quarta-feira, 1 de junho de 2016

Humana esse potest?


Hoje, Dia Mundial da Criança, lembrei-me deste pequeno bebé sírio, uma das 700 vítimas mortais entre mais refugiados naufragados no mar da Líbia. Tudo o que a imagem nos transmite pode ser racionalizado com a redução à nossa condição humana, de meros mortais. O petiz sem vida nos braços de um elemento alemão da associação humanitária Sea Watch, que revela consternação por ter chegado talvez tarde demais. São os contornos desta crise humanitária, que vem causando emoções mistas entre quem a tem acompanhado, vai já para um ano. Mas certamente nada como o que tenho para vos mostrar a seguir.


A imagem é a mesma, o texto é do blogue Totalitarismo Universalista, onde é patente a psicose do seu autor, nada que mereça um pingo de comiseração, contudo. Só alguém com uma mente perversa e distorcida poderia fazer desta imagem a leitura que faz. A criança "ia crescer e tornar-se um violador", ou trata-se de "manipulação asquerosa", e "um pretexto" para "escancarar as portas da Europa" a uma "invasão" qualquer que só existe na mente doentia deste indivíduo. Não vale a pena apelar ao bom senso, ou deixar semelhante personagem a conjecturar o que seria se fosse um filho seu, inerte nos braços de quem foi impotente para evitar a tragédia de um inocente. Não pactuemos com conspirações dúbias, que não têm senão como fim atingir uma agenda maléfica, que apraz apenas poucos, felizmente poucos, que são os que se colocam do lado do mal, e ainda o fazem à socapa, cobarde e perfidamente. Vergonha, censura e condenação sem reservas a este indivíduo e ao seu inumano negrume.

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