domingo, 27 de dezembro de 2009

Fui ver Avatar, e...


Fui ontem ver "Avatar" e fiquei impressionado. Um filme muito bom, sem dúvida, e caro. Ainda mais caro que "Titanic", do mesmo realizador James Cameron, mas com resultados mais espectaculares e interessantes. O filme conta a história de um jovem paraplégico que é nomeado para uma missão espacial devido a ter o ADN idêntico ao do seu irmão, um iminente cientista que morre numa missão anterior. Jake Sully (Sam Worthington), assim se chama o nosso herói, tem por missão vestir a pele de um "avatar", uma espécie de clone das criaturas que habitam Pandora, uma lua próxima da Terra. Em Pandora existe um minério de que a Terra desesperadamente precisa: o "unobtanium" (uma piada...). Em vez de comprar o mineral aos habitantes de Pandora, os Na'avi, a Terra manda uma missão militarizada com o objectivo de destruir os nativos e retirar o minério de graça. Muito politicamente correcta, a observação de Cameron.

Os Na'avi são umas criaturas de cerca de 4 metros de altura, que vivem com a natureza, no sentido literal. Fazem lembrar os índios da Amazónia: vivem na selva, quase sem roupa, e usam armas como setas envenenadas. Na pele de Na'avi, graças ao seu "avatar", Jake integra-se na comunidade, e apaixona-se por Neytiri (Zoe Saldaña), uma princesa da tribo. Não será fácil perceber que Jake se vai tornar mole, desistir de explorar os Na'avi e entrar em conflito com o coronel Miles Quaritch (Stephen Lang, sempre assustador). O que torna ainda as coisas mais complicadas é o facto desta tribo de Na'avi estar "sentada" em cima de uma mina de unobtanium, e de ser necessário a todo o custo retirá-los da terra que é seu santuário.

Isto parece um pouco complicado, mas a fluidez da história, a força dos personagens e os efeitos visuais tornam tudo mais fácil - e deslumbrante - de perceber. O filme fez-me lembrar uma mistura de "Aliens" e "Terminator" (ambos filmes de Cameron, Sigourney Weaver reaparece), salpicado com "Predator" e "Dances with Wolves". Viagens especiais, muitos bichos estranhos, uma língua completamente nova, um deleite para os fãs de ficção científica, também.

3 comentários:

  1. Agora já presta mais atenção aos filmes, como o mostra aquilo que diz sobre eles. É a vantagem de já não ir ao cinema com namoradas.

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  2. Bem, fui ver com a minha mulher. Há filmes bons e filmes maus, e depois há filmes de que gosto e filmes de que não gosto. Coisas completamente diferentes. Sabia que detestei "Forrest Gump", por exemplo? E gostei de muitos filmes que foram maltratados pela crítica especializada. Isto não depende nada da companhia, depende do que se passa no ecrã.

    Cumprimentos.

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  3. Ir ver com a mulher não é a mesma coisa que ir ver com namoradas. E você sabe bem que é assim.

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