domingo, 12 de junho de 2016

Um Molenbeek e um bagaço


Esta imagem foi capturada num local que muitos leitores provavelmente têm ouvido falar pelas piores razões: a municipalidade de Sint-Jens-Molenbeek, em Bruxelas, capital da Bélgica. Em boa hora tirei esta fotografia, que já não é de ontem, nem do ano passado, e tenho pena de não ter tirado mais. Tenho especialmente pena de não ter guardado nenhuma do interior da mesquita, que como podem ver está mesmo atrás de mim, pois assim poderia mais uma vez comprovar que a opinião  pública ANDA A SER ENGANADA por um grupo de CRIMINOSOS, ora os mesmos palermas de sempre, mas agora suportados por outros endinheirados que nem disfarçam a agenda nojenta que querem levar a cabo, ora uma nova leva de imbecis que espalham o veneno pelas redes sociais e afins. Em comum ambos se socorrem de uma rede de PETAS, ainda por cima mal feitas, com pouco ou nenhum respeito de quem procuram convencer da canalhice que procuram propagar. Mas já lá vamos.


Esta é uma loja de chocolates,  mesmo no centro de Bruxelas, anexa à Grote Markt, que dá para ver logo à esquerda quando se sai da porta. A loja é uma das muitas da cadeia "Leonidas", e aproveito já para recomendar no caso de passarem por Bruxelas em trânsito de ou para Macau, e vos apetecer levar um "amuse-bouche" para familiares ou amigos. A "Leonidas" é uma conhecida confeitaria belga,e tanto o gerente desta casa, bem como os empregados (podemos ver ali uma simpática balconista à direita) e até o confeiteiro são paquistaneses radicados na Bélgica, falam inglês e francês (desconheço se falam flamengo), e não posso deixar de destacar aqui a cortesia, simpatia e generosidade com que fomos tratados. 

Isto porque nessa mesma tarde, minutos antes, até, passámos por uma outra loja ainda mais perto da praça principal de Bruxelas, e onde quem nos atendeu foi uma bruxa belga. Lá chegados começámos a observar a mercadoria, e a referida criatura aproximou-se  de nós trazendo consigo um tabuleiro com alguns chocolates, e convidou-nos a "provar". Tirei um e detive-me a ver o resto das guloseimas, e menos de vinte segundos depois escuto a tipa a vociferar "just one!". Antes que conseguisse sequer perceber o que se estava a passar, a minha mulher diz-me para "irmos embora", sem que antes desabafasse em voz alta que a fulana era "uma besta" - foi mais diplomática que isto, mas permitam-me "temperar" na tradução das palavras em inglês que ela proferiu. Suponho que o meu filho tivesse tentado tirar outro chocolate, e por isso teria sido repreendido pela lojista. Não sei ao certo, nem falámos mais no assunto: fomos à vida, fazer as nossas compras noutro sítio - e lojas daquelas é o que não falta em Bruxelas. Agora, tivesse eu presenciado a cena, e não fosse nada daquilo que deduzi ter-se passado, garanto-vos que aquela bolacha belga ia ouvi-las. E se isto vos parece previsível, "nazi" seria um dos "mimos" mais simpáticos que ela ia escutar vindo de mim. E isto tudo para dizer o quê, afinal?


Ah sim. Esta cavalgadura que indecentemente usurpa o nome e a imagem do fundador da nossa nação, fez-me este desafio durante mais uma sessão de propagação de MENTIRAS pelas quais devia RESPONDER CRIMINALMENTE. E ainda diz que se eu o fizesse - e fiz, não esperem é eu ir viver para Bruxelas porque este boi quer - "pedia desculpas", e depois toca de falar dos meus "tomates", epá, ó Maria Albertina vai dar uma volta ao bilhar grande, tá bem? E o que é aquilo de "comer uma sandes de porco", epá, que m... é esta? Já sei:


Vejam só, 10 de Junho do PNR, com "Febras no churrasco". E tem sido só isto - alguém que tenha um "nacionalista" a trabalhar consigo, evite usar os lavabos depois dele, chiça! Mas isto é para quem? Os muçulmanos com toda a certeza que nem tomam conhecimento disto, nem vão grelhar as febras para o pé deles (ui, "que medo"), portanto o que vai pensar uma pessoa NORMAL estando absolutamente contextualizada desta provocação que sinceramente parece uma coisa dos maricas: - "ai vamos ter febras no churrasco" - "Jura? Que radical! Que man!". Digam-me lá uma coisa: masturbam-se com estas coisas ou quê? NÃO RESPONDAM! Haja pai para este "nacionalismo". E isto?


