quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Uma concessão cerebral


Num dos seus famosos (e raros, e por isso preciosos) discursos, o nosso Chefe do Executivo, actualmente num "limbo" entre o primeiro e o segundo mandato, apelou à criação de talentos. O chefe pede, a população ouve, os taxistas concedem. Esperam lá, os taxistas? Aqueles tipos de quem toda a gente se queixa, que cobram mil patacas para levar uma velhinha que caíu na rua perto do Jardim de S. Francisco e ficou a esvair-se em sangue até ao Hospital Conde S. Januário, sacou-lhe mais uma "quinhentola" para a "limpeza do veículo", e depois atirou-a como se fosse uma saca de batatas para "mais ou menos perto" para porta das urgências? Esses mesmos, vêem como sabem? Os tipos até não são assim tão maus, e vejam só que um deles, de tanto conviver com um fiscal da Direcção de Serviços de Assuntos de Tráfego (DSAT), criou com ele uma amizade tal que lhe deu uma "concessão cerebral"! Deu salvo seja, pois segundo a notícia da capa do JTM, parece que vendeu a "concessão cerebral" e deixou "a factura no maxilar" - suponho que é isso, e ali "fractura" é apenas um pequeno lapso, um "erre" a mais, acontece aos melhores. Portanto, cuidado, sr. director Wang Wan, que alguém na DSAT tem finalmente uma "concessão cerebral". E veja se larga as "ovelhas negras" por uns instantes, que é preciso "limpá-las". Ai, ai, querem lá ver, o bucha...

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