Provedor do leitor

Hoje faço um Provedor do Leitor especial para um certo senhor que fala uma linguagem difícil de compreender. Este anónimo, que assim como todos os outros anónimos é bem vindo em partilhar a sua opinião na secção de comentários, recorre à linguagem do insulto, e como os leitores mais fiéis devem saber, eu não insulto ninguém.

O que existe são as minhas verdades, aquilo de que gosto e de que não gosto, em suma, a minha opinião. É normal que as minhas opiniões entrem em conflito com alguns valores mais prezados por alguns leitores, seja no campo dos futebóis, das religiões ou das políticas.

Lamento ter insultado a malta que "se arrepia a ouvir o Bono", mas a vossa amizade é prezada para mim, e peço-vos que reconsiderem. Também não gosto que se passe a vida a discutir entre o Benfica, o Porto e o Sporting, mas não vou odiar ninguém por isso.

Aqui em Macau existe um grande défice de crítica seja do que for. Parece que tudo é bom, e que não se pode falar mal de nada para não "ofender" o artista, que ainda nos vem pedir satisfações quando nos encontra na rua, percebem do que estou a falar.

Precisávamos era de criar mais, criticar mais, e continuar a criar até fazer coisas boas. Quando critico qualquer coisa de que não gosto, cai logo a Sé e S. Domingos, e muitas vezes sou atacado de forma injusta. Pensem na quantidade de alarvidades que precisam de aturar dos vossos amigos todos os dias porque não têm o desplante de os mandar calar.

E eu, que abro a porta do blogue à comunidade, tenho que ler coisas do tipo "não vales uma merda", e "manel chinoca leocardinho". Depois de identificado o "insulto", só posso responder com "vai tu", ou "a tua mãe", que é a forma como as crianças fazem. De outra forma não sei.

Posto isto,

Cumprimentos.