quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O primeiro Pica-Pau na Lua


Durante este meu tempo de absentismo bloguístico, cheguei a ser algumas vezes abordado na rua por leitores, que não tão preocupados com a (não) continuidade do Bairro do Oriente, inquiriam-me sobre a continuação das aventuras trapalhadas do Pica-Pau. Para quem não sabe (então não imagina o que perdeu), ou sofre de Alzheimer, Pica-Pau é o "nom de guerre" de Nuno Miguel Oliveira, um pateta-alegre que é moderador, proprietário, califa ou lá o que é de um grupo inominável no Facebook que dá pelo nome de "Ponto de Encontro da Malta Lusófona", e que o próprio teima em chamar de "blogue" - e isto é só uma das tiradas menos retardadas do indivíduo, e comparada com as outras pode-se mesmo considerar "uma das idiotices menos catatónicas" da sua parte. Num exercício de vaidade bacoco e completamente desprovido de sentido, Pica-Pau faz "copy-paste" de artigos que encontra um pouco pela "net" fora, com primazia para a ordinarice e boçalidade que caracterizam o próprio publicador, pontuados com erros de gramática e de ortografia e onde muitas vezes se contradiz, pois teima em NÃO LER sequer aquilo que publica - e então quando resolve escrever uma frase com mais de três palavras, é o caos no cemitério das letras, com Camões, Pessoa e Eça a darem mais voltas na sepultura que um frango da Guia num assador muito, mas mesmo muito lento. Exemplo:


Este é apenas um dos muitos "links" do PNR que Pica-Pau partilha, pois é um partido que lhe "diz muito" - são uma cambada de palermas, e assim o rapaz identifica-se logo e encaixa na perfeição. Inútil, mandrião e analfabruto, sem o mínimo de talento para porra nenhuma, Pica-Pau é um daqueles desperdícios de massa ambulantes que para disfarçar a inaptidão latente gosta de se encostar a este tipo de ideologias toscas, que defendem que o desemprego e a pobreza se devem à imigração e à subsídio-dependência. Mas isso agora é secundário, pois este Verão o heróico paladino dos coça-sacos, que ostenta uma pança cujos alimentos não-digeridos dariam uma rica ceia de Natal para os sem-abrigo da grande Lisboa e do Porto, encontrou um verdadeiro maná do disparate com a crise dos refugiados que vinham chegando em catadupa à Europa - qualquer triste exemplo que a Humanidade dê de falta da própria humanidade como qualidade intrínseca do ser é um delírio para o Pica-Pau. Sem nunca ter pago impostos ou contribuído com um amendoim que seja para qualquer causa útil, passou o Verão inteiro a fazer "copy-paste" de artigos retirados de páginas marcadamente de extrema-direita, ou outras com uma agenda igualmente badalhoca, e cuja especialidade é falsificar e deturpar factos, vídeos e imagens. Aquelas em que aparece um "enraba-te-vai-lá-ka-língua" qualquer a cuspir umas frases em árabe e nas legendas lêem-se mimos do tipo "vamos violar os cristãos e cortar-lhes a cabeça", ou pior, por exemplo. Só que um dia destes...


Epá, isto é que é, dez razões para não acolhermos refugiados?!?! O Pica-Pau não consegue pensar numa única razão pela própria cabecinha. Não, esperem, vou refrasear: "O Pica-Pau não consegue pensar". Ponto. Tudo bem, ou tudo mal, neste caso, só que acontece que esta página que o Pica-Pau divulgou lá na tasca dele (e dá para ver o "feedback" que obteve; "fosga-se, dez?? Isto é um 'testamento', é para 'intelectuais'") é uma SÁTIRA às barbaridades que os grunhos debitam a respeito desta crise humanitária enquanto coçam o saco escrotal, sentados em frente ao computador a emburcar jolas e a morfar pizza. Senão vejam:


Isso mesmo, grande Guilherme, o incansável, pertinente e hilariante autor do blogue "Por falar noutra coisa", que o idiota do Pica-Pau mencionou julgando estar MESMO na presença de dez razões inteligíveis para que não se acolham os refugiados - quando não existe uma única, cum camano. Ah pois, agora falo assim, e tal, mas quando eu a minha família for violada, decapitada, queimada (viva, se sobreviver à decapitação) e depois ainda por cima convertida ao Islão (faz todo o sentido, portanto), vou "dar-lhes razão". Que porra, como é que eu vou dar razão a gente que vomita disparates do tamanho do Tolan? Gente que nunca entalou a mão numa porta, mas julga-se no direito de julgar a veracidade do sofrimento alheio, rotulando de "terroristas" por dá-lá-aquela-palha gente que não conhecem de lado nenhum, só porque "ouviram dizer" assim e assado. Epá bardamerda, querem um bom exemplo?


Aí está, este Hugo Vaz Pinto, mais um desses cagões de sentenças, que ainda cima deve estar muito bem informado para falar deste assunto com esta ligeireza - afinal no Peso da Régua reside uma das maiores comunidades islâmicas da Europa (not!). Acho interessante a fixação desta gentinha pela sodomia, cada vez que se referem ao tema dos refugiados ou dos muçulmanos em geral. Digam lá, isso é tudo "wishful thinking", é ou não é? Querem é uns refugiados do Benim ou do Togo a ripar-vos a anilha do rêgo, digam lá se não é? Seus porquitos. Bom, mas na semana passada Pica-Pau voltou a estabelecer mais um recorde mundial da idiotice. Sim, é possível, e com ele não há lugar para a expressão "pior é impossível". Vide com os vossos próprios olhos, ó incrédulos:


E lá está, sempre na linha da frente da informação, do facto, da novidade...que já tem mais de três anos! Neil Armstrong morreu em Agosto de 2012, mas para o Pica-Pau trata-se de uma novidade que  carrega ao mesmo tempo um certo tom de ironia: "Foi à Lua, mas morreu na mesma!" - terá produzido aquele minhocal que o triste oculta dentro da caixa craniana, julgando que algo tão inconcebível garantiria a Neil Armstrong alguma longevidade fora do comum, ou até a própria imortalidade. "Sendo assim já não vou lá" - terá concluído a ave-rara, riscando da lista dos seus planos patetas uma eventual ida à Lua. Recorde-se que não é a primeira vez que Pica-Pau comete este tipo de "lapsus temporis", pois já em finais de Agosto deste ano, o esperto-parvo anunciou como novidade a eleição de Salazar como o "maior português de sempre" num concurso da RTP, realizado há sete anos, e que na altura deu que falar. Menos para o Pica-Pau, claro, que na altura devia estar demasiado distraído com a sua vida espectacular, somando sucesso atrás de sucesso, e nem queria saber de "Salazar, ou Salasorte ou o raio que o parta". Vendo bem, ainda bem que ele ficou a saber quem foi Neil Armstrong através da notícia do seu óbito, pois imaginem que deparava antes com isto:


Ah pois, pois, era o pânico, com o Picas a correr todo doidão pelas ruas, anunciando aos ventos a chegada do Homem ao Lua, e temendo que na viagem de regresso se infiltrassem no vaivém alguns homenzinhos verdes, quem sabe do Estado Islâmico. Depois lá ia ele esconder-se debaixo da caminha juntamente com o Hugo Vaz Pinto, ambos com o rabinho de fora, espetado, à espera da "benção de Alá", vinda de preferência da Costa do Marfim ou do Burundi, enquanto vociferavam "Ai quem nos acode, alguém nos ajude!". No teu caso ninguém, ó Pica-Pau. A tua morte cerebral já há muito que foi declarada.


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