Putin, o invencível

Ora aqui está uma ideia genial, e só não entendo como ninguém se lembrou disto antes. O presidente russo Vladimir Putin vai ser a estrela de um novo jogo de vídeo para Smartphone, onde vai fazer o papel de um destemido caçador de zombies. O jogo que estará no mercado antes do Halloween, e poderá ser descarregado de graça da internet, chama-se "You don't mess with Putin", que se pode traduzir para "Com o Putin não fazem farinha". E é mesmo assim, pois o residente do Kremlin que foi em tempos agente do KGB não tem medo de nada nem de ninguém; nem de terroristas chechenos, presidentes Americanos, tigres ou ursos, quanto mais de zombies.

Neste jogo o nosso herói, Putin, está muito tranquilamente a dar uma conferência de imprensa onde lamenta o facto dos videojogos russos estarem "demasiado ocidentalizados". É aí que entra na sala um grupo de zombies que mata toda a gente, menos o presidente russo um programador de "software" americano chamado Mike, que é alcoólico (!?). Os dois partem de cavalo numa cruzada contra a horda de mortos-vivos, que ficamos a saber mais tarde, é liderada por Rasputin, o místico da corte de Nicolau II.

Uma das curiosidades deste jogo é que todas as falas de Putin são frases reais suas. Claro que o presidente russo nunca terá dito coisas como "Morram, malditos zombies!", mas numa cena em que Mike lhe passa uma espada, Putin diz "dá-me a caneta", uma frase que proferiu em 2009 durante uma famosa visita à cidade de Pikalyovo, onde atirou uma caneta a um rico industrial, ordenando que reabrisse a fábrica que tinha encerrado recentemente, deixando centenas de operários no desemprego. Depois de o agredir com a caneta, Putin pediu que a devolvesse.

O génio por detrás de tudo isto é o programador belga Michele Rocco Smeets, que se diz fã de Putin: "Ele é o personagem ideal para uma história de acção; é um duro, que não tem medo de sujar as mãos". Smeets acrescenta que o presidente russo "é o único líder mundial que transmite a imagem de homem forte, capaz de arregaçar as mangas e resolver os problemas sozinho". Sem dúvida que é tudo isso, quer se goste ou não da sua atitude de déspota. Hoje pode estar a salvar um caçador do ataque de um tigre feroz, ou o mundo de uma invasão de zombies, mas amanhã pode estar a mandar celebridades que não concordem com ele para a choldra.