segunda-feira, 3 de julho de 2017

Como é, Zé Mané?


Sim, eu sei, estou a "comentar os comentários", mas pronto, uma vez que esta entrada foi feita publicamente no Facebook, penso que na condição de consumidor, tenho direito à minha opinião. Este tal Luís Marques deixou há um mês naquela rede social este desabafo onde se lamenta da "falta de oportunidades" que são dadas em Portugal às bandas de metal e de rock alternativo, a quem pagam 80 euros de "cachet", às vezes menos, e insurge-se "contra os "lobbys" (sic) que instrumentalizam o artista. Para o efeito usa como termo de comparação os "cachets" pagos aos artistas de renome, casos de Toni Carrreira ou o seu filho Mickael, ou ainda António Zambujo, José Cid ou Agir. E quanto a este último, adivinhem quem veio concordar com o rapaz:


Nem mais que Fernando Duarte Rocha, aquele indivíduo que não trabalha há 30 anos, vive às custas da mulher, a actriz Maria Vieira, e faz-se passar por ela no Facebook, com os resultados "fabulosos" que todos conhecemos. Com que então "caramba", que "há pessoas que pagam para ouvir o Agir"? A "Maria Vieira" sabe do que fala, pois tem um gosto musical espectacular, e com toda a certeza não vai surpreender ninguém:


Ena, até imagino o La Féria a berrar e tudo: "Ó Maria, tira os Megadeth dos ouvidos e põe as lantejoulas, que vais entrar a seguir". Mas pronto, voltando ao tal Luís Marques, que por acaso até concorda com a "Maria Vieira" num aspecto:


Pronto, um outro camarada comentou que os tais artistas "merecem o "cachet" que lhes pagam", o Luís Marques concorda, mas com o senão do Agir. E vai mesmo mais longe ao afirmar que o tema "(Ela) parte-me o pescoço" parece "uma brincadeira". Ora bem, este rapaz deve saber do que fala (ah ah), mas já lá vamos. Primeiro, e quanto ao Agir...


...eu até gosto. Antes não conhecia e passei a conhecer graças ao meu filho, que é fã. Não se insere em qualquer dos meus estilos musicais predilectos, mas dá para perceber que aquilo que o filho do também cantor Paulo de Carvalho faz, faz bem feito. E a isso se deve o seu sucesso. Quanto ao Luís Marques, ele próprio auto-intitula-se "músico", e vai pelo nome artístico de...


...Domino Pawo, com sede no Seixal. Podem ver aqui a página de Facebook do "artista". Pelo aspecto dá a entender que o seu estilo é semelhante ao dos Moonspell, mas não! Não, nunca, nem pensar nisso! Já vos presenteei aqui com o Agir, agora vejam bem o que faz este gajo:


Exacto, isto é demasiado mau para ser verdade, e chamem-lhe o que quiserem, não é música. Até eu consigo fazer melhor que isto - basta arrastar móveis pela casa durante dois minutos, ou fazer um batido de banana e torrar duas tostas durante um minuto e meio e gravar a coisa. Portanto não surpreende que...


...o tema do Agir tenha mais de 12 milhões de visualizações no YouTube em dois anos, e a tentativa de sinfonia dos pratos arranhados do Domino Pawo tenha apenas 77 (setenta e sete, sem "mil") em 3 anos. Ah, mas para o nosso lamentável lamentador, isto tem uma razão de ser:


Não, pá. Não há verba, luzes ou "marketing" que vá salvar aquilo que tu fazes, e a única forma de chegares a 5 mil pessoas com essa poluição sonora a que chamas "música" é se fores morar para um bairro populoso, e vais ter os tais 5 mil pessoas a bater-te à porta para acabares com o chinfrim. E olha que não precisas de te preocupar com a segurança nem nada, pois polícia não vai faltar. Mas apesar das evidências, o jovem insiste que é tudo uma questão "política":


Pois é, pá, eu não sei quem foi o cavalheiro que te tratou com tanta deferência, mas a verdadeira razão pela qual foste "desaconselhado" e não "tocar" (?), foi para poupar os ouvidos das pobres pessoas. Nada a ver com a tua "cor política", e duvido que exista alguma que te queira ter entre os seus simpatizantes. Acho que por muito que um partido andasse a precisar de votos, passava bem sem o teu.


Pronto tudo bem, não precisas de pedir desculpa. De politicamente correcto realmente tens muito pouco, e de artista não tens nada. Por eliminatórias, és um chupa-piças sim, e sem talento, que anda por cá a gozar com a cara das pessoas. Se eu fosse teu pai dava-te era um enxerto de porrada e punha-te a trabalhar na estiva. Ganha juízo, ó figurinha triste.


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