quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Referendo civil: o que pensam os outros? 民間公投: 其他意見



Nota introdutória: isto é apenas uma brincadeira que resolvi fazer com algumas das personalidades do território, e às quais juntei uns amigos e conhecidos das redes sociais. Como pode ser facilmente perceptível, nenhuma destas pessoas produziu as declarações aqui expressas. Desculpem se ficaram melindrados, mas penso que não há razão para tal. A questão do referendo civil deve também ser abordada do seu lado mais ligeiro - não se trata aqui de nenhum crime. Espero que gostem.

Deputados nomeados, empresários e outras personalidades próximas do Executivo manifestaram o seu repúdio pela realização da consulta popular organizada por associações do campo da pró-democracia, e que ficou conhecido por "referendo civil". E quem ainda não se pronunciou? O Bairro do Oriente foi saber o que pensam as figuras públicas que têm andado a "fugir com o rabo à seringa". Este foi o resultado.



Rita Santos (Coordenadora do Fórum Macau): Referendo? Olhe, eu agora respondia-lhe mas estou atrasada para um encontro com o Ministro das Palancas angolano. Amanhã marco consigo entre a reunião da Associação dos Apanhadores de Caramujos da Roça de S. Tomé e Príncipe, e a cimeira dos exportadores de Paçoca, e então deixo-lhe saber. Obrigado e até amanhã.



Fong Soi Kun (director dos Serviços de Meteorologia e Geofísica): É muito improvável que vai ter aquele referendo. Aqui vemos a alta pressão do referendo a caminho da costa de Cantão a 25 quilómetros por hora, e amanhã estará a caminho de Hainão, onde lhe vão tirar o sarampo.



Angela Leong (gerente da SJM): Isso dos referendos é coisa dos americanos não é? Não gosto. Não gosto de nenhum deles. Agora se não se importa tenho uma reunião com os "croupiers", que eles estão para ali a falar de uma grave qualquer, e eu quero perguntar-lhes se por acaso ainda estão interessados no bónus deste ano.



Fong Chi Keong: 瘋狂青年...

(Vozes em coro): 收聲!!!



Santos Pinto: (empresário da restauração): Referendo? Ah na sê mas ache que na temes. É comida macaeansi? Na faz mali, vossemecê tráz a recêta, e a genti vê o qu'é que se pode arranjari. Ora essa na custa nada, na custa nada...obrigado eu.



Hugo Gaspar (blogger): Referendos é coisa da esquerdalhada, como as execuções sumárias do Ché Guevara. E quando é esquerdalhada contra comunas pior ainda, e é preciso não esquecer que o promotor é aquele tipo que sofre de um transtorno egodistónico. Se estão mal, mudem-se, e deviam era viver num país dos muslos que acabavam a "referendar" na ponta de uma corda.



Iong Weng Ian (Associação das Mulheres de Macau): Como podem eles pensar nisso do referendo? Já se esqueceram das invasões nipónicas? Das crianças mortas e das mulheres violadas? Maus patriotas, muito maus!



Rocha Vieira (ex-governador de Macau): Sobre esse assunto só tenho a dizer que apoio o Executivo de Macau e o actual Chefe do Executivo, em nome da amizade secular entre Portugal e a China. Aprendam Mandarim.



Fong Chi Keong: 喇...我地要支持...

(Vozes em coro): 收聲!!! 八公!



Rui Cardoso (treinador de futebol): Referendo? Para quê? E deitar este trabalho todo fora? Agora que já nos conheciamos e tinham um método, vai começar tudo outra vez? E depois, quando tivermos trabalho feito, outra vez referendo, e é sempre assim. É por isso que andamos sempre atrás do Bangladesh. Somos os eternos Bangla-onze.



António Cambeta (aposentado PMF/poeta):

Já ouvi falar deste referendo,
E que não é grande espada
Se me perguntam como eu entendo,
Isto vai acabar à porrada.




José Lai (Bispo de Macau): Reverendo??? Qual Reverendo? Reverendo Stillwell? Já lhe disse mil vezes, não tive nada a ver com isso!



Fong Chi Keong: ☺%$?£!



Gilberto Lopes (jornalista): Axo que além da eleixão para Xefe do Ejecutivo também deviam incluir a Axembleia Legislativa.



José Drummond (artista plástico): Vejam lá, que isso dos referendos é uma má ideia. Uma vez numa exposição na China tinha uma instalação a que dei o nome de "Referendo", e uma hora antes de abrir a exibição eles levaram aquilo e confiscaram os catálogos.



Casimiro Pinto (tradutor-intérprete): Nós não queremos o referendo. Não procuramos o confronto. O nosso objectivo é sentar à mesma mesa com o Governo, e dialogar. Para bem da nossa comunidade, e para bem de Macau.



Fong Chi Keong: 聽叔叔講...

(Vozes em coro): 屎忽鬼!



Maria Amélia António (advogada, presidente da Casa de Portugal em Macau): Pois é, já estava mesmo à espera. Quando quisemos fazer um referendo, não pode ser, vieram os fiscais do IACM, meteram-nos na rua, uma vergonha. Agora com estes mandam a "tropa" toda, e ainda vão em frente com o referendo. Ai mas de uma queixa não se livram eles, não senhora!



Vitório do Rosário Cardoso (jovem empresário, nobre patriota): Não é através de referendos que se conquista a liberdade. É no campo de batalha, na guerra, morrendo de espada ou pistolas na mão, jorrando o sangue quente na arena, lutando até à última gota.



José Rodrigues (advogado, presidente da APIM): Essa coisa de referendo é para votar não é? Então chamem-me quando for hora de votar.



Germano Guilherme (cantor): Referendo? Ouvi falar 啦...começou no Domingo, não foi? Porque é que não me convidaram para cantar na inauguração 先? 麻煩...



Susana Chao (empresária, via blogosfera): LOL



Fong Chi Keong: 屌...

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