Assalto? Coitado, deves ser parvinho...

Um assaltante de bancos frustrado na China saíu de mãos a abanar de uma dependência em Heyuan, na província de Cantão, depois de ter sido tratado como um cliente "normal". Entrando a gingar e empunhando um cutelo, o jovem aproximou-se da caixa, onde a empregada pediu-lhe que "se metesse na fila". "Assalto...ora essa, as coisas que esta gente inventa para se meter à frente dos outros", terá pensado a diligente funcionária bancária, enquanto os outros clientes se mantinham passivos, com a maior calma do mundo. Chegada a sua vez, o larápio acenou com a arma branca e pediu dez mil yuan (cerca de mil euros; este é um banco para pobrezinhos, aparentemente), e foi-lhe dito que "tinha apenas um yuan na sua conta". Agora, não sei o que é mais espantoso: se o facto do ladrão se ter identificado, ou de ter AINDA um yuan na conta. Depois de ver o seu pedido recusado, o ladrão começou a bater com o cutelo no vidro, o que deixou as duas meninas da caixa chocadas, pois aquilo não só era uma enorme falta de educação, como o impacto do metal na fibra de plástico inquebrável produzia um som desagradável. Contudo apenas esperaram que o desaforado se cansasse, e de facto depois de ver que dali não levava nada, o aspirante a bandido saíu, sendo detido pouco depois pelas autoridades. Não sei de que crime o acusaram, ou se "burrice" é crime na China, mas basta escrever no campo de busca do YouTube "China bank robber" para perceber que este é um tipo de delito que não colhe entre os amigos do alheio lá no continente - pelo menos entre os profissionais, lá está. Isso de bancos é mais para aqueles com um colarinho de tez mais alva, munidos não de arma de fogo ou objecto contundente, mas antes com um cartão de um certo partido.