domingo, 14 de fevereiro de 2016

O problema do Dia dos Namorados (a culpa é das mulheres!)



Hoje é Dia de S. Valentim, vulgo "Dia dos Namorados", e na minha perspectiva esta data que se assinala é uma autêntica desgraça. A sério, e preparem-se que vem aí borrasca, e da grossa: a culpa é das mulheres. Ah pois, isso mesmo, ouviram (ou neste caso leram) bem: eu disse "das mulheres". Das  "senhoras", se quiserem, ou das "gajas", se preferirem. Este dia, que não tem nada de religioso e cujo estatuto de "tradição" entre nós, portugueses, é para lá de duvidoso, tem ainda menos de romântico. E a culpa é delas, portanto, e porquê? Este é o dia em que não ter um badameco qualquer que lhe compre flores que começam a custar os olhos da cara desde o início de Fevereiro, que depois ostenta por aí como troféu, prova de que é bem-amada é o pior que lhe pode acontecer. Para ela o Dia de S. Valentim é um "teste do algodão" a quanto o tipo com que ela anda a "gastar o encanto" estima tanto sacrifício. Ui, que ele nem sabe a sorte que tem, ou o que perdia, caso o Cupido não tivesse intervido. O cavalheiro, por outro lado, depois de ter começado a sentir comichão na carteira (daquela que depois de coçar fica a doer) alguns dias antes, e preferia que o Cupido tivesse pelo menos noções de Gestão Financeira, para saber quanto é sensato gastar no dia mais doloroso para o bolso do ano inteiro (mais que o Natal, até). Nem sei que determinou que este "Dia dos Namorados" implica necessariamente que as mulheres sejam apaparicadas, e os machos que fiquem com a conta. Mas pode ser que no fim o matulão fique aliviado por não ter metido o pé na argola nesse dia, ou esquecido a data (que é impossível de ignorar, pelo menos), e se calhar com um pouco de sorte é recompensado com...hmmm...deixem lá, prefiro abordar outro aspecto mais relevante para a humanidade em geral do que o mercantilismo que se faz da vaidade: o que pensa a malta nova desta coisa dos "relacionamentos" com o sexo oposto  - ou com o mesmo, conforme a nova modalidade recentemente regulada.

Parece que nesse aspecto estamos mal, muito mal. Um estudo qualquer realizado por não sei quem e que é oficial (nestas coisas parece que para as pessoas só contam as conclusões, indiferentes a quem as faz) diz-nos que "cerca de um quarto dos jovens considera normal recorrer à força para conseguir um beijo ou relações sexuais". Estamos aqui a falar de 23% de um universo de 2500 entrevistados residentes em três distritos do país, ou seja, uns 480 "chavalos" acham que a técnica conhecida por "galheta" é eficaz na hora de "baixar a crista" à sua "garina", sempre que ela se esquece de quem é que canta mais alto lá na capoeira. Pimba. Isto é "machismo", ou na sua versão menos "Village People", isto é "chauvinismo"? Parece-me que fui suficientemente ambíguo na função de expor o ridículo da relação tumultuosa que inclui o tabefe no cardápio das sobremesas, mas as mulheres são mesmo assim: querem OS MESMOS DIREITOS que os homens, menos quando toca a hora de "ver se pegam de empurrão" (que linguagem, Deus deles...), chamam-lhe..."violência doméstica". Se calhar pensam que os homens se tratam maravilhosamente uns aos outros, e que nunca lhes passa pela cabeça andarem de quando em vez a amassar a "visage" uns aos outros. Não, as mulheres querem tudo a que os homens têm direito, menos "as coisas más". Ah é verdade, e não se esqueçam dos privilégios, pois se circunstâncias normais uma mulher "é tão competente, inteligente e competitiva quanto qualquer homem", durante o período de gravidez transforma-se em jarrão de loiça da China, e no pós-Natal "precisa de tempo" para "ficar com a criança". E não refilem, então? É um favor que elas estão a fazer à humanidade, afinal. Eu diria "antes pelo contrário", mas já se sabe: depois de meia dúzia de linhas mais acima, já sou "o pior crápula que existe", por isso para que vou agora tapar tudo com paninhos quentes?

