quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Aos Correeiros a infâmia


Existe em Portugal um restaurante que tem dado por falar pelos piores motivos. O referido estabelecimento fica em Lisboa, junto da baixa, no nº 58 da Rua dos Correeiros, e já é conhecido pelo "pior restaurante português". Uma armadilha para turistas com toques de sado-masoquismo que dá pelo nome de "Made in Correeiros", mas que inicialmente se chamava "Portugal no Prato", nome que aliás consta na porta de entrada do restaurante. As queixas passam por desde abordagem agressiva do engajador que angaria clientes à porta do estabelecimento, até aos preços ali praticados e o completo desrespeito com a clientela. Os números do website TripAdvisor não me deixam mentir:


Este deve ser um novo recorde mundial, 488 "reviews" em 545 com a nota de "terrível". Os comentários, que podem ser lidos na íntegra nesta página soam mais a um alerta desesperado das vítimas deste estabelecimento do que propriamente uma análise concisa. Há mesmo relatos de casos de "bullying", e até de assédio sexual. As críticas estiveram em alta durante o ano passado por esta mesma altura, quando o restaurante ainda não tinha mudado de nome, e aparentemente este ano a operação da "caça ao turista" reabriu, e uma notícia de hoje do jornal Público trouxe o nome do "Made in Correeiros" para a praça pública. E qual é a maior e mais frequente queixa da clientela? Isso mesmo, foram-lhes ao bolso!


Aí está a famosa mista do mar, que umas vezes custava 140 euros, e outras 250. Devia depender da cara de parvo do pato que se preparavam para depenar. Outros truques de manga incluem não ter os preços na lista, recomendar aos clientes pratos que não constavam do menu, dizer-lhes um preço e cobrar-lhe outro astronomicamente maior, ou ainda ir buscar os pratos pedidos a outros restaurantes da zona, e cobrar o que lhes muito bem lhes apetecer. Isto nem é um caso para a ASAE, ou para a câmara de Lisboa, ou para o raio que os parta. É um caso de polícia, e do que estão à espera para ir lá deter os larápios, senhores agentes?



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