaria dizer que não há ninguém suficiente influenciável para ir atrás daquela conversa - o próprio Castiço que não atiraria um cocktail molotoff, e eu dou-lhe o benefício da dúvida. O que me aborrece é que as pessoas que frequentam aquela página da sua responsabilidade teimam em dar-lhe corda! Que diabo, nem vou aqui dizer se são muitas ou poucas ou lá vai o gajo dizer que estou com inveja e o camandro, mas não haverá ninguém SÃO, e com isto o "mentalmente" está implícito, que ajude este tipo a virar a página? Desde que foi condenado parece que piorou. Elabora elegias ao Simba dia sim, dia não,  imprime cada vez mais raiva no que diz, e caso o meu dicionário não esteja "avariado", diz ali coisas muito piores que "caca" - só para que conste que a irmã do indivíduo é uma pantomineira incompetente. Parece que nunca ficaremos a saber ao certo se existia algum mal-estar entre os dois arguidos prévio ao incidente que levou a vida ao pobre Simba, mártir de uma série de equívocos, coitado, mas uma coisa dou como certa: o primeiro só pelo porte de arma ilegal já teria que ser punido exemplarmente, e a juntar ao que fez ao cão seria mais do que esta admoestação, que no fundo não passa de cócegas. Quanto ao Castiço, precisava mesmo de um "time out", e não quero dizer na prisão. Que fosse apanhar ar, ou se são os ares do campo que lhes estão a fazer, quem sabe se uma temporada de urbanidade lhe fizesse. É que não sou eu que faço as leis, nem acho bem feito ou mal feito: cumpro as regras do jogo. Já quanto ao Castiço...dizer mais o quê?


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