A "violência doméstica" e a "maternidade" são exemplos "softcore", pois o que realmente fere a sensibilidade de qualquer mulher que se preze é a ideia de "violação". Se o conceito de violência doméstica tem implícito que o agressor será sempre o homem, e o contrário é "esquisito", e entendido como "sinal de fraqueza", a violação consegue ir ainda mais longe. É mais do que um crime: é uma doença que dá nos homens, com a agravante de nem o facto de por vezes se tratar mesmo de uma doença - eu pelo menos imagino que seja, tomando como medida o que considero "normal" - serve de atenuante. Um violador é o usurpador máximo do "eterno feminino", e a ideia de que poderá acontecer o contrário, ou seja, uma mulher violar um homem, é "um insulto". Uma mulher nunca faria uma coisa dessas, é um anjinho. O sexo, como já aqui referi várias vezes, continua a ser considerado em muitos quartéis algo que "os homens procuram avidamente", e as mulheres "o alvo". Quando as mulheres acedem, considere-se isto "uma dádiva". "Ah, seu sortudo!" - dirão uns; "Olha o espertalhão" - dirão outros, mais desconfiados; "E o que é que interessa quem deu o quê?" - pergunto eu. Então e os "direitos iguais", meninas? Ah sim, permitam-me que elabore sobre esta coisa da violação, que julgo ser o "fantasma" que paira sobre os resultados da tal pesquisa realizada pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (fui saber mesmo agora). Sabem do que se trata, portanto: é um daqueles grupos que defende que as mulheres "têm os mesmos direitos" que os homens, mas não necessariamente os mesmos deveres. Claro, faz todo o sentido.


Aqui há uns meses (em Outubro, agora que a reli) deparei com esta notícia, que dava conta de um jovem estudante da Universidade de Warwick, em Inglaterra, que recebeu no seu e-mail uma espécie de "convite" para participar num curso que visava educar jovens do sexo masculino, como ele, sobre o "consentimento", ou seja, basicamente pretendia-se avaliar se os marotos estavam cientes de quando era a hora de "meter a mão na fruta", ou caso contrário "manter as patorras à distância". "Ridículo", dirão os homens, mas quanto às mulheres, aposto que as opiniões de dividam, com uma acentuada tendência para "não é bem assim" - digam lá se me enganei? O rapazinho tem razão em ficar indignado, pois apesar do tal curso ser meramente facultativo, sugere que o simples facto de ele pertencer ao género masculino torna-o num potencial violador. Contudo, e talvez por culpa da sua juventude, coitadito, o pateta borra a pintura quando decide aparecer naquela imagem ostentando um cartaz onde se lê "esta não é a cara de um violador". Ora essa, como se isso viesse com cara. Há caras para tudo, certo, e para se parecer um "pedófilo" basta usar uma batina de sacerdote (ah!), por exemplo. Já um "violador" pode não ter a cara deste George Lawlor (assim se chama o loirinho), mas para alguns passou a ter: depois desta polémica, o jovem recebeu hordas de mensagens insultuosas, muitas delas chamando-o de...adivinharam, "violador". Outra vez, faz imenso sentido. Se eu me recusar a atender a um qualquer seminário que tenha por objectivo ensinar que é errado apropriar-se indevidamente de bens alheios, isso faz de mim um assaltante - pior, um salteador! Cuidado com a carteira da próxima vez que me virem.

Agora o "choque", que decidi na altura não partilhar aqui, mas penso que chegou a hora. Fui a um dos (muitos) fórums que se abriram no Facebook para debater o assunto, e em extensão do que se trata afinal isto do "consentimento", e fiquei aterrorizado com o que para ali se discutia. Basicamente, qualquer modalidade de pinocada que não tenha o consentimento expresso da parte feminina, é "violação". Assim, sem mais nem menos. Não é tudo, e nem sequer a pior parte, pois em caso de dúvida, é a mulher que tem a palavra: se diz que "não consentiu", é porque não consentiu mesmo, e pouco importa se isso é verdade ou não, e o tipo que se aproveitou dela é um violador - e "mánada", ouvir a versão dos factos para quê? Se ela diz que não deixou, foi violação, o gajo é um violador, e se vocês ousarem demonstrar qualquer tipo de reservas a esse respeito, são violadores, também. O antídoto para isto? Só um bom murro nos cornos, como diria o Luís Lourenço, só que aqui seria perfeitamente justificado. Sabe-se lá que agenda asquerosa se está a servir quando não se ousa questionar a culpa de alguém, e já nem meto a mais elementar presunção da inocência ao barulho! E se algum tipo/tipa que queira "fazer a cama" a alguém de quem não gosta, e à pala de uma acusação que ninguém gostaria de ser remotamente suspeito, manipula-nos para alcançar os seus intentos? Querem um exemplo?