Olha para esta pêga (e lá vai ele fazer mais queixinhas à blogger, a chorar feito uma virgem das orelhas - ou nem isso), a promover a porrada à custa de falar do que não sabe. E é típica, aquela varrida da denúncia do merdume que debita para "a esquerdalha", e os "neomarxistas" (esta m... é inventada por aquela cuca oca pseudo-intelectual assumidamente histérica) quando qualquer pessoa NORMAL tira de letra que és um cobarde, um infeliz, um ausente mental e um "castrato". Um reles a que basta um piparote para te meter no fresco. Devias era ser PRESO, ó caramelo. Olha lá, e aquela da focinheira peluda é para quem? Não deve ser para mim, que no máximo fico 15 dias sem fazer a barba. Já sei:


"Quem desdenha quer comprar", já diz o povo e com razão. Que grande roto que me saíste, ó Afonsina. Querias que eu fosse assim como este Neanderthal que te deixou saudades e langonha na bilha, não é? Olha, e quanto ao FireHead, devias era ficar caladinho, que não o conheces e nem ele sabe quem tu és, ó lingrinhas, e és cúmplice do que vou mostrar a seguir. Já quanto às pessoas que o querem de bem, ou que lhe são próximas...


...atentem a isto, que é grave. Ah mas espera lá, só isto? Devia ser "Começou o Eurábia 2016", e "...também pelas greves islâmicas, que duram há semanas por causa dos islâmicos e da nova lei islâmica", e "a greve da Air Islão, transportadora oficial do Eurábia 2016", e finalmente "as ruas de Al-Paris estão a abarrotar de lixo islâmico, e na quarta-feira deu-se confrontos entre ingleses islâmicos e..." - nem é preciso referir que os franceses "são islâmicos", pois "3 em cada 2 franceses são islâmicos", e eu "recuso-me a aceitar" porque "sou esquerdalha/neomarxista/ateoagnosticista/niilista-vegan-destro", epá ouçam lá ó coisos: isso é doença. D-O-E-N-Ç-A! Já agora...


Epá não admira que Paris esteja em alerta por causa do "terrorismo islâmico", vejam só o estado de sítio em que a capital francesa ficou quando os "islâmicos" russos se encontraram com os "islâmicos" ingleses. E estes últimos são especiais, pá, bebem cerveja! Oh meu Santo Adolfo, não me digas que também são "comedores de porco", que assim ficamos sem arma secreta, e eles "reinstauram o Al-Andaluz", como vinha escrito numa porcaria qualquer que eu interpretei com a minha mente turva e não é nada daquilo que ali está, e mesmo que fosse é da autoria de outro alucinado como eu e "nobody gives a f*ck". 


Bum! Ouviram? Ouviram? Eles gritaram "Allahu Akbar"! Sim, sim, foi em russo, não interessa, vá, metam uma chaleira pela tola abaixo e vão num cavalo...não têm cavalo? Vão a cavalo uns dos outros, mas despachem-se! Livrem-me desta sarna islâmica! Argghhh!!!


E depois do jogo, isto? Ninguém de turbante, não se grita Allahu Akbar nem nada? Epá isto são os "me®dia" (a sério, ridículo) a enganar-vos! Isto não aconteceu! A Europa está toda a ser islamizada por trás e à bruta, e sem camisinha! Banzai! 

Vamos agora falar a sério, que isto nem tem piada nenhuma e não se trata de qualquer brincadeira. Ainda não perceberam que não há ninguém mais desejoso que rebentem bombas nas cidades europeias que estes tipos, e não o Estado Islâmico ou a pqp? E já agora, o que quer o EI? É um grupo terrorista, certo? Devem querer alguma coisa, como todos os grupos terroristas, que não investem meios materiais e humanos para se "divertirem", ou só porque "são maus". Ai são "maus", é? Querem o quê? Ah, instaurar o Al-Andaluz? Sei...islamizar a Europa? Uh, uh. E o IRA cometia atentados em Londres porque queria "irlandizar" a Inglaterra, pois. Olha, esqueçam que eu perguntei. 


