sábado, 25 de abril de 2009

Otelo Saraiva de Carvalho


Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo), Moçambique a 31 de Agosto de 1936. Ficou conhecido como o chefe operacional do golpe de Estado de 25 de Abril de 1974. Foi determinante para o fim da ditadura, no posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha. O sonho materializava-se. Nunca será esquecido devido à sua coragem e astúcia.

Otelo esteve em Angola de 1961 a 1963 e na Guiné de 1970 a 1973. Na fase final da guerra, foi um dos principais impulsionadores do movimento de contestação ao Decreto-Lei n.º 353/73, que dava a possibilidade aos milicianos do quadro especial de oficiais de ultrapassarem os capitães do quadro permanente nas suas promoções. Isto deu início ao movimento dos capitães e ao movimento das forças armadas (MFA). Foi precisamente como responsável pelo sector operacional da comissão coordenadora do MFA que dirigiu os acontecimentos do 25 de Abril. O desejo de liberdade e o descontentamento em relação à política seguida pelo governo na guerra colonial foram as motivações de Otelo Saraiva de Carvalho. “Um actor político com imensa coragem física”, diz o cineasta Fernando Lopes.

Após a queda do I Governo Provisório, ficou à frente do Comando Operacional do Continente (COPCON). Mas, pouco tempo depois, o governo substituiu-o no comando do organismo, o que levou Saraiva de Carvalho a intentar um golpe em 25 de Novembro de 1975. Saiu derrotado e foi preso.

Três meses depois de ser solto, e de reabilitar a sua imagem, chega outro dos momentos fundamentais da sua vida: a candidatura às eleições presidenciais de 1976, e de novo em 1980, como candidato apoiado pela extrema-esquerda; nas primeiras eleições conseguiu metade dos votos dos comunistas. Em 1984 voltou a ser preso, desta vez sob a acusação de envolvimento com as Forças Populares 25 de Abril (FP-25), grupo revolucionário responsável por mortes, atentados e confrontos com a polícia. Foi libertado cinco anos mais tarde, ficando a aguardar julgamento em liberdade provisória, tendo sido amnistiado em 1996. Otelo Saraiva de Carvalho é, ainda hoje, uma referência para os activistas de esquerda em Portugal.

A semana passada o Governo aprovou a promoção do tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho a coronel ao abrigo da lei que estipula a reconstituição de carreiras.

12 comentários:

  1. Esqueceu-se de mencionar que este senhor foi o mandante de 17 assassinatos, julgado e provado em tribunal. Apenas está cá fora devido a uma amnistia vergonhosa. Essas vitimas não menciona nem se lembra. Aliás matar em nome da esquerda sempre foi desculpável...

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  2. As verdades da abrilada de 74 só virão ao de cima na próxima geração.

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  3. Anónimo das 16:25, não me esqueci, esta é uma biografia oficial muito resumida.

    Anónimo das 20:25, tenho a certeza que daqui a uma ou duas gerações muita gente vai dizer que o Estado Novo era bestial, e o 25 de Abril foi uma coisa horrível, pois não vai estar cá ninguém que tenha vivido durante o Estado Novo para contradizer. Mas não é surpresa para ninguém. Também se diz que o Holocausto não aconteceu e que o beato Nun'Alvares salvou o olho de uma senhora. O que não falta por aí é disparates revisionistas e fanatismo religioso.

    Cumprimentos.

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  4. Curioso,

    Biografia resumida talvez não. Digamos antes, bastante bem trabalhada. Bem trabalhado era também o diário do otelo onde constavam as ordens de serviço a mandar colocar bombas, raptar, assaltar bancos, etc. Mas tal parte não interessa nem é relevante na biografia deste camarada e herói de abril.

    As verdades são conhecidas nesta geração já. Mas como são vão saindo versões resumidas do que aconteceu, tentando-se assim o revisionismo da abrilada.

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  5. Este Leo, sempre com a pdm que sabe tudo, bem podia tirar umas férias e ir passear para o México!

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  6. o leocardo, no 25 de Abril do ano que vem basta por link nos posts deste ano e ja esta, pois espero que ja nao nao coisas "novas" para escrever

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  7. O anónimo das 0:15 é que tem a pdm de vir aqui apesar de não gostar. Deve ser algum tipo de masoquista. V. Exa. é que podia passar umas férias no México. Recomendo-lhe um cruzeiro, e já agora com uma escala na Somália.

    Anónimo das 2:10, desejo sinceramente que se cure dessa gaguez que o aflige. E depois o 25 de Abril tem tem sempre coisa novas para para serem ditas. Não não seja mau.

    Cumprimentos

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  8. Claro que tem coisas novas para se ir dizendo. Há que ir revisionando, revisionando até se poder dizer que foi a oitava maravilha.

    Pelo menos, com este post dá para ver que chegámos a um ponto em que a malta, ou pelo menos o Leocardo, não tem pruridos em postar sem qualquer crítica sobre este terrorista, assassino, raptor e gajo que pegou em armas contra o estado português. Isto é claro na versão oficial como deve ser. A versão resumida nada tem sobre estas partes que pouco importam.

    É preciso ter-se muita lata para publicar um post destes e não se ter pejo em ofender a memória dos que morreram às mãos deste facínora, a dor dos familiares dos mortos e o desconsiderar o serviço bravo de todos os polícias, procuradores e juízes que arriscaram a vida para que este filho de uma gdp e todos os outros assassinos e terroristas fossem presos e condenados.

    Mas pelos vistos nada obsta a uma biografitazinha resumida. Esta maralha da abrilada e dos venham mais cinco ou venham mais FP-25 não se importam com estes pequenos errozinhos dos camaradas.

    Parabéns Leocardo, belo revisionismo. Continue. Vai ver que chegará ao ponto de propor uma comenda a este fdp sobre o qual postou

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  9. Meus senhores, tanto fel. Esta biografia não é inventada, é oficial. É compilada de outras encontradas na net. Acho que nem uma palavra ali é minha. Podem acrescentar o que quiserem à vida do senhor, que não é para mim nenhum herói. Agora acusar-me de branquear o que quer que seja, por favor...

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  10. Esta "biografia" está muito mal contada, talvez fruto de desconhecimento factual;eis a questão:
    O decreto-Lei 353/73, apenas abria as portas aos milicianos que quisessem seguir a carreira, de poderem
    chegar a Generais, e não apenas a Coronel, como até aqui.Por outro lado, como eram mais bem preparados no campo académico, e no aspecto militar, por serem eles que comandavam EM COMBATE (os do quadro não...)as suas promoções seriam mais
    rápidas; por outro lado, ainda-e aqui, talvez, o CERNE da questão, o Governo queria pôr os Oficiais de Carreira ( do quadro)na frente de batalha, como era justo, dado serem os PROFISSIONAIS,comandando as tropas em combate, tarefa, até aqui, reservada aos MILICIANOS. Os Otelos não gostaram da "oferta" e "chatearam-se! ´+E que, para eles, acabava-se o "BEM BOM"!! Daí a mentira do 25-A.!

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  11. Bardamerda para os anónimos.
    Cambada de mentecapto !!!!!!!!!

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