quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Vão morrer, telefonar e viver longe!
1) Uma reportagem no JTM de hoje dava conta da falta de enfermeiros, médicos e camas no sistema de saúde local. Segundo o relatório da OCDE, Macau tem menos de um terço de enfermeiros que a média da região da Ásia/Pacífico, apenas 2,4 médicos por mil habitantes, e apenas duas camas. A população cresceu em mais de 20% nos últimos dez anos, e o único investimento feito foi no sector privado, que enche a barriga aos mesmos de sempre, que mesmo assim sabem onde podem ir quando precisam de tratar da saúde: aqui ao lado em Hong Kong, onde não se brinca. Quem não pode e fica entregue ao sistema de saúde da RAEM joga roleta russa. O tal novo hospital público que resolva a asfixia do Conde S. Januário está eternamente adiado, e a melhor solução parece ser mesmo a prevenção. Olhe, não fume, coma fibras e agaselhe-se que estes dias está frio. Ou então vá morrer para longe.
2) Mais um apagão na rede de serviço móvel da CTM, ontem entre as 19:00 e as 19:30, afectando milhares de clientes da rede 3G. Curiosamente os clientes da banda-larga e da rede 2G - a tal que está ultrapassada e vai ser substituída - não foram afectados. Estou a pensar em mudar para a rede 2G, pois parece-me mais fiável e uma opção com futuro. A CTM já explicou que foi uma avaria do sistema de software, que recomeçou o servidor e blá blá blá as habituais desculpas de mau pagador. Por acaso dei pela falha, apesar de não ter ficado especialmente prejudicado, mas lá vai continuando a palhaçada sem que ninguém faça nada de definitivo para que situações deste tipo não se repitam com esta frequência. A DSRT pede o relatório, faz recomendações, e se calhar multa a concessionária m centenas de milhares de patacas (dinheiro que recuperam em poucas horas ou nem isso). O fim do monopólio que levasse as concessionárias a oferecer serviços de qualidade a preços competitivos é que nem pensar. São os brandos costumes e os ditames dos "sectores tradicionais", doa a quem doer.
3) Enquanto se distribuem os T1, T2 e T3 lá para Seac Pai Van, na longínqua ilha de Coloane, soa o alarme com a queda de azulejos noutro projecto de habitação económica, no Mong-Há, construído apenas há dois anos. Pois é meus meninos, querem o quê? Com o preço do metro quadrado e a trabalheira que dá a açambarcar terrenos e a roubar, quer dizer, obter as concessões, queriam habitação em condições sem desembolsar cinco milhões pelo menos? Se não tiverem pilim há sempre uns pangyaos ali do outro lado da fronteira que não se importam de pagar. Por isso, refilem menos, não se admirem se levarem com tijolos e porcelana na tola, e...casota!
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