Este é outro patife que dissemina o fel do ódio étnico e religioso, e ainda diz que o faz "em nome da Cristandade e da civilização". Vejam o bonito exemplo que ele foi buscar para "salvadores da civilização europeia". Oh oh sim sim, os russos, que hoje se viu a atirarem-se como cães raivosos a outros "europeus" - devia ser para lhes limpar mais depressa o sebo e assim não "sofrerem" enquanto o pobre continente se diluía nesse "monstro" da multi-culturalidade. Este deve ser outro a quem incomoda ver pretos dentro dos relvados a jogar, em vez de lhe andarem a varar o rego. Outro "desviado". E finalmente:


E não é que o cabrão tem razão? Ora essa, e precisava lá ele de me dizer o que eu já estava FARTO de saber? Eis as "provas" que existem disto que estes infelizes andam por aí a dizer que acontece com o único fim de deixar as pessoas em pânico e colocá-las contra outras pelo simples facto de professarem outra confissão religiosa, e em última instância com o intento de causar uma espécie de "apartheid" de inspiração nazista. Dois palhaços a falar, a mentir com todos os dentes que têm na boca, e no "canal" do costume. E o que diz o copinho de leite? Que entrou num restaurante e disseram-lhe "não atendemos brancos". Ena, e por acaso esse empresário da restauração com muito jeito para o negócio não terá dito também "Allahu Akbar"? Ah, esqueceste-te não foi, ó insolvente mental? Ou foi quando te apreenderam o material de reportagem com que podias "provar" esse esterco todo que andas para aí a largar? E que mauzões, foram esses residentes das tais "no-go zones", que deixaram estes tipos entrar ali à lagardere e sair inteirinhos, numa peça só. Fosse eu e soubesse ao que vinham, e faziam a "reportagem" sem dentes - e alguém acredita que estes merdosos foram mesmo onde apregoam que "ninguém pode ir", e logo 3 dias depois dos atentados de Paris? Ou que esses sítios existem mesmo? 


"Estão a ver? Estão a ver??? Não é porco que está ali naquele prato! Eurábia! Islamização!!!" - ah tretas. Estas imagens foram obtidas em Singapura e na Malásia, e falando deste último, o segundo maior país islâmico da Ásia Oriental depois da Indonésia, nunca me canso de lá ir, e sempre que vou fico satisfeito e parto com vontade de regressar. E o que penso eu daquelas gentes, que são islâmicos como tantos outros, mesmo que de uma escola das muitas que existem em cada uma das duas grandes correntes do Islão (na Malásia são Sunitas Safi'i)? Sinto que eles me temem mais do que eu a eles! Exacto, e não estou aqui a dizer isto para "domar" nenhuma espécie de "islamofobia" da parte de ninguém, e porra, pensem o que quiserem, a consciência de cada um é isso mesmo, e cada qual tem que viver com ela. Quando entro num daqueles restaurantes de buffet (super-económicos, por sinal), chamo a mim o centro das atenções, e isso deve-se sobretudo a ser raro um ocidental entrar nesses lugares. E como reagem os clientes habituais? Baixam o tom da voz nas conversas entre eles, os que estavam a comer com as mãos (é um costume) pegam nos talheres, e parecem todos envergonhados com a minha presença - querem fazer boa figura à minha frente, para não dar a entender que são "bárbaros". Isto não é liminar, e nem sempre acontece exactamente assim, mas todas as vezes acontece-me pelo menos uma ou duas destas coisas. Já me chegaram a fazer esperar para ir chamar um empregado que falasse um inglês mais correcto, e já me foram fazer de propósito um prato que já tinha acabado. Nunca fui ameaçado, mal tratado, rejeitado, ignorado, nem senti de maneira alguma qualquer tipo de desconforto. São pessoas como nós, e com tudo isto o mais provável é que se vão afastando mais, quando o ideal seria que partilhássemos as nossas vivências. E as religiões que fiquem para a Igreja e para a Mesquita, respectivamente, e deixem lá a polícia tratar dos criminosos, sejam eles de que origem, denominação religiosa ou cor de pele que forem. É assim tão difícil? 

Meus amigos, eu sinto-me mal em adoptar este tom paternalista, mas sei que estou a falar a pessoas com o mínimo de bom senso, e sabem perfeitamente que não existem "raios islâmicos" a serem disparados de mesquitas, não há invasão nenhuma - e confiem nos vossos sentidos, e neste caso até nos instintos: não há mesmo - e não quero acreditar que se julgam uma civilização "superior", e acham que se sabem comportar na terra dos outros, mas que estes precisam de "aprender" a viver na vossa. Eu não tenho procuração passada por islâmicos nenhuns, e já disse aqui vezes sem conta: não tenho religião. E aliás assim pode ser que entendam de uma vez por todas que aquilo que está aqui em causa é a civilização, sim, mas a humana, não a "europeia" ou outra qualquer. Já ficou por demais demonstrado qual é a alternativa a darmos-nos todos bem, e digam lá se vale a pena rejeitar quem pode ser mas muito provavelmente não é um "terrorista", e ir atrás de quem assumidamente espalha o terror, e ainda se diverte com isso? Ide e usai o vosso melhor julgamento.


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