quarta-feira, 31 de julho de 2013
Eles e elas, e vice-versa
Estes dois videos têm circulado na rede social Facebook desde o início desta semana, e realmente a ideia é sugestiva, e desperta a curiosidade de qualquer um. O "website" norte-americano Whatever, especializado em "apanhados" e outros vídeos humorísticos idealizou uma situação que a muitos de nós nem passa pela cabeça enfrentar um dia: uma mulher pergunta a homens desconhecidos que encontra na rua se querem fazer sexo com ela, e um homem faz a mesma proposta a mulheres que nunca viu.
Assim de repente até conseguimos prever as reacções, baseando-nos na forma como reagiriamos à pergunta: garantidamente a mulher terá muitos interessados, e o homem passará por tarado sexual. No início do segundo vídeo lemos uma citação do arquiduque Francisco Fernando: "se perguntarmos a cem pessoas se querem fazer sexo connosco, pelo menos uma dirá que sim". Curiosamente conheço alguém (ia ficar surpreendidos se vos dissesse quem...), que colocou esta teoria em prática, e com resultados acima dos 1% que a frase promete. Claro que não bastou chegar perto de um alvo aleatório e perguntar-lhe se quer fazer sexo. Foi preciso pelo menos meia-hora de charme. O jovem na experiência obtem zero respostas positivas. Qualquer mulher que não esteja encarcerada numa clínica para doentes mentais ou trabalhe no ramo da prostituição responde que "sim" a um estranho que lhe proponha sexo, mesmo que lhe apeteça muito. É aquela coisa do pudor, que só serve para atrapalhar.
A mulher, por seu lado, obteve sete respostas positivas e outras tantas negativas, contrariando a ideia de que qualquer homem estaria disposto a fazer sexo com uma mulher atraente que o convide, mesmo que a conheça há menos de um minuto. Mesmo os sete tipos que responderam afirmativamente desconfiavam que se tratava de alguma brincadeira. É um facto que qualquer homem normal e heterossexual aceitaria um relacionamento íntimo casual com uma mulher que mal conhece, contando que esta não seja repugnante. Mas assim desta forma tão directa, a tendência é para recusar, nem que seja apenas inicialmente, até perceber melhor as intenções da moça. Quando a esmola é grande o pobre desconfia. Caso a abordagem fosse feita numa discoteca ou num bar, com as defesas já condicionadas pelo consumo do álcool, faria mais sentido. Mas na rua em pleno dia, cheira a esturro.
Esta eterna busca pelo fruto proibido alheio é cada vez mais condicionada por factores que nada têm a ver com a atração física ou com expressão carnal que consuma um namoro já longo onde se construíu uma relação de confiança mútua. Ambos os géneros continuam a gostar de sexo, como sempre, mas jogam mais na defensiva. As mulheres retraem-se temendo que os homens as queiram usar, e os homens temem cada vez mais que as mulheres exijam qualquer coisa em troca. A verdade é que nos tempos que correm, nem os homens mais atraentes têm um magnetismo que lubrifique uma vagina ao ponto do escorrimento com um simples sorriso ou olhar, nem as mulheres mais atraentes e por isso mais concorridas se dão a um homem sem considerar contrapartidas. Li uma vez que de entre as mulheres, os homossexuais de ambos os géneros e os homens heterossexuais, são estes últimos que mais dificuldade têm em obter sexo. Acredito, e nem era preciso uma pesquisa para constatar esse facto. Portanto é assim meus amigos, ou vamos à luta apesar da desvantagem, ou passamos para o lado do inimigo. E há mesmo quem cumpra a velha maxima: se não consegues vencê-los...
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