segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Salsichas voadoras


Uma investigação do Channel 4 sobre a I Guerra Mundial revelou um facto desconhecido: os alemães ficaram sem comer salsichas em nome do esforço militar nacional. Sabe-se que os alemães são loucos por salsichas, por isso deve ter havido um motivo bastante forte para os privar da guloseima durante os quatro anos que duraram o primeiro conflito bélico à escala mundial. E esse motivo foram…os zeppelins. Sim, de facto, os pitorescos dirigíveis levaram à míngua no que toca às salsichas, pois para construir apenas um eram precisas 250 mil vacas! Isso mesmo, um quarto de milhão de vaquinhas eram sacrificadas para que a força aérea do “Kaiser” tivesse um balãozinho daqueles, deixando as salsicharias às moscas. Quando passava um zeppelin sobre os céus da Baviera, as mães teutónicas apontavam e diziam aos seus teutónicos filhotes: “Olha Fritz, ein zeppelinen ja?”, ao que os pequenos retorquiam “Scheisse, ich mutter! Tenho fome, ja? Querrro salsichen!”. Os dirigíveis deixaram de ser produzidos em 1937 depois da tragédia do Hindenburg, que se incendiou em pleno vôo sobre New Jersey, nos Estados Unidos, causando a morte a 35 dos seus 96 passageiros. Aquilo é que foi um cheiro a chouriço assado naquele dia, e os alemães terão ficado a suspirar pelos milhares de salsichas que não comeram para que o Hindenburg ganhasse forma. E na Primeira Guerra de nada lhes valeu sacrificar os enchidos, pois perderam na mesma. Este é um facto histórico que pode não ser muito interessante, mas imaginem que para Portugal produzir algum tipo de equipamento indispensável os portugueses seriam obrigados a sacrificar o bacalhau? Quer dizer, nem vos passa pela cabeça…

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