segunda-feira, 10 de julho de 2017

Caixinha de (más) surpresas


A época futebolística 2016/17 ainda mal parecia ter terminado, e já arrancou a 2017/18, com a realização da fase preliminar das competições europeias de clubes. Na última quinta-feira realizou-se a primeira eliminatória da Liga Europa, que colocou frente a frente equipas de países dos últimos lugares do ranking da UEFA, e teve o aliciante de incluir o regresso do histórico Rangers de Glasgow. Os escoceses regressaram assim às competições internacionais sete anos depois de uma descida administrativa à II Divisão (quarto escalão) escocesa. O regresso não se pode dizer que tenha sido memorável, pois o Rangers acabaria eliminado por um tal Progrès Niederkorn, do Luxemburgo, uma equipa amadora que conseguiu assim a sua primeira vitória em seis participações na Europa, e que lhe valeu logo a passagem à eliminatória seguinte. Depois de uma derrota na Escócia por 0-1, os luxemburgueses - com alguns nomes portugueses na equipa - surpreenderam tudo e todos ao virar a eliminatória com uma vitória por 2-0, perante uma assistência de pouco mais de 5 mil espectadores.


Do lado do fracasso está um português, Pedro Caixinha, treinador dos Rangers. O clube sofreu talvez a maior humilhação da sua história de 140 anos, e certamente que muito se riu do lado dos rivais Celtic, com quem os Rangers disputam o "derby" mais antigo da modalidade. Na nau escocesa que foi naufragar ao continente estão ainda outros portugueses; o central Fábio Cardoso, o ala Daniel Candeias e ainda o avançado Dálcio, ex-Benfica. O Rangers é uma equipa altamente profissionalizada, com um plantel que vem sendo constantemente reforçado desde que o clube regressou ao escalão principal há dois anos, pelo que a corda fica extremamente curta para o português, depois de perder contra uma equipa amadora e praticamente desconhecida. A direcção do clube continua a confiar no técnico, mas certamente que mais um desaire idêntico será a morte do artista.


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