E esta, é a cara de um violador? Não era, mas passou a ser, e o próprio ainda não deve saber muito bem onde é que apanhou a "doença", e que bicho lhe mordeu - e continua a morder. Chad Evans era um promissor futebolista que foi condenado pelo crime de violação em 2012, aos 23 anos, e logo na temporada em que foi o melhor marcador da League One pelo Sheffield United, e preparava-se para ingressar num clube da Premier League, realizando assim um sonho. Numa noite de excessos (excessos de confiança na humanidade, por exemplo, Chad e um amigo conheceram uma rapariga, que meio inebriada das doses colossais de álcool que consumiu (como boa anglo-saxónica que se preza) achou o amigo "giro", foram dar uma pinocada, e no fim o Chad foi lá "comer os restos". Acontece que o jovem futebolista não tinha um documento reconhecido notarialmente onde ficava expresso o consentimento da rapariga, que estava - atenção a isto - "demasiado bêbada para consentir". Ora, quem está "demasiado bêbado" dificilmente consegue fazer seja o que for: consentir, resistir, ou até pensar. Se ela se metesse num carro e fosse por aí a gingar e atropelasse dois inocentes que depois morriam, era "a pior criminosa da História", e merecia "um castigo pior que a morte". Assim, "é uma vítima", o gajo "um violador", e eu "é melhor ficar caladinho", senão sou também "um violador", não é mesmo? E se forem antes comer merda, pode ser? Ah é verdade, o Chad, que no limite será culpado por ter andado a comer o pudim às escondidas cumpriu três anos e meio de uma pena de 5 anos, e uma vez cumprido o período de liberdade condicional, fui procurar trabalho da única forma que pode e sabe: jogar futebol. E sabem o que mais? O Oldham Athletic, da League One (terceiro escalão do futebol inglês) quis recrutar os seus serviços, mas veio logo uma associação "de protecção às vítimas" insurgir-se contra essa intenção, e o clube acabou por desistir. Recordo que Chad tinha já liquidado a sua factura com a sociedade. Agora digam-me, que sentido é que isto faz, e que raio de ditadura nova é esta, que é das piores que já imaginei?

E quem está por detrás de toda esta maquiavélica orquestração? Isso mesmo: lésbicas. Não estou a querer insultar ninguém porque discordam do meu ponto de vista, ou por não gostar delas por rejeitar o seu estilo de vida, nada disso. São lésbicas porque detestam homens pela razão que gostariam de ser um, mas Deus pregou-lhes uma partida (pelo menos é o que consta, eu próprio desconheço a verdade). Num dos tais fórums que referi, resolvi abrir este debate sobre o Chad Evans, e lá foi-me explicado por uma das tais lésbicas que a menina não era uma beberrona badalhoca, mas antes um poço de virtudes que teve o azar de dar de frente com um horrível violador, que tinha no seu registo...zero violações. Pois. E foi assim, aproveitando-se da menina inocente, feita indefesa pelos venenos legais da sociedade, fez aquilo que nunca tinha feito antes em toda a vida, "mas queria". Estava dentro dele, sabem? Está dentro de todos os homens, portanto. Basta ser homem, e pensem na dialéctica "ficha-tomada", ou "porca-parafuso", e vão logo entender que APENAS OS HOMENS podem ser os agressores, e nunca as vítimas. E para quê castigar a menina por vagabundear pela via pública e locais de deboche e luxúria intoxicada? Chegámos ao Islão ou quê? Só lhe faltava mesmo acrescentar "ela devia ter antes ido ter comigo e andávamos à tesourada a noite toda, que isso é que mesmo bom". Ainda podia dizer "desculpem a sinceridade", mas como tenho razão, estou-me nas tintas para quem pense seja o que for. Pelo menos não vos vou acusar de serem "lésbicas", também.

Pois é meninos, conselho do tio Leocardo: se uma chavala estiver a pedir-vos para lhe aliviar a comichão, o melhor é obterem o consentimento por escrito da mesma, bem como especificar a mecânica do processo, e quais as consequências em caso de "creampie". Tudo ali, preto no branco, sem deixar de fora qualquer detalhe que vos transforme em Lobisomem terrível criminoso "que morto ainda era pouco". E é por isto que os tais 500 jovens em Portugal estão "confusos" em relação a certos conceitos. Os jovens reagem a impulsos, sabem? Isto podem ser efeitos de algum trauma de infância, quem sabe? Talvez adquirido durante os tempos em que as mulheres levavam "fruta" a torto e a direito, não refilavam, pediam mais e ainda estranhavam quando não havia ("ele já não me ama, tem outra!"), como naquele tempo que toda a gente diz que "era muito melhor que agora", o do Tio Salazar. Meninas: os homens e as mulheres são diferentes, e isso é que tem piada. Agora podemos respeitar as diferenças, procurar entende-las, saber lidar com elas, tudo isso. Ou podemos continuar com este "circo", onde os falsos puritanos ditam as regras, e no fim vão ser os nossos filhos e os filhos deles que um dia se f***. De uma maneira de outra, tanto faz. Vão lá verificar se o "cupidrómedo" atingiu um nível que satisfaz, e tenham TODOS juízo. Disse.


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