quinta-feira, 24 de julho de 2014

Quem não arrisca não petisca, mas às vezes...


Um avião da companhia aérea TransAsia, de Taiwan, aterrou de emergência no aeroporto de Magong, na ilha de Penghu, depois de ter partido de Kaohsiung menos de uma hora antes. O voo doméstico foi condicionado por condições atmosféricas adversas causadas pela passagem de um tufão, e apesar não ser recomendável que se efectuasse, a companhia aérea arriscou, e das 58 pessoas a bordo, incluindo passageiros e tripulação, perderam a vida 51, tendo as restantes ficado feridas - praticamente a mesma coisa do que se tivesse despenhado. O avião aproximou-se da pista 35 minutos antes da hora prevista de chegada, e a queda deu-se a pique, com o aparelho a ficar praticamente destruído. Há uma teoria para os desastres de avião na ilha nacionalista, que há alguns anos eram bastante frequentes; muitos dos pilotos actualmente ao serviço das companhias civis são ex-militares, que durante o tempo que estiveram na força aérea, foram treinados para não ter medo de morrer, e não hesitar caso fosse necessário tentar uma manobra mais perigosa. Mas se este é um factor a ponderar, ninguém explica o porquê do voo ser autorizado quando o tufão obrigava ao seu adiamento. Para estas companhias que se estão nas tintas para questões de segurança e colocam o lucro acima de tudo, sempre com receio da concorrência, se em dez cair um vale sempre a pena arriscar. Qualquer dia os passageiros são enfiados em caixas na posição horizontal, para se poderem acomodar um milhar deles num avião e tornar "lucrativa" a viagem. Mas pronto, o que estou para aqui a dizer, quando a hora é de luto, e devia estar antes a lamentar as vidas humanas que se perderam neste acidente. Afinal a culpa é do tufão, que mandou o avião a pique para cima da pista do aeroporto, onde se estava alguém com dois palmos de testa, certamente ainda se está a interrogar: "quem é o maluco que mandou para aqui esta gente?".

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