terça-feira, 20 de maio de 2014

Volta à Europa


Foi um fim-de-semana de grandes decisões em alguns dos principais campeonatos europeus, que tiveram a sua última jornada. Em Espanha, depois do Atletico Madrid ter conquistado no Sábado o seu 10º título, o Domingo foi reservado às decisões quanto a quem permanecia na primeira liga, e quem descia. O encontro mais mediático era entre o Real Valladolid e o Granada, e a equipa da casa, com 36 pontos somados estava obrigada a vencer o seu adversário, com 38, situado mesmo acima da linha de água. Os visitantes, com o português Tiago Iloria a titular, levaram a melhor por 1-0, com um autogolo do sérvio Stefan Mitrovic, jogador emprestado pelo Benfica ao Valladolid. O Granada acaba por se salvar, depois de se ter colocado numa situação complicada nos últimos quatro jogos, onde conseguiu apenas um ponto. Noutra partida onde se faziam estas contas, o Osasuna bateu o já despromovido Bétis por 2-1, num jogo marcado pela queda de uma bancada do Estádio El Sadar, em Pamplona, que resultou em vários feridos. De nada valeu aos navarrenses a vitória, pois o Almeria empatou em casa sem golos frente ao Athletic Bilbao, e o Osasuna regressa aos escalões secundários depois de 14 anos na Liga principal.


Fim de época também na Serie A, onde ainda estava por decidir o acesso à 2ª pré-eliminatória da Liga Europa, última vaga nas competições da UEFA. Com a Juventus campeã o o AS Roma a fazer-lhe companhia no acesso directo à Champions, Nápoles no "play-off" da liga milionária, Fiorentina na fase de grupos da Liga Europa e Inter no "play-off" da mesma prova, o Parma conquistou o sexto posto, batendo em casa o Livorno por 2-0. A equipa de Roberto Donadoni ultrapassou o Torino, que não foi além de um empate a dois golos no reduto da Fiorentina, enquanto o AC Milan ficou de fora das competições europeias. A equipa agora orientada por Seedorf venceu o Sassuolo por 2-1, mas dependia dos resultados do Parma e do Torino, e assim termina num decepcionante 8º lugar. Nas contas da descida estava já tudo decidido, com Catania, Bologna e Livorno a descerem à Serie B.


Em França estava tudo decidido quanto aos lugares do topo, mas faltava saber quem iria acompahar Valenciennes e Ajaccio na despromação à Ligue 2. O Sochaux foi o sacrificado, mas muito por culpa própria, pois no jogo decisivo em casa frente ao também aflito Evian Thonon-Gaillard, perderam por esclarecedores 3-0, e foram despromovidos depois de mais de dez épocas no escalão principal. O Paris SG foi campeão, o Monaco entra na fase de grupos da Champions, enquanto o Lille vai para o "play-off". O Guingamp, como vencedor da Taça vai para a fase de grupos da Liga Europa, St. Etienne entra no "play-off", e o Lyon na segunda pré-eliminatória. Marselha e Bordéus ficam fora da Europa.


Na Alemanha o Bayern juntou a Taça da Alemanha ao campeonato, depois de bater o Borussia Dortmund na final por 2-0, após prolongamento. Depois de 90 minutos sem golos, Arjen Robben marcou aos 17 minutos do prolongamento, e mesmo antes do apito final, quando o Dortmund fazia pressão para levar a partida para os "penalties", Thomas Müller fez o segundo, arrumando de vez a questão. Pepe Guardiola conquista assim o seu quinto troféu na primeira época ao comandao dos bávaros, depois da Supertaça da Alemanha, a Supertaça Europeia, o Campeonato mundial de clubes, a Bundesliga e a Taça, mas não se livra das críticas, depois de ter falhado a renovação do título de campeão europeu, ao ter sofrido uma humilhação às mãos do Real Madrid em plena Allianz Arena, perdendo por 0-4 na segunda mão das meias-finais da Champions. Há gente que não se contenta com pouco. Entretanto outros há que ficam satisfeitos com o menor dos males. É o caso do Hamburgo, que mantémn o seu estatuto de equipa totalista na liga principal da Alemanha, evitando a descida no "play-off" contra o Greuther Fürth. Depois do 16º lugar no campeonato, o Hamburgo discutiu a vaga com o terceiro classificado da 2.Bundesliga, e após um empate sem golos em casa, foi empatar a uma bola no reduto do seu adversário, garantido a permanência apenas na diferença de golos marcados fora. Foi por um fio